São Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Anencefalia
"A discussão da anencefalia no Brasil não pode ser baseada em fundamentalismos. Por detrás da tentativa de criminalização do aborto de fetos anencefálicos se esconde a pretensão do Estado de legislar sobre o que está certo ou errado em questões que não são da sua incumbência.
A rigor, esse paternalismo é invasivo da esfera mais íntima do "self". Não se trata aqui de um debate ético, político ou religioso, mas de permitir ou não, aos cidadãos, o exercício da mais básica liberdade, que consiste em que cada um decida de acordo com a sua consciência o que é melhor fazer em questões do foro íntimo. O Estado aqui não deve interferir."
HÉCTOR RICARDO LEIS, doutor em filosofia pela PUC-RJ e professor de ciência política na UFSC (Florianópolis, SC)

 

"Diante de pacientes grávidas que não desejam prosseguir com a gestação de um feto anencéfalo, qual é a real função do médico?
Não podemos ter fórmulas prontas, receitas e condutas estereotipadas, mas, sim, ver a realidade da situação e os aspectos emocionais -nossos e de nossa paciente.
Nossas limitações devem ser colocadas nesta relação, de forma que possamos ajudá-la a elaborar melhor seus sentimentos para que possa decidir.
E qual deveria ser a real função do Judiciário? Em tese, sugerir leis afetivas que tragam o alívio dos conflitos, e não colocar estas mulheres sob tortura por meses e, emocionalmente, por anos."
JOSÉ ANTÔNIO JORDÃO DE ARAÚJO RIBEIRO NETO,
médico obstetra e ginecologista (São Paulo, SP)

Com as próprias mãos
"Sobre o artigo de Fernando Navarro de ontem ("A cultura de um povo", "Tendências/Debates"), é curioso ver um advogado defender o direito de se fazer justiça com as próprias mãos sem haver o devido processo legal, algo presente em qualquer país com sistema jurídico minimamente estruturado, qualquer que seja a cultura de seu povo.
Se posso punir com pena de morte autores de furto a residências, que outros crimes o senhor Navarro imagina que nós, "cidadãos honestos", deveríamos poder resolver sem medo de sofrermos sanções?
Pergunto por interesse próprio, já que no meu dia-a-dia também vejo diversos crimes em andamento, aos quais a Justiça não parece dar suficientemente atenção.
Preciso agir rapidamente, antes que o governo cerceie mais um direito dos "cidadãos honestos': o de formar milícias.
Por ter morado no Texas, não me surpreende que muitos americanos defendam, como resposta aos tiroteios que ocorreram em universidades nos últimos anos, que aos alunos seja dado o direito de entrarem armados nas salas de aula - final, raciocinam, se todos os alunos estivessem armados, o atirador inicial teria sido "neutralizado" rapidamente após seu primeiro tiro."
FABIO STORINO, especialista em segurança pública (São Paulo, SP)

Assunto premente
"Parabenizo João Pereira Coutinho pelo ótimo artigo "Debate quente, cabeça fria" (Ilustrada, ontem). Realmente, há causas mais prementes do que o combate ao aquecimento global -entre elas a educação.
Prefiro viver 50 anos em um país poluído, mas com pessoas educadas, a chegar aos 100 anos rodeado de ignorantes e insensatos."
HÉLIO RICARDO RIBEIRO (Sorocaba, SP)

Eleição
"Bastou que as pesquisas mostrassem oscilação da candidatura do PSDB à Prefeitura de São Paulo e críticas ácidas, tendenciosas e aparentemente ensaiadas destacaram-se em alguns setores da imprensa.
Geraldo Alckmin é legitimamente o candidato da imensa maioria do PSDB -da cúpula e das bases-, e se coligou com um aliado histórico e leal -PTB de São Paulo- sem negociar vantagens ou compromissos inconfessáveis.
Seu programa de governo espelha a realidade da capital paulista e traz propostas viáveis para melhorar a vida dos paulistanos.
Ao disparar flechas envenenadas, o jornalista Fernando de Barros e Silva ("Veneno eleitoral", 25/8) errou completamente o alvo, porque enxergou apenas plumas que Geraldo Alckmin jamais ostentou em sua austera e transparente carreira de homem público."
SILVIO TORRES, deputado federal -PSDB (Brasília, DF)

 

"São de extrema deselegância as afirmativas de Fernando de Barros e Silva no artigo "Veneno eleitoral".
Não é de boa prática, entre pessoas civilizadas, fazer qualificações sobre um partido e seus membros como "turma da pesada" sem o conhecimento devido do trabalho que vem sendo empreendido.
O PTB, através de seu presidente estadual, deputado Campos Machado, está se transformando no mais moderno partido que este Estado já teve, com uma estrutura invejável e com pessoas que vestem a camisa, como se estivessem cuidando de suas famílias."
JORGE ROBERTO PAGURA, presidente do Departamento de Esporte e Saúde do PTB (São Paulo, SP)

Ensino
"É absurda a ligação que a Folha fez entre o meu nome e o do deputado Walter Feldman ("Governo de São Paulo loteia diretorias de ensino", Cotidiano, 21/8).
Sou dirigente de ensino em Guarulhos (na região norte) desde 1999, após passar por processo seletivo iniciado pela ex-secretária Rose Neubauer. Fiquei em terceiro lugar no processo, fato que pode ser comprovado pelo "Diário Oficial" do Estado de São Paulo da época. Com a saída dos dois candidatos à minha frente, assumi o cargo.
São nove anos de dedicação por uma educação melhor nas escolas estaduais de Guarulhos, até que uma apuração desse tipo venha jogar por terra a construção de um projeto de vida.
Respeito o deputado Feldman, mas não o conheço. Como ele mesmo afirmou, não há nenhuma ligação entre ele e a minha conquista."
VERA LÚCIA DE JESUS CURRIEL, dirigente regional de ensino Guarulhos Norte (Guarulhos, SP)

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