São Paulo, sexta-feira, 27 de agosto de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Eleições
Para ficar apenas em duas promessas de Dilma. Caso seja eleita, ela diz que vai criar 6.000 creches, o que daria, em 1.461 dias (quatro anos), a média de quatro creches inauguradas por dia. Disse que vai criar escolas técnicas em cidades com mais de 50 mil habitantes. Segundo o IBGE, 589 municípios preenchem esse critério.
Daria então uma escola a cada dois dias e meio, imaginando que em cidades maiores faria só uma. Terá pessoal docente preparado para tanto? Acredita quem quer.
LUIZ NUSBAUM (São Paulo, SP)

 


A mais recente pesquisa Datafolha me faz pensar: o naufrágio da candidatura Serra deve-se mais à incompetência dele próprio e do seu partido em promovê-la ou à competência de Lula na criação da maior de suas "fábulas" (emprestando de Clóvis Rossi a expressão por ele usada em sua coluna de ontem)?
MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO)

  Discordo do brilhante colunista Carlos Heitor Cony quando ele diz, em seu artigo "O terceiro mandato" (Opinião, ontem), que, "se um presidente deu certo e tem incontestável aprovação do eleitorado, poderia ser eleito tantas vezes quanto durasse a sua eficiência e a sua moral".
E qual é a moral que o governo petista tem demonstrado? A dos mensalões, dos aloprados, das despesas não contabilizadas, dos escândalos dos cartões de crédito corporativos, dos pagamentos em moeda estrangeira a marqueteiros, do aparelhamento do Estado?
Gostaria de lembrar que um dos princípios básicos da democracia é justamente a alternância de poder. Quem fica muito tempo com a chave do cofre, acaba acreditando que é dono dele e usa o seu conteúdo em benefício próprio.
ANTONIO AUGUSTO DE CASTRO OLIVEIRA (Osasco, SP)

Lula na Folha
O jornalista Clóvis Rossi, em sua coluna de ontem, foi muito educado e sutil ao dizer que Lula criou uma fábula.
Esopo e Jean de La Fontaine foram grandes fabulistas. Nessa linha, sabemos que Lula, ao chegar ao poder, conseguiu alcançar as uvas, que, agora, não estão mais verdes. Fez o corvo -que não sabe ser oposição- largar o queijo e vestiu uma pele de cordeiro que lhe caiu muito bem, ao gosto ou miopia do rebanho. Todos sabemos que o que Lula faz ao criar "fábulas" tem outro nome.
PEDRO ERNESTO ERICHSEN PEREIRA BOMPEIXE (Curitiba, PR)

 


Causa estranheza o fato de Clóvis Rossi afirmar que o presidente Lula está fabulando ao contar um fato ocorrido na sede da Folha em 2002 e documentado no livro "Do Golpe ao Planalto" (pág. 225), do jornalista Ricardo Kotscho. Se não batem as histórias contadas por Rossi e Kotscho, é certo que alguém está fabulando. Resta a nós, leitores e assinantes, saber quem.
BRUNO TEREMUSSI NETO (Rinópolis, SP)

Sigilo
A violação de dados protegidos por sigilo legal é incompatível com o Estado democrático de Direito. O PT defende a apuração rigorosa das responsabilidades pelos vazamentos noticiados na imprensa.
É o que está sendo feito pela Corregedoria da Receita Federal e pela Polícia Federal por representação do PT, visando esclarecer a divulgação de dados do vice-presidente do PSDB. O PT está requerendo à PF que amplie aquela investigação, de forma a esclarecer também o vazamento de informações sigilosas da Corregedoria da Receita.
A Folha tem insistido em prejulgar os fatos, imputando à nossa campanha responsabilidade por episódios ocorridos um ano atrás, quando nem sequer a pré-candidatura havia sido formalizada no PT. Trata-se de acusação sem fundamento, sem lastro em fontes, provas, sequer evidências, que a Folha vem fazendo sistematicamente, desde 4 de junho, e repete na edição de 26/8.
O PT não fez, não fará nem admite que em seu nome se faça qualquer tipo de ação fora da lei. A campanha de Dilma é pautada pelo debate propositivo, sobre os avanços dos últimos anos e propostas para o futuro. Nada vai nos tirar desse caminho.
Se a Folha teve acesso a dados sigilosos, cabe ao jornal esclarecer sua origem antes de lançar acusações ao PT e à campanha. A nós interessa a verdade, com o esclarecimento cabal de todo o ocorrido nesses lamentáveis episódios.
JOSÉ EDUARDO DUTRA, presidente do Partido dos Trabalhadores (Brasília, DF)

Psicanálise
Sobre o artigo de Contardo Calligaris de ontem ("Para que serve a psicanálise?", Ilustrada), pergunto: qual é a surpresa em relação à tutela da nossa sociedade? Optamos pela via individualista, não participamos mais de decisões coletivas, seja em sindicatos, associações de bairro ou até reuniões de síndico. Já não estava claro que queríamos deixar as nossas vidas nas mãos de terceiros? A psicanálise só se incomoda quando escancaram a figura do pai e da mãe?
ELIZABETH SENO (São Paulo, SP)

Concurso na polícia
A reportagem "Corregedoria liga chefe da Polícia Científica a fraude em concurso" (Cotidiano, 17/8) traz inúmeras inverdades sobre minha pessoa. É irresponsável e passível de ação de reparação por danos morais as afirmações de que figurei como investigado ou acusado naquele persecutório. Cobro a restauração da verdade com publicação deste pronunciamento no "Painel do Leitor".
DEJAR GOMES NETO, delegado (São Paulo, SP)

RESPOSTA DOS JORNALISTAS ANDRÉ CARAMANTE E ROGÉRIO PAGNAN - O delegado foi ouvido como investigado no inquérito da Corregedoria da Polícia Civil porque fazia parte da banca do concurso que foi anulado por fraude.

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