São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Eleição
"É lamentável que jornalistas estejam creditando a vitória do candidato Gilberto Kassab ao governador José Serra.
Em primeiro lugar, nem Lula, com índices impressionantes de popularidade, conseguiu transferir votos para Marta Suplicy; o mesmo se aplica ao governador José Serra.
Os votos do prefeito Kassab foram dele, do seu trabalho e graças à enorme rejeição a Marta.
Em segundo lugar, tudo está a indicar que o eleitor quer o novo, e de certa forma Kassab representa o novo.
Portanto essa conversa de dizer que Serra é o grande vencedor em São Paulo é uma grande balela."
LUIZ CARLOS S. TEIXEIRA (Catanduva, SP)

 

"Quando o maior colégio eleitoral do país nos dá o exemplo de que é possível, sim, extirpar do cenário nacional os quadrilheiros aloprados que tomaram de assalto postos estratégicos da nação, é sinal de que nem tudo está perdido."
ISMAR NERY FILHO (Goiânia, GO)

 

"A Folha foi no mínimo tendenciosa em relação ao debate realizado pela Globo entre os candidatos Marta e Kassab.
Só faltou colocar a estrela do PT na Primeira Página junto ao nome do jornal."
LAURO FUJIHARA (Carapicuíba, SP)

 

"A Folha de ontem informou que "o PT deve vencer em Mauá, onde havia sido derrotado em 2004".
Tanto quanto eu me lembre, o candidato do PT venceu em Mauá, nas urnas. Mas o tribunal eleitoral anulou os votos do candidato vitorioso e, com isso, o segundo colocado assumiu o cargo.
Esse foi um caso preocupante em termos democráticos, pois anular os votos de um para dar posse a outro -como já aconteceu em outros lugares, como com um cargo de senador no Amapá- não é correto.
O certo eticamente teria sido promover uma nova eleição."
RENATO JANINE RIBEIRO , professor titular de ética e filosofia política na Universidade de São Paulo (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia a seção "Erramos".

Voto facultativo
"A facultatividade do voto é um dos próximos temas que devem ser colocados na agenda política.
Alguns analistas crêem que o voto facultativo pode distanciar ainda mais o eleitor do sistema político -como se a obrigatoriedade do voto a cada dois anos contribuísse para aumentar o grau de consciência política do eleitor.
As instituições políticas devem buscar alternativas para uma maior politização da população.
Numa democracia plena, as pessoas têm o direito de optar, inclusive optar por não votar. O voto obrigatório contribui ainda mais para a alienação do que para a conscientização política."
THIAGO TORTORELLO , cientista político (São Caetano do Sul, SP)

 

"Se de fato o Brasil algum dia aprovar o voto facultativo, devemos nos preparar para viver sob o domínio de governantes evangélicos. Para estes fiéis, que seguem as orientações de seus líderes como se a palavra deles representasse a própria lei, o voto será sempre obrigatório.
Assim, a partir do vácuo oferecido pela ausência de grande parte do eleitorado aos postos de votação, em virtude do voto não-obrigatório, preencherão, de forma continuada, a maioria dos cargos."
GUTTEMBERG GUARABYRA (São Paulo, SP)

Polícia
"Os recentes casos da greve da Polícia Civil, do conflito entre as polícias Civil e Militar e do seqüestro da menina Eloá revelam o total descaso do governo estadual com a segurança.
A política de "Estado mínimo" praticada pelo governador José Serra, apoiada pela grande mídia, é a verdadeira responsável pela tragédia de Santo André.
Tivessem os policiais envolvidos no caso uma remuneração digna, um treinamento mais adequado, equipamentos atuais, novos e sofisticados, não teríamos presenciado o triste final, que culminou com a morte da menina.
Não estou aqui a julgar os policiais envolvidos diretamente no episódio. Penso que sejam também vítimas de um processo perverso de ausência total de Estado, disfarçado de "eficiência administrativa", e que desqualifica os servidores públicos em geral.
Com exceção do jornalista Elio Gaspari, não vi ninguém responsabilizar o grande mandatário do Estado de São Paulo, o mais rico da Federação e que, paradoxalmente, paga os piores salários à sua polícia."
JOSÉ ANTONIO MESQUITA (São Paulo, SP)

Impostos
"Gostaria de saber quando os deputados federais e senadores de São Paulo tomarão alguma medida no Congresso para resgatar uma parte dos 52% que este Estado envia do total de tributos federais arrecadados pela Federação. Todos sabemos que, dos 52% que nós enviamos, quase zero volta ao Estado.
Chegou a hora de usar este dinheiro para resgatar a cidade de São Paulo (a maior contribuidora de impostos federais), que necessita de dinheiro para o metrô, para parques e para evitar a falência total do nível de vida na cidade. É um absurdo que seus cidadãos se encontrem nessa situação, sendo os maiores contribuidores. O cidadão de São Paulo deve exigir uma parte desse dinheiro de volta.
Queremos ajudar outros cidades e outros Estados, como sempre fizemos, mas agora precisamos do nosso dinheiro."
LEONARDO POTOLSKI (São Paulo, SP)

Gorjeta
"Em relação à mensagem do leitor Luiz Rossi ("Painel do Leitor", 24/10), esclareço que a CPI da Gorjeta foi proposta para que o consumidor saiba se as taxas de serviço estão tendo a destinação correta e para apurar se os valores chegam realmente ao bolso dos garçons.
Pesquisa do sindicato dos trabalhadores de bares e restaurantes aponta que 70% das ações trabalhistas contra os estabelecimentos os acusam de não repassarem a gorjeta para os funcionários. Outros 20% pagam, mas não registram em carteira, e apenas 10% pagam corretamente."
MARIA LÚCIA AMARY , vice-líder do governo na Assembléia Legislativa, autora do requerimento para a CPI (São Paulo, SP)

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