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Eleição
"É lamentável que jornalistas estejam creditando a vitória do candidato Gilberto Kassab ao governador José Serra.
Em primeiro lugar, nem Lula,
com índices impressionantes de
popularidade, conseguiu transferir
votos para Marta Suplicy; o mesmo
se aplica ao governador José Serra.
Os votos do prefeito Kassab foram dele, do seu trabalho e graças à
enorme rejeição a Marta.
Em segundo lugar, tudo está a indicar que o eleitor quer o novo, e de
certa forma Kassab representa o
novo.
Portanto essa conversa de dizer
que Serra é o grande vencedor em
São Paulo é uma grande balela."
LUIZ CARLOS S. TEIXEIRA (Catanduva, SP)
"Quando o maior colégio eleitoral
do país nos dá o exemplo de que é
possível, sim, extirpar do cenário
nacional os quadrilheiros aloprados
que tomaram de assalto postos estratégicos da nação, é sinal de que
nem tudo está perdido."
ISMAR NERY FILHO (Goiânia, GO)
"A Folha foi no mínimo tendenciosa em relação ao debate realizado pela Globo entre os candidatos
Marta e Kassab.
Só faltou colocar a estrela do PT
na Primeira Página junto ao nome do jornal."
LAURO FUJIHARA (Carapicuíba, SP)
"A Folha de ontem informou que
"o PT deve vencer em Mauá, onde
havia sido derrotado em 2004".
Tanto quanto eu me lembre, o
candidato do PT venceu em Mauá,
nas urnas. Mas o tribunal eleitoral
anulou os votos do candidato vitorioso e, com isso, o segundo colocado assumiu o cargo.
Esse foi um caso preocupante em
termos democráticos, pois anular
os votos de um para dar posse a outro -como já aconteceu em outros
lugares, como com um cargo de senador no Amapá- não é correto.
O certo eticamente teria sido
promover uma nova eleição."
RENATO JANINE RIBEIRO , professor titular de ética
e filosofia política na Universidade de São Paulo
(São Paulo, SP)
Nota da Redação - Leia a seção "Erramos".
Voto facultativo
"A facultatividade do voto é um
dos próximos temas que devem ser
colocados na agenda política.
Alguns analistas crêem que o voto facultativo pode distanciar ainda
mais o eleitor do sistema político
-como se a obrigatoriedade do voto a cada dois anos contribuísse para aumentar o grau de consciência
política do eleitor.
As instituições políticas devem
buscar alternativas para uma maior
politização da população.
Numa democracia plena, as pessoas têm o direito de optar, inclusive optar por não votar. O voto obrigatório contribui ainda mais para a
alienação do que para a conscientização política."
THIAGO TORTORELLO , cientista político (São Caetano do Sul, SP)
"Se de fato o Brasil algum dia
aprovar o voto facultativo, devemos
nos preparar para viver sob o domínio de governantes evangélicos. Para estes fiéis, que seguem as orientações de seus líderes como se a palavra deles representasse a própria
lei, o voto será sempre obrigatório.
Assim, a partir do vácuo oferecido pela ausência de grande parte do
eleitorado aos postos de votação,
em virtude do voto não-obrigatório,
preencherão, de forma continuada,
a maioria dos cargos."
GUTTEMBERG GUARABYRA (São Paulo, SP)
Polícia
"Os recentes casos da greve da
Polícia Civil, do conflito entre as
polícias Civil e Militar e do seqüestro da menina Eloá revelam o total
descaso do governo estadual com a
segurança.
A política de "Estado mínimo"
praticada pelo governador José
Serra, apoiada pela grande mídia, é
a verdadeira responsável pela tragédia de Santo André.
Tivessem os policiais envolvidos
no caso uma remuneração digna,
um treinamento mais adequado,
equipamentos atuais, novos e sofisticados, não teríamos presenciado o
triste final, que culminou com a
morte da menina.
Não estou aqui a julgar os policiais envolvidos diretamente no
episódio. Penso que sejam também
vítimas de um processo perverso de
ausência total de Estado, disfarçado
de "eficiência administrativa", e que
desqualifica os servidores públicos
em geral.
Com exceção do jornalista Elio
Gaspari, não vi ninguém responsabilizar o grande mandatário do Estado de São Paulo, o mais rico da
Federação e que, paradoxalmente,
paga os piores salários à sua polícia."
JOSÉ ANTONIO MESQUITA (São Paulo, SP)
Impostos
"Gostaria de saber quando os deputados federais e senadores de São
Paulo tomarão alguma medida no
Congresso para resgatar uma parte
dos 52% que este Estado envia do
total de tributos federais arrecadados pela Federação.
Todos sabemos que, dos 52% que
nós enviamos, quase zero volta ao
Estado.
Chegou a hora de usar este dinheiro para resgatar a cidade de São
Paulo (a maior contribuidora de
impostos federais), que necessita
de dinheiro para o metrô, para parques e para evitar a falência total do
nível de vida na cidade. É um absurdo que seus cidadãos se encontrem
nessa situação, sendo os maiores
contribuidores. O cidadão de São
Paulo deve exigir uma parte desse
dinheiro de volta.
Queremos ajudar outros cidades
e outros Estados, como sempre fizemos, mas agora precisamos do
nosso dinheiro."
LEONARDO POTOLSKI (São Paulo, SP)
Gorjeta
"Em relação à mensagem do leitor Luiz Rossi ("Painel do Leitor",
24/10), esclareço que a CPI da Gorjeta foi proposta para que o consumidor saiba se as taxas de serviço
estão tendo a destinação correta e
para apurar se os valores chegam
realmente ao bolso dos garçons.
Pesquisa do sindicato dos trabalhadores de bares e restaurantes
aponta que 70% das ações trabalhistas contra os estabelecimentos
os acusam de não repassarem a gorjeta para os funcionários. Outros
20% pagam, mas não registram em
carteira, e apenas 10% pagam
corretamente."
MARIA LÚCIA AMARY , vice-líder do governo na Assembléia Legislativa, autora do requerimento para a CPI (São Paulo, SP)
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