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SÃO PAULO MAIS CARA
O aumento no IPTU pretendido pela Prefeitura de São Paulo
é apenas um dos prenúncios de que
se avizinha, para o paulistano, um
2003 marcado por forte elevação do
custo de vida. O reajuste, além de fazer o imposto devido crescer, lançará
à zona de incidência do IPTU uma
parcela dos imóveis da capital que
em 2002 ficou isenta.
A notícia se segue à concessão de
um aumento de 20% nas passagens
de ônibus e está no bojo do pacote
tributário que, entre outros tópicos,
cria taxas específicas para a coleta de
lixo e a iluminação pública. A prefeitura petista, seguindo padrão que
vem preponderando no setor público brasileiro, aumenta impostos para custear os crescentes gastos com a
sua dívida. Mas o cidadão vê pouco
retorno desse ataque a seu bolso.
Uma das tarefas dadas como certas
pelos petistas há dois anos era a extinção do dispendioso Tribunal de
Contas do Município, o que até agora não foi feito. Pior: há pouco tempo, numa atitude de reconciliação
com o TCM, a prefeita indicou um
assessor para o cargo de conselheiro
do tribunal. A nomeação de pessoas
que julgarão as contas do próprio
prefeito que as indicou foi alvo de
ataques constantes do PT quando o
partido estava na oposição.
A majoração da tarifa do serviço de
ônibus cuja qualidade continua muito aquém da necessária também não
deixa esquecer promessa por ora não
cumprida por Marta Suplicy de melhorar o transporte público. A licitação que daria o primeiro passo nesse
sentido foi postergada mais uma vez.
Instituir uma taxa para o lixo sem
abater outra que já é cobrada via IPTU também não convence. Faz suspeitar de que, mais que tornar a cobrança pelo serviço justa e transparente, o que se procura mesmo são
fontes adicionais de recursos para o
caixa municipal.
Esse cidadão maltratado pela voracidade tributária e pelo serviço público ruim voltará às urnas em 2004.
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