São Paulo, quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Doações
"Sobre a reportagem "Senadores captam doações de interessados em seus projetos" (Brasil, 25/12), há relevantes omissões, todas informadas anteriormente ao repórter Rubens Valente. O projeto nº 64/2006, de autoria do senador José Jorge, que alterava o Estatuto do Desarmamento, isentava integralmente do pagamento de taxas o registro de armas das empresas de segurança. Como relator, propus o pagamento de 20% do valor das taxas. Portanto, diferentemente do que relatou a Folha, minha proposta, aprovada por unanimidade na CCJ do Senado, onerou as empresas de segurança, que já pagam cerca de 38% de seu faturamento em impostos e taxas. Quanto ao projeto nº 165/2003, que proibia a venda de bebidas alcoólicas para menores de 21 anos, é preciso registrar que a proposição foi arquivada pelo Parlamento, pois afrontava o Código Civil, recém-aprovado pelo Congresso, que estabeleceu a maioridade penal em 18 anos. Esse projeto nunca foi votado e foi arquivado. Além disso, o ECA já reconhece como crime a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos. O mais eficiente, no entanto, no combate a esse crime é o incremento da fiscalização e da iniciativa policial e judiciária, estas, sim, ações efetivas em benefício de crianças e adolescentes. Reitero, como disse à Folha, que os dois projetos foram relatados seguindo orientação do governo, de quem eu era líder no Senado."
ALOIZIO MERCADANTE , senador pelo PT-SP (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Rubens Valente- As informações citadas não foram "omitidas". Estão no texto ou no quadro que acompanha a reportagem. O parecer do senador "onerou" as empresas de segurança com um desconto de 80% do valor original.

Confronto de Poderes
"Se verdadeira a informação constante da seção "Painel" em 25/ 12 -de que, tão-somente em represália à decisão do STF que abortou o aumento de 91% autoconcedido pelos parlamentares, as lideranças da Câmara imporão obstáculos ao projeto do STJ que prevê a criação de 400 novas varas federais no país-, restará, mais uma vez, evidenciada a pequenez desses homens e mulheres supostamente eleitos e eleitas para cuidar dos interesses do povo brasileiro."
JULIO ALBERTO NETTO LIMA (São Luís, MA)

O preço da paz
"Lamento informar ao leitor Douglas Guerchfeld ("Painel do Leitor", 26/12) que o Estado de Israel bombardeia e mata civis palestinos e os usa como escudo em suas incursões na Cisjordânia e em Gaza há décadas. Portanto, naquela região, não existem "santos", mas ocupantes e ocupados, repressores e reprimidos, terroristas de Estado e vingadores desse terrorismo, descumpridores de resoluções da ONU e vítimas desse descumprimento. Basta normalizar essa situação e a paz, uma paz justa, virá. Sim, é simples assim!"
MAURO FADUL KURBAN , diretor-secretário da Federação de Entidades Árabe-Brasileiras do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Saddam Hussein
"Até parece que o júri que condenou Saddam Hussein à morte é brasileiro: dois pesos e duas medidas. Ele foi condenado pela responsabilidade nos diversos crimes cometidos contra os povos iraquiano e curdo enquanto era ditador do Iraque. Mas, e o presidente Bush, dos Estados Unidos, responsável pela morte de dezenas ou centenas de milhares de inocentes civis iraquianos, quando será condenado?"
LUIZ ANTONIO PRATALI (Santos, SP)

Caos aéreo
"A prática do "overbooking" tornou-se usual entre as companhias aéreas para evitar os prejuízos sofridos quando o passageiro esquecia ou não conseguia cancelar a reserva. Antigamente, cobrava-se multa do passageiro, que, por sua vez, dificilmente pagava. Vender passagens a mais passou a ser "um jeitinho" de diminuir prejuízos. A Anac, passando a controlar a venda das passagens, vai criar algum mecanismo de cobrar multa do passageiro que não embarca e não cancela a reserva? Ou é somente mais uma atitude pseudopaternalista desse órgão público? É preciso seriedade das companhias aéreas, sim. Mas dos seus passageiros, da Infraero e da própria Anac, também. Um "mea culpa" de todos seria conveniente e muito bem-vindo. Ninguém cria um caos dessa proporção sozinho."
IRENE SANDKE , (Curitiba, PR)

 

"Penso que esta Folha passou dos limites razoáveis na cobertura da crise da aviação civil. Não me lembro de nenhum outro tema, a não ser os escândalos éticos recorrentes dos políticos, que tenha merecido tamanha cobertura diária. Será preciso lembrar este jornal de que a população mais pobre, bem como a "achatada" classe média, enfrenta enormes dificuldades em hospitais e postos de saúde em todos os 365 dias de cada ano? E a péssima qualidade da educação pública? Por que não ter um caderno semanal específico para esse tema vital -idéia, aliás, que já foi aventada anteriormente neste espaço? E as estradas? E a habitação? Será que o transporte público da cidade de São Paulo não merece a atenção da mídia também? Não me parece que o preço das passagens de ônibus condiz com o serviço prestado. Por que não cobrir da mesma forma esses temas?"
FÁBIO MANCASTROPE (Taubaté, SP)

Mínimo irracional
"A inflexão à direita da Folha tem sido amplamente notada e comentada nos últimos tempos. Mas o editorial da última sexta-feira, dia 22/12 ("Mínimo irracional'), é de assustar até os moderados. Num país que ostenta a vergonhosa posição de vice-campeão de desigualdade social do planeta e campeão absoluto na transferência de renda aos mais abastados via taxa de juros, classificar de "irracional" um vergonhoso salário mínimo de R$ 380 só seria compreensível se se tratasse de uma crítica ao seu valor insuficiente. Mas bradar, como fez a Folha, contra o incremento de R$ 5 em seu valor, tachando-o de "gastos estéreis", além de assustar pela insensibilidade social, reflete o país em que vivemos. Trata-se de um editorial histórico. Talvez, dentro de cem anos, ajude a compreender o tipo de sociedade mesquinha e gananciosa que existia neste Brasil no limiar do século 21 e o papel da mídia em sua perpetuação."
JORGE LUÍS BREDER (Campinas, SP)

Ney Suassuna
"Sr. Ney Suassuna, seu desagravo publicado ontem na Folha ("Tendências/Debates') não me convence. Bradar que não há provas que o incriminem não basta. Afinal, nos meandros da corrupção não existem recibos, contratos ou cheques nominais. Sendo assim, infelizmente e excepcionalmente, nesse caso, o ônus da prova de inocência é seu. Porque onerados temos sido nós, que confiamos nossos votos a cada um de nossos atuais representantes, para, no final, ser atirado em nossas caras o luvião de escândalos que parecem incomodar só a nós, cidadãos. No Congresso, no frigir dos ovos podres, ninguém é punido, a contravenção é contemplada pela generosidade suspeita de cada um dos que deveriam nos representar, tudo "por falta de provas". Esse sofrimento que o senhor diz enfrentar devia ter sido previsto quando de sua milionária campanha para se eleger. Investido do cargo de senador, sua vida passa a ser pública, para o bem ou para o mal, e cargos como o seu acarretam inúmeras benesses, mas, de vez em quando, dão com pequenos contratempos como o atual. Quem entra na lama é para se sujar."
PAULO TAUFI MALUF JUNIOR (São Paulo, SP)

Boas-festas
"A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Luiz Carlos Santos, deputado federal pelo PFL-SP (Brasília, DF); Vanderlei Macris, deputado estadual pelo PSDB-SP, e família (São Paulo, SP); Antonio Jacinto Matias, Área de Apoio ao Desenvolvimento e Marketing do Banco Itaú S.A. (São Paulo, SP); Hermelindo Ruete de Oliveira, presidente do Conselho de Administração da Copersucar (São Paulo, SP); Luiz Fernando Emediato, Geração Editorial (São Paulo, SP); Norma e Alencar Tatui (São Paulo, SP).

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