São Paulo, segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Natal
Em relação ao comentário do leitor Carlos Antonio Anselmo Guimarães ("Painel do Leitor", 26/12), há uma visão muito curta e simplista em relação às palavras de Jesus Cristo.
Se os homens ouvissem e vivessem suas palavras, não estaríamos no "mundo tosco da pedra lascada". Jesus nunca condenou os bens materiais em si, apenas a ganância que leva as pessoas a fazer deles o seu deus. Por isso, se seguíssemos suas palavras, teríamos um mundo muito melhor e justo, onde todos viveriam com dignidade: com moradia, comida, educação, saúde, segurança... E não veríamos um triste contraste como, por exemplo, políticos com um salário astronômico (e mais benefícios) e trabalhadores com salário de fome, morrendo em corredores de hospitais, sofrendo todo tipo de marginalização...
Ah! E a bondade divina não é para fazer cair coisas do céu, mas para nos ensinar a lutar pelas coisas respeitando o outro.
JOÃO INNOCÊNCIO DA COSTA (Itápolis, SP)

Invasões ilegais
A propósito da reportagem "Barra do Sahy é a que mais sofre com invasões ilegais" (Cotidiano, ontem), gostaria de ressaltar que essa situação não vai ter fim enquanto a urbanização brasileira continuar produzindo cidades como no século 20, ou seja, sem levar em conta a habitação dos trabalhadores.
Todos os dias novos restaurantes, hotéis, shopping centers, bares etc. são abertos no litoral norte de São Paulo, e onde vão morar os trabalhadores dessas atividades?
Nas mansões à beira-mar? Nos condomínios de luxo? Ou será que essa gente depois de sair do trabalho vira pirilampo?
Sem uma política habitacional decente, capaz de atender a todos os trabalhadores, novas favelas ou loteamentos clandestinos vão continuar sendo parte da paisagem brasileira.
JOSÉ MARINHO NERY JR., arquiteto e urbanista (São Paulo, SP)

Último discurso
Se populista é um presidente que se identifica com o povo e que diz "onde houver um brasileiro sofrendo quero estar espiritualmente com ele", como reclamou a leitora Modesta Trindade Theodoro ("Painel do Leitor", ontem), espero que tenhamos muito mais presidentes populistas. Na América Latina, foram e são os populistas que procuram incluir os que não têm voz.
VANDERLEI VAZELESK, historiador e professor (Rio de Janeiro, RJ)

Israel
Minha origem judaica muito me orgulha e honra. Sou contra toda forma de radicalismo, fanatismo, preconceito e parcialidade. Torço pela paz mundial e sou favorável à existência do Estado de Israel e de um Estado palestino. Lembro ao senhor Renato Khair ("Painel do Leitor"), que, mais uma vez, e como sempre, Israel respondeu ao lançamento de foguetes contra o sul do país.
Lembro que uma data das mais importantes do judaísmo, o Yom Kippur, o dia da reconciliação, o dia da expiação, comemorada em 6 de outubro de 1973, marcou o ataque, este, sim, covarde, do Egito e da Síria, em duas frentes, a um Israel recolhido em orações e jejum.
LUIZ NUSBAUM (São Paulo, SP)

Ombudsman
Diferente do relato da ombudsman Suzana Singer no texto de ontem ("Uma boa surpresa"), em que ela sugere que "demorou-se a perceber o avanço social promovido pelo atual governo", penso que, como sociedade democrática e capitalista, temos que assumir parte significativa das conquistas da nossa nação.
Tais conquistas são fruto das nossas próprias iniciativas, quer como trabalhadores, quer como empresários, que, independente do governo, assumimos os riscos e pagamos a conta, tanto das boas iniciativas quanto das duvidosas, com uma alta tributação e com um péssimo retorno em serviços públicos (educação, saúde, segurança e infraestrutura).
Parabenizo o jornalismo da Folha, que cumpriu o seu papel de imprensa livre, independente do governante de plantão, em especial neste período de redemocratização. Vocês "não ficaram cegos por um tempo" e "não brigaram com a realidade".
A receita óbvia da popularidade é a omissão, que foi a marca dos últimos anos e que em nada contribuiu para a modernização do nosso país e das nossas instituições; quando somadas a um gasto bilionário em propaganda, resultam nos índices "difíceis de entender", como citado no texto.
WILSON APARECIDO DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Nomeação de ministros
Há vários dias a tônica do vasto noticiário sobre os escolhidos para ministros e secretários, nos governos estaduais e federal, é dizer que fulano é da cota do partido A, que beltrano é da cota do partido B. Um escárnio. Parece urubu em cima de carniça.
O furor por cargos tornou-se o esporte mais apreciado pelos políticos, a ponto de o governador da Bahia bater no peito e declarar que fez seis ministros. Como se estivesse cobrando uma medalha pelo feito tão sensacional.
Nesta linha, resta perguntar, se não for incômodo demais aos ocupados políticos, em que lugar os interesses do povo ficam nesta disputa? De onde virá a cota daqueles que defenderão o bem-estar coletivo?
Será que nesse oceano de interesses pessoais e políticos sobrará algum resto do suculento banquete político para melhorar a qualidade de vida do cidadão?
VICENTE LIMONGI NETTO (Brasília, DF)

Testes em animais
A despeito do tom cômico empregado pela jornalista e pelo ilustrador, a matéria do caderno Ciência de 26/12 causa profunda tristeza nos que têm um mínimo de sensibilidade ("Pesquisadores fazem tudo pela ciência").
A troco de que torturar animais, impedindo-os de dormir? Ainda há quem não saiba dos malefícios irreversíveis provocados pela constante privação do sono? O que move esses "cientistas"?
Fosse o prazer de se doar em prol da humanidade, melhor seria que eles próprios servissem como cobaias. Desconfio, porém, que a verdadeira razão sejam os royalties obtidos com a invenção de novas fórmulas "milagrosas".
ANDRÉ FRANCISCO GARCIA DE ASSIS (São Paulo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Eliseu Gabriel, vereador pelo PSB-SP (São Paulo, SP); Wendell Klauss Ribeiro (Porangaba, SP); Izabel Avallone (São Paulo, SP); Caon & Advogados Associados (Florianópolis, SC); Jornal da Segurança (São Paulo, SP); José Carlos de Oliveira, gerente de Comunicação & Marketing da Abinee -Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (São Paulo, SP); Paulo Hirano (Curitiba, PR); José Deon da Silva, assessor de Comunicação Organizacional do 8.º BPM (Lavras, MG)

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