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Dona Marisa
"Se existe uma coisa que não suporto é injustiça.
Por que Barbara Gancia desferiu
golpe tão baixo de sua incontrolável
língua ferina contra dona Marisa
("O legado de dona Marisa Letícia",
Cotidiano, ontem)?
A primeira-dama nunca faz nem
diz nada, não incomoda nem atrapalha, diferentemente de Lula, que,
entre outras coisas, não pode ver
um palanque.
Do que tenho notícia do período
Lula -PT, PMDB, PP, PTB e demais associados- até hoje, a dona-de-casa Marisa Letícia só plantou
uma estrela no jardim do Alvorada,
adotou como modelito um maiô
com vasta estrela na frente e negou-se a falar a prefeitos, familiares e
"amici" no lançamento da campanha da candidata-companheira Dilma Rousseff à Presidência.
E agora deu uma sambadinha na
Marquês de Sapucaí, porque ninguém é de ferro.
Sinceramente, não vi nenhuma
Marisa suada ou escrachada se esbaldando como se não houvesse
amanhã nem dando motivo a jornalista nenhum para ser comparada à
"lady" Dulce Figueiredo."
HELENA DE ALMEIDA PRADO BASTOS
(São Paulo, SP)
Protecionismo
"Quando um país decide priorizar seus produtos internos em detrimento de produtos importados,
não está praticando protecionismo.
Está apenas procurando socorrer a
indústria nacional e os empregos
por ela gerados.
Neste momento de crise globalizada, se o próprio país não der o
exemplo e colaborar, consumindo
os seus produtos em lugar dos importados, quem irá ajudar?
Até ocorrer um acordo internacional que resolva a situação crítica
atual -bastante improvável no momento-, o pontapé inicial tem que
partir de dentro de casa."
HABIB SAGUIAH NETO (Marataízes, ES)
Demissões
"A demissão de empregados da
Embraer em razão de suposta dificuldade da empresa mostra uma face perversa do empresariado brasileiro, que tem em outra empresa
privatizada, a Vale, um exemplo de
comportamento frio e distante da
visão social. Ambas empresas passaram por ótimos momentos nos
últimos anos.
A Embraer inclusive teve acesso a
financiamentos de grande porte
por parte do BNDES. E a Vale anunciou lucro de R$ 21,3 bilhões.
Como se constata, nos dois casos,
as demissões podem ser caracterizadas como terroristas, causando
pânico e atingindo o lado social de
forma violenta."
URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)
Aposentados
"Estamos vivendo momentos
que jamais poderíamos imaginar.
Eu, aposentado por invalidez, um
"Zé" sem eira nem beira, um miserável, que, para comprar uma camisa,
tem de fazer um esforço hercúleo,
tem, em sua aposentadoria por invalidez, a cobrança da famigerada
taxa de renovação de cadastro para
o banco Itaú.
No Brasil, onde o rabo balança o
cachorro e a banana come o macaco, o aposentado por invalidez dá
dinheiro para o banqueiro."
MAURO FURTADO DA CUNHA (São Paulo, SP)
Energia
"O Brasil consome hoje 440
TWh/ ano de energia, e em dez ou
vinte anos poderá chegar a 1.000
TWh/ano ou mais.
É um sonho de uma noite de verão achar que essa demanda adicional será atendida por mais hidreletricidade e por eletricidade de biomassa (ineficiente e inexpressiva) e
de ventos.
Diferentemente do que a senadora Ideli Salvatti diz no texto "Energia limpa que os ventos podem trazer" ("Tendências/Debates", ontem), o Brasil não está "na região do
planeta mais bem servida de ventos" e eles não são "de excelente qualidade, velozes e constantes", exceção feita a algumas e poucas áreas
muito restritas do país.
A não ser que o Brasil queira povoar todos os seus rios importantes
com barragens e turbinas, ingressando num experimento técnico-ambiental de consequências completamente desconhecidas, nós temos inevitavelmente de nos preparar para usar com sabedoria termelétricas ultramodernas (IGCC) a
carvão importado (eventualmente
com sequestro parcial de CO2), gás
natural, nucleares e, acima de tudo,
grandes plantas solares, estas, sim,
o caminho do futuro."
ANTONIO CAMARGO (São Paulo, SP)
MST
"Por que o presidente do Supremo não diz nada sobre o financiamento público para fazendeiros e
entidades ruralistas que mantêm
trabalhadores em regime de escravidão, grilam terras públicas, desmatam e poluem o ambiente -e
ainda assassinam de freiras até fiscais do trabalho?
Acho que Gilmar Mendes deveria
ficar calado e pronunciar-se apenas
nos autos de processos."
JOÃO HUMBERTO VENTURINI (Piracicaba, SP)
Guri
"Em relação à coluna de Gilberto
Dimenstein de 25/2 ("Aula de surdo", Cotidiano), a Associação Amigos do Projeto Guri informa que,
conforme previsto no seu Plano
Político Pedagógico e informado
aos candidatos no momento da matrícula, existe limite de idade para a
matrícula de novos alunos no Projeto Guri.
As idades são definidas visando
melhor aproveitamento dos cursos
de acordo com a faixa etária, bem
como a organização e o desenvolvimento do planejamento pedagógico anual da instituição.
No início de fevereiro, a diretoria
de Desenvolvimento Social do Projeto Guri orientou os funcionários a
avaliar individualmente o caso de
rematrículas de alunos fora da faixa
etária regular, bem como rematricular normalmente todos os alunos
com necessidades especiais.
Consideramos, portanto, que a
atual coordenação do Polo Harmonia cometeu um equívoco ao não
aceitar a rematrícula da aluna Fernanda Aparecida Pires.
Informamos que todas as providências já foram tomadas para solucionar esse problema e, principalmente, para evitar a ocorrência
de fatos semelhantes.
Fernanda Aparecida Pires retornará imediatamente às aulas no
Projeto Guri."
ALESSANDRA COSTA , diretora executiva do Projeto Guri (São Paulo, SP)
Casas e juros
"É muito oportuno o artigo "Arma
contra a crise", do secretário da Habitação do Estado de São Paulo,
Lair Krähenbühl ("Tendências/Debates", ontem).
Espero realmente que o pacote
habitacional, a ser anunciado pelo
governo em março, proporcione
moradia digna à população de baixa
renda, além de contribuir para a geração de mais emprego e renda.
No entanto, é inevitável lembrar
que, sem a redução da taxa de juros
e da burocracia e sem facilidades de
acesso ao financiamento, será difícil dinamizar o setor e, consequentemente, alcançar os objetivos esperados para reduzir os efeitos da
crise econômica".
PAULO SAFADY SIMÃO , presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção
(São Paulo, SP)
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