São Paulo, sábado, 28 de março de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Olhos azuis
"O nosso presidente só fala em público o que ele imagina que o seu povo quer ouvir. É por isso que ele solta barbaridades.
Culpar brancos de olhos azuis é tão preconceituoso quanto culpar negros, índios, asiáticos ou qualquer outra "raça". Lula sabe que a maioria dos seus votos está na camada mais pobre, aquela que ele não conseguiu -ou não quis- educar, para que ele, com um mísero Bolsa Família, continue no topo do populismo.
Abaixo o preconceito, seja ele qual for!"
SILVIA MARIA DE ALMEIDA SÃO PEDRO (São Paulo, SP)

"Estou profundamente chateado. Sou branco, tenho olhos azuis e sobrevivo com R$ 1.190 do INSS. Onde está minha parte do dinheiro da especulação financeira?"
FRANCO CRULCICH (São Paulo, SP)

Daslu e os políticos
"Acredito que, se todos os empresários do país que enriquecem dessa maneira começassem a ser tratados como criminosos, é bem provável que uma nova ordem fosse estabelecida no Brasil.
Citando a juíza Maria Isabel do Prado, que afirmou que a "ganância" de Eliana Tranchesi "visava angariar recursos bilionários através de lesão ao erário", e complementando com a declaração do procurador Matheus Baraldi Magnani, de que "a arma de uma organização criminosa também pode ser a corrupção", eu pergunto: o que falta para que os políticos do Brasil, de cima abaixo, sejam tratados com a mesma ferocidade e empenho? O que falta para que esses políticos corruptos também sejam condenados à prisão?"
ROSANA ZEPPELINI NASCIMENTO (Rio Claro, SP)

"Realmente seria maravilhoso se nós vivêssemos no reino da utopia, com administradores públicos maravilhosos e a população constituída por cidadãos exemplares. Mas, diante do que todo mundo sabe o que é, condenar Eliana Tranchesi a uma pena a que nem os criminosos mais escabrosos são condenados parece até uma piada de brasileiro. Tudo bem, dizem que ela roubou o Estado, mas quantos não fazem o mesmo?
Em que cadeia estão os políticos corruptos e os funcionários desonestos? Sem falar nos estupradores, assassinos, traficantes, pedófilos e ladrões de toda espécie, que estão em liberdade graças à ineficiência do Estado.
Se forem condenados todos os que de alguma forma são responsáveis por algum tipo de contrabando neste país, vai faltar gente para atirar a primeira pedra."
RICARDO GUILHERME BUSCH (São Paulo, SP

) Se alguém pensa
"A filha do ex-presidente FHC não sabe se recebeu horas extras, mas, se mandarem, ela devolve (coluna de Mônica Bergamo, Ilustrada, ontem). Pasmem, ela faz trabalho pessoal de um senador, logo, deveria ser paga pelo senador, e não pelo Senado, como funcionária. Ela não cumpre horário, pois, como disse, trabalha em casa, já que o "Senado é uma bagunça, e o gabinete é mínimo".
Se alguém pensa que se trata de uma funcionária fantasma, pelas suas palavras ela realmente é."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

Público ou privado
"O senhor Carlos Brisola Marcondes ("Painel do Leitor", 26/3) pergunta por que só se pensa em privatizações quando as coisas não funcionam. Ora, elas têm funcionado quando o Estado as gerencia?
Por exemplo: temos a gasolina mais cara do mundo e o pior óleo diesel do mundo. E o monopólio é da estatal Petrobras. Funciona?"
FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Israel
"Além de não mencionar que o senhor Yitzhak Rabin também foi assassinado por fundamentalistas, no caso judeus, o artigo da senhora Giora Becher falta com a verdade ("Lições de três décadas de paz", "Tendências/Debates", 26/3).
Basta continuar a leitura do jornal daquele dia e chegar até a página A18 para ver que Israel não faz a paz, como diz a senhora Becher ("Netanyahu cita paz, mas pactua expansão de colônia", Mundo).
Israel não precisa de um esforço de relações públicas para melhorar a sua imagem no mundo; precisa de humanidade."
DÉBORA MARTINS (São Paulo, SP)

Estádios
"A violência nos estádios é uma questão séria, que envolve perda de vidas humanas. No entanto o jornalista Juca Kfouri (Esporte, 26/3) não abordou o tema com essa preocupação. Respeitamos sua opinião, mas não concordamos com ela. Na verdade, o propósito da coluna foi apenas criticar o Ministério do Esporte.
O jornalista tentou desqualificar uma gestão que conduziu o melhor Pan de todos os tempos -segundo avaliação da Odepa-, que investiu R$ 1,5 bilhão em 7.703 obras de infraestrutura esportiva e que atendeu a seis milhões de pessoas nos programas sociais. Também elaborou a Lei de Incentivo ao Esporte. O Brasil sediará a Copa 2014 e, pela primeira vez, o Rio está entre as finalistas para sediar os Jogos Olímpicos de 2016.
Essas ações continuarão sendo feitas em parceria com todos os níveis da sociedade brasileira. O diálogo respeitoso é nossa matéria-prima."
MARIZETE MUNDIM, assessoria de comunicação social do Ministério do Esporte (Brasília, DF)

Procuradora
"A reportagem "Procuradora vê "típica organização criminosa" (Brasil, ontem) julga de forma sumária a procuradora da República Karen Louise Jeanette Kahn, tachando-a de "vaidosa". Pior: a opinião surge em meio a um texto informativo. Nos contatos que a reportagem do jornal teve com a procuradora e comigo anteontem, em nenhum momento isso nos foi perguntado.
Esse tipo de adjetivo em meio a reportagem apenas vulgariza o texto e reforça o estereótipo machista de que uma mulher não pode exercer uma função de Estado ou outro cargo importante com seriedade. Em nome do MPF, registro o repúdio ao constatado e lamentável prejulgamento de ordem pessoal por parte do jornal, fato que revela a ausência de imparcialidade e profissionalismo por parte dos autores do texto e dos responsáveis pela sua edição."
MARCELO OLIVEIRA, assessor de comunicação do Ministério Público Federal em São Paulo (São Paulo, SP)

Igreja
"Surpreendeu-me o conteúdo infamante da coluna de Danuza Leão de 15/3 ("Falando um pouco de religião", Cotidiano).
Segundo a colunista, alguém, por ser católico, tem "mente doente e malvada" e, pelo fato de jurar fidelidade e amor "até que a morte os separe", uma pessoa não tem sã consciência.
Gostaria de dizer à senhora Danuza que a igreja não é uma "Geni". A colunista, por pertencer ou por ter pertencido a uma religião, pode qualificar-se com os adjetivos que bem entender, inclusive os acima.
Isso não é da minha conta. Assim como também não é da conta da colunista a minha forma (e a dos demais católicos) de pensar e agir, como garante a Constituição.
Acho, também, que traumas de infância são mais bem resolvidos em consultórios médicos do que em colunas de jornal."
RENATO ANTONIO RABUSKE, professor universitário (Florianópolis, SC)

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