São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Língua portuguesa
"No editorial "Reforma ortográfica" (Opinião, 25/5) são referidos, a propósito do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, os "18 anos decorridos entre a sua assinatura e a aprovação pelo país de origem do idioma, Portugal".
Esta afirmação é factualmente errada. Dos sete países que subscreveram o acordo em 1990, Portugal foi o segundo -repito, o segundo- a aprová-lo e ratificá-lo, logo no ano de 1991.
Se todos os restantes países tivessem ratificado o texto até o final de 1993, ele teria entrado em vigor logo em 1º de janeiro de 1994, como o próprio acordo previa. Recordo que o Brasil só procedeu à ratificação do acordo após essa data.
O que há dias foi aprovado em Portugal foi o segundo protocolo adicional ao acordo, o qual prevê a possibilidade deste entrar em vigor desde que haja um mínimo de três ratificações por países signatários.
Rejeito por isso, e em absoluto, a idéia falsa que tem vindo a ser passada na mídia brasileira, designadamente no editorial em causa, de que Portugal foi o país responsável pela não-entrada em vigor, mais cedo, do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa."
FRANCISCO SEIXAS DA COSTA, embaixador de Portugal (Brasília, DF)

Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".

Na contramão
"O senhor governador do Estado deveria atentar para o fato da professora aposentada que percorreu 8 km na contramão por não ter dinheiro para o pedágio. Dada a desconsideração com que estamos sendo tratados, nós, os professores aposentados, logo seremos centenas na contramão, dando muito trabalho aos profissionais do trânsito e à Sua Excelência, a quem alfabetizamos com carinho."
MARIA MARTHA ULLIAN DA SILVEIRA, representante da Associação de Professores Aposentados do Magistério Público do Estado de São Paulo (Jaboticabal, SP)

Amazônia
"Fiquei surpreso com a declaração do presidente Lula sobre a "propriedade da Amazônia". Se é verdade que os brasileiros somos os donos da floresta, por que está tudo abandonado? O desmatamento corre solto, as fronteiras estão totalmente abertas, os estrangeiros e as ONGs entram e saem quando bem entendem, os madeireiros lucram com a devastação da floresta e não há fiscalização.
Lula declarou que a floresta é dos brasileiros, mas não falou em providências a serem tomadas. É essa incompetência que está levando Barack Obama e outros poderosos a acharem que podem tomar conta do que está abandonado.
Até a ministra Marina Silva pediu pra sair. Não agüentou tanta incompetência."
MARCUS LUCIANO VILLAR (Itapevi, SP)

Metrô
"A Secretaria de Transportes Metropolitanos esclarece que, em relação à reportagem "Serra desiste de ligar com metrô as zonas norte e leste" (Cotidiano, 27/5), nunca afirmou que o governo desistiu de fazer a linha completa.
Ao contrário: em 25 de março, quando esta secretaria anunciou oficialmente, em entrevista coletiva, a construção da Linha 6, foi explicado à imprensa que esta gestão fará os estudos para a primeira etapa entre Freguesia do Ó e São Joaquim, cujas obras ficariam prontas em 2012. Além disso, também foi confirmada a construção do ramal entre Oratório e Vila Prudente, na linha 2-Verde, previsto para 2010.
Naquela ocasião, o repórter Alencar Izidoro escreveu, de forma correta: "A idéia é construir inicialmente a ligação da Freguesia do Ó até a estação São Joaquim, da linha 1-Azul, e de Oratório até a futura estação Vila Prudente, ligando com a linha 2-Verde".
Reiteramos que em nenhum momento foi prometido o trecho entre São Joaquim e Vila Prudente, o qual poderá ser construído futuramente, na próxima administração."
MÁRCIA BORGES, assessora de imprensa da Secretaria dos Transportes Metropolitanos (São Paulo, SP)

Resposta do repórter Evandro Spinelli - A reportagem citada pela missivista informou que o governo anunciou dois trechos da linha 6 e que a ligação entre São Joaquim e Vila Prudente seria feita posteriormente. Em entrevista gravada, o secretário dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, afirmou, como consta na reportagem em questão, que "a necessidade daquele trecho mudou" e que a ligação entre São Joaquim e Vila Prudente não será mais feita.

Previdência
"É bonito o discurso do ministro da Previdência sobre o acordo de cooperação técnica entre a Previdência e o Judiciário para reduzir o números de processos ("Previdência e Justiça unidas: ganham todos", "Tendências/Debates", 18/5).
Lamentavelmente, vejo mesmo como um "discurso", pois, na prática, deparamos com recursos meramente protelatórios do INSS contra matéria já pacificada pelos tribunais superiores.
A solução não está em acordos, mas, sim, numa atuação mais enérgica do Judiciário na aplicação das penas já previstas por litigância de má-fé."
FERNANDA BRITO, professora de direito previdenciário e advogada (Belo Horizonte, MG)

Maluf
"Como o senhor Adilson Laranjeira havia tempo não dava o ar de sua graça nesta seção, passei a me preocupar com o seu paradeiro. Teria desaparecido no Nepal ou num cataclisma qualquer?
Ontem, ao voltar a informar que Paulo Maluf continua sendo um probo político e administrador sem jaça, nós, leitores deste "Painel do Leitor", podemos dormir aliviados."
CAIO N. DE TOLEDO (Campinas, SP)

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