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PAINEL DO LEITOR
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Língua portuguesa
"No editorial "Reforma ortográfica" (Opinião, 25/5) são referidos, a
propósito do Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa, os "18 anos decorridos entre a sua assinatura e a
aprovação pelo país de origem do
idioma, Portugal".
Esta afirmação é factualmente
errada. Dos sete países que subscreveram o acordo em 1990, Portugal foi o segundo -repito, o segundo- a aprová-lo e ratificá-lo, logo
no ano de 1991.
Se todos os restantes países tivessem ratificado o texto até o final
de 1993, ele teria entrado em vigor
logo em 1º de janeiro de 1994, como
o próprio acordo previa. Recordo
que o Brasil só procedeu à ratificação do acordo após essa data.
O que há dias foi aprovado em
Portugal foi o segundo protocolo
adicional ao acordo, o qual prevê a
possibilidade deste entrar em vigor
desde que haja um mínimo de três
ratificações por países signatários.
Rejeito por isso, e em absoluto, a
idéia falsa que tem vindo a ser passada na mídia brasileira, designadamente no editorial em causa, de
que Portugal foi o país responsável
pela não-entrada em vigor, mais cedo, do novo Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa."
FRANCISCO SEIXAS DA COSTA, embaixador de
Portugal (Brasília, DF)
Nota da Redação - Leia na
seção "Erramos".
Na contramão
"O senhor governador do Estado
deveria atentar para o fato da professora aposentada que percorreu 8
km na contramão por não ter dinheiro para o pedágio.
Dada a desconsideração com que
estamos sendo tratados, nós, os
professores aposentados, logo seremos centenas na contramão, dando
muito trabalho aos profissionais do
trânsito e à Sua Excelência, a quem
alfabetizamos com carinho."
MARIA MARTHA ULLIAN DA SILVEIRA, representante da Associação de Professores Aposentados do
Magistério Público do Estado de São Paulo
(Jaboticabal, SP)
Amazônia
"Fiquei surpreso com a declaração do presidente Lula sobre a "propriedade da Amazônia". Se é verdade que os brasileiros somos os donos da floresta, por que está tudo
abandonado? O desmatamento
corre solto, as fronteiras estão totalmente abertas, os estrangeiros e
as ONGs entram e saem quando
bem entendem, os madeireiros lucram com a devastação da floresta e
não há fiscalização.
Lula declarou que a floresta é dos
brasileiros, mas não falou em providências a serem tomadas.
É essa incompetência que está levando Barack Obama e outros poderosos a acharem que podem tomar conta do que está abandonado.
Até a ministra Marina Silva pediu
pra sair. Não agüentou tanta incompetência."
MARCUS LUCIANO VILLAR (Itapevi, SP)
Metrô
"A Secretaria de Transportes Metropolitanos esclarece que, em relação à reportagem "Serra desiste de
ligar com metrô as zonas norte e
leste" (Cotidiano, 27/5), nunca
afirmou que o governo desistiu de
fazer a linha completa.
Ao contrário: em 25 de março,
quando esta secretaria anunciou
oficialmente, em entrevista coletiva, a construção da Linha 6, foi explicado à imprensa que esta gestão
fará os estudos para a primeira etapa entre Freguesia do Ó e São Joaquim, cujas obras ficariam prontas
em 2012. Além disso, também foi
confirmada a construção do ramal
entre Oratório e Vila Prudente, na
linha 2-Verde, previsto para 2010.
Naquela ocasião, o repórter Alencar Izidoro escreveu, de forma correta: "A idéia é construir inicialmente a ligação da Freguesia do Ó
até a estação São Joaquim, da linha
1-Azul, e de Oratório até a futura
estação Vila Prudente, ligando com
a linha 2-Verde".
Reiteramos que em nenhum momento foi prometido o trecho entre
São Joaquim e Vila Prudente, o
qual poderá ser construído futuramente, na próxima administração."
MÁRCIA BORGES, assessora de imprensa da Secretaria dos Transportes Metropolitanos
(São Paulo, SP)
Resposta do repórter Evandro
Spinelli - A reportagem citada
pela missivista informou que o
governo anunciou dois trechos
da linha 6 e que a ligação entre
São Joaquim e Vila Prudente
seria feita posteriormente. Em
entrevista gravada, o secretário
dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, afirmou, como consta na reportagem em questão, que "a necessidade daquele trecho mudou"
e que a ligação entre São Joaquim e Vila Prudente não será
mais feita.
Previdência
"É bonito o discurso do ministro
da Previdência sobre o acordo de
cooperação técnica entre a Previdência e o Judiciário para reduzir o
números de processos ("Previdência e Justiça unidas: ganham todos",
"Tendências/Debates", 18/5).
Lamentavelmente, vejo mesmo
como um "discurso", pois, na prática, deparamos com recursos meramente protelatórios do INSS contra
matéria já pacificada pelos tribunais superiores.
A solução não está em acordos,
mas, sim, numa atuação mais enérgica do Judiciário na aplicação das
penas já previstas por litigância de
má-fé."
FERNANDA BRITO, professora de direito previdenciário e advogada (Belo Horizonte, MG)
Maluf
"Como o senhor Adilson Laranjeira havia tempo não dava o ar de
sua graça nesta seção, passei a me
preocupar com o seu paradeiro. Teria desaparecido no Nepal ou num
cataclisma qualquer?
Ontem, ao voltar a informar que
Paulo Maluf continua sendo um
probo político e administrador sem
jaça, nós, leitores deste "Painel do
Leitor", podemos dormir aliviados."
CAIO N. DE TOLEDO (Campinas, SP)
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