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Bolívia
Serra, o "exterminador do futuro da política externa brasileira" (Folha.com, ontem)? O que
quis dizer com isso o ministro Marco Aurélio Garcia? Serra está defendendo o direito dos brasileiros
de terem contida essa maldição do
tráfico de drogas.
Quem defende o contrário é que
é o exterminador. Não da política
externa, mas de vidas.
ELIANA FRANÇA LEME (São Paulo, SP)
Não tem sentido culpar o governo boliviano pelo tráfico de
cocaína no Brasil. Os governos
estaduais e federal é que são os
responsáveis pela fiscalização.
Por acaso, quando governador, Serra era cúmplice do tráfico de cocaína que entrava no Estado de São Paulo?
O combate ao narcotráfico exige ação coordenada. Jogar a responsabilidade para os outros é
injusto.
MÁRCIA MEIRELES (São Paulo, SP)
Irã
É interessante perceber que
em nenhum momento das negociações do Brasil com o Irã o governo brasileiro foi questionado
(pela imprensa) por que está se
relacionando com um país que
executa opositores políticos.
Toda a imprensa nacional se
encanta com a tática das relações exteriores do Brasil para
promover a confiabilidade do governo iraniano em relação ao
combustível nuclear. Mas e com
relação aos direitos humanos?
LEANDRO COSTA (São Paulo, SP)
Que moral os americanos têm
para criticar o Brasil depois da
vergonhosa mentira sobre o Iraque? Dispenso os comentários
azedos do senhor Thomas Friedman (Mundo, ontem).
JOSÉ CARLOS PRADO ALVES (Ituiutaba, MG)
Educação
"Parece que ninguém quer ser
professor de física, não sei por
quê", disse o governador Alberto
Goldman (Cotidiano, 26/5).
Posso ajudar a esclarecer. Química, biologia e física, na grade
estadual, têm duas aulas semanais no ensino médio. Para o professor completar uma jornada de
32 aulas/semana, precisa de 16 salas, com média de 40 alunos por
sala -640 alunos, no mínimo.
Se o professor aplicar duas avaliações mensais, são 1.280 provas
a corrigir, além de 16 diários de
classe para preencher e, pasmem,
as 32 aulas são distribuídas em
duas ou três escolas, porque dificilmente há em uma única escola
16 turmas de ensino médio. Tudo
isso para ganhar R$ 7 por aula.
Avalie você mesmo se alguém
em sã consciência, em início de
carreira, se sujeitaria a isso.
MAGALI APARECIDA LOVATTO NASCIMENTO
(Manduri, SP)
Oliver Stone
Quero parabenizar a colunista
Mônica Bergamo e sua repórter
Lígia Mesquita pela excelente
entrevista com o cineasta Oliver
Stone (Ilustrada, ontem). Poucas
vezes vi tamanha sinceridade e coragem para falar contra o establishment.
CLÓVIS DEITOS (Campinas, SP)
Novíssima
Muito bons os artigos de Contardo Calligaris de ontem (Ilustrada) e de Rosely Sayão de terça
(Equilíbrio). Os dois juntos na
quinta-feira era realmente overdose de gente boa.
Adorei também o artigo de Marcelo Coelho de quarta (Ilustrada).
Como sempre, um texto bem escrito e bem humorado. Mas tenho
sentido a falta do grande Marcelo
Leite aos domingos.
E a leitura do caderno Mercado
ficou melhor com a coluna na contracapa.
CLÁUDIA M. R. TEIXEIRA (São Paulo, SP)
Retardei para emitir a minha
opinião sobre a reforma editorial
e gráfica da Folha.
Sou da geração que viu, menino ainda, o desastre do Maracanã
em 1950. Sendo assim, quando o
nosso time apresenta todas as
condições para vencer, quando
parece imbatível, vem o frio na
espinha. E a nossa Folha, com esse novo projeto, tem todas essas
características.
Teve também o recado de Otavio Frias Filho, a "Reflexão" sobre o imponderável que vem por
aí (mais um frio, desta vez, na
barriga).
Resolvi dar o meu palpite pela
chegada de Silvio Meira (Mercado), que veio na esteira das novas
contratações.
Veio o Palocci também, é verdade. Mas, como diz Tony Curtis
em "Quanto mais Quente Melhor": ninguém é perfeito.
É assim que vejo essa nova etapa da Folha.
Não dava pra não opinar.
PAULO NASCIMENTO (Belo Horizonte, MG)
Centro de São Paulo
O centro de São Paulo é a alma
da cidade e da sua história.
Em 2014, os turistas estrangeiros que virão à nossa cidade durante a Copa elegerão o nosso
centro como cartão-postal, e não
a Oscar Freire, os shoppings ou o
Ibirapuera. Será que até lá poderemos ter orgulho de apresentar
o nosso mais consistente cartão-postal? Tenho dúvidas ao ver o
trabalho executado na praça da
República, onde a reforma das
calçadas é feita pela metade.
Uma, esburacada, perigosa, feia;
a outra, novinha em folha.
OLIVIER ANQUIER (São Paulo, SP)
Publicidade
A reportagem "Estados desembolsam R$ 1,69 bi em propaganda" (Poder, 24/05) leva a uma
conclusão equivocada quando
destaca o valor absoluto do gasto
com publicidade dos Estados. A
comparação precisa obrigatoriamente ser ponderada de acordo
com a realidade de cada Estado.
Levando em consideração o
gasto por habitante, São Paulo está entre os Estados que menos investem em publicidade. E isso
apesar de concentrar um terço do
PIB e 22% da população do país.
A reportagem menciona a pré-candidatura de José Serra ao citar
os dados de São Paulo, mas deixa
de associar a condição da ex-ministra Dilma Rousseff quando
compara gastos do governo federal em propaganda.
SÉRGIO GUERRA, senador (PSDB-PE), coordenador
da campanha do pré-candidato José Serra
(São Paulo, SP)
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