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Papéis da ditadura
A fim de sanar erros contidos
na reportagem "Acervo da ditadura mofa sob goteiras" (Poder,
ontem), solicitamos a publicação
dos esclarecimentos abaixo:
1. O acervo da ditadura militar
sob a guarda da Coordenação Regional do Arquivo Nacional, em
Brasília, não corre riscos, tampouco "mofa sob goteiras". Conforme
foi explicado aos repórteres Filipe
Coutinho e Lucas Ferraz, e eles puderam observar na visita que fizeram ao local em 18/6, os documentos do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) estão
bem preservados, em uma sala-cofre climatizada;
2. Não está correta também a informação de que "são 35 milhões
de folhas armazenadas em condições precárias", como afirma a reportagem. O acervo do ex-SNI está
contido em 220 mil microfichas
(de consulta e de preservação).
Contém, ainda, documentos especiais não microfilmados, como
jornais, fotografias e cartazes -todos armazenados em arquivos na
sala-cofre climatizada;
3. A foto que ilustra a reportagem não mostra os arquivos da ditadura militar, e sim outra sala da
Coordenação Regional do Arquivo
Nacional. Enviamos, em anexo,
fotos da sala-cofre onde se encontram os arquivos do ex-SNI.
GUSTAVO SERRA SANTANA, assessor de Imprensa
da Casa Civil (Brasília, DF)
Resposta dos repórteres Filipe Coutinho e Lucas Ferraz -
A reportagem em nenhum momento diz que o acervo sob goteira é o do SNI. Os documentos
da ditadura não se restringem
aos do extinto órgão. A foto que
ilustra a reportagem mostra arquivos do período armazenados
em condições precárias. Esses
documentos ainda vão passar
por triagem, como o texto já havia informado.
Escuta nas prisões
Como ex-advogado, ex-agente
penitenciário e atual servidor do
Judiciário, personagem periférico nessa celeuma, acho correta a
escuta entre advogado e cliente,
desde que o advogado não aja
como tal, mas como cúmplice ou
artífice de crimes ou de ações ilegais. Nesta situação, deve ser tratado como um delinquente qualquer, e suas conversas e "escritório" devem ser devastados.
Porém, como ter certeza disso
a ponto de autorizar a escuta ou
a busca e apreensão? É de supor
que as autoridades tenham fortes indícios de que o advogado
aliou-se ao crime e está a valer-se
de suas prerrogativas para para
facilitar a ação de bandidos.
Veja-se o exemplo daquela advogada de Beira-Mar, que, no
RDD de Presidente Bernardes
(SP), passava informações ao
"cliente" abrindo a blusa para
que ele pudesse ler as mensagens escritas em seus seios.
SINÉSIO CARRIEL DOS SANTOS FILHO
(São Paulo, SP)
Impostos
Acho razoável que se façam
críticas aos valores dos pedágios
nas rodovias paulistas, que são
totalmente transitáveis e têm
uma infraestrutura de serviços
única no país. Contudo, creio
que os custos desses serviços
não devam ser socializados, penalizando os menos favorecidos
com mais impostos.
Por outro lado, não leio críticas ao custo dos impostos nos
medicamentos, nos alimentos e
em tantos outros produtos e serviços essenciais, que o governo
federal impõe a todos -em particular aos pobres.
E parece que mesmo assim o
PT e o nosso presidente estão
bem nas pesquisas, ainda que a
população fique refém dos favores do governo, o que não permite a sua total inclusão como cidadãos plenos. E o pior é que, com
tantos impostos, as estradas federais são um desastre.
FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)
Gullar
Agradeço a Ferreira Gullar por
me alegrar neste domingo frio de
junho. Seu artigo na Ilustrada de
ontem ("A arte de enganar") me
encheu de esperança.
Suas palavras acerca do governo Lula são absolutamente verdadeiras e servem para alertar os
desmemoriados desse país. Que
Gullar continue com sua lucidez e
com sua palavra esclarecida, que
me traz alento e esperança.
VERA LÚCIA F. S. LIMA (São Paulo, SP)
Chega a dar náuseas a hipocrisia intelectual do senhor Ferreira
Gullar. Um histórico stalinista,
incapaz de uma autocrítica, querer rotular o presidente Lula de
enganador? Se o seu objetivo é,
indiretamente, fazer propaganda
para o candidato do PSDB, deveria deixar o jornalismo e fazer, de
forma orgânica, proselitismo político contra o governo Lula.
RAIMUNDO WILSON DA COSTA QUEIROZ
(Rio de Janeiro, RJ)
Defensoria
A Defensoria Pública do Estado de São Paulo, órgão de evidente importância, anda claudicante. A jovem instituição, encarcerada no descaso estatal,
ofende a lei e a razoabilidade ao
combater o convênio com a OAB.
É o óbvio ululante que a Defensoria não possui condições
para atender a demanda de
ações em nosso Estado. Se não
fosse o convênio, a população
paulista estaria indefesa. Desse
contexto emerge que ambas entidades estão ombreadas em prestar esse importante serviço público. A demora em homologar o
convênio com a OAB-SP, a baixa
remuneração e a ausência de
unidade na resolução dos problemas comuns prejudicam todo
o Estado e a sua população.
MARCO SOARES, advogado (São Paulo, SP)
Álcool
Gilberto Dimenstein tocou na
questão central em relação às
drogas ("Porres da elite", Cotidiano, ontem). O álcool é tão danoso quanto as drogas consideradas ilegais. Ele potencializa a violência doméstica, os abusos contra crianças e adolescentes e está
por trás de homicídios por motivos fúteis. Isso sem falar da guerra no trânsito, que mata milhares.
Certamente os jovens dependentes de crack, maconha e outras
drogas costumam ter um histórico
de alcoolismo na família.
Qual dos candidatos vai assumir essa questão e enfrentá-la
com coragem?
GRAÇA SETTE (Belo Horizonte, MG)
Morumbi
Ao mencionar que "parceiros
da Fifa" estariam dispostos a investir em uma nova arena em
São Paulo e ressalvar que seria
um "problema" a realização da
Copa num estádio particular,
que "não poderia gerar receitas
para quem fosse investir nele", o
"Painel FC" (25/6) revela a verdadeira motivação das iniciativas
que visam criar o cenário adequado para levar a cidade a
construir um novo estádio. O que
há de fato é o interesse de "investidores" e de seus "sócios
com bom trânsito junto aos organizadores do Mundial" em aproveitar a Copa-2014 como oportunidade para "bons negócios".
A revelação de que "a questão
é resolver a desapropriação da
área onde seria erguida a arena"
deixa claro que os investidores
exigem que o poder público desaproprie o terreno e o doe aos
particulares. Assim como exigirão que a administração faça investimentos em infraestrutura
para agregar valor ao empreendimento privado.
Cai assim por terra a afirmação de que não haveria investimento público para a construção
do novo estádio em São Paulo.
JOSÉ FRANCISCO CIMINO MANSSUR, integrante do
Comitê Morumbi 2014 do São Paulo Futebol Clube
(São Paulo, SP)
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