São Paulo, segunda-feira, 28 de junho de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Papéis da ditadura
A fim de sanar erros contidos na reportagem "Acervo da ditadura mofa sob goteiras" (Poder, ontem), solicitamos a publicação dos esclarecimentos abaixo: 1. O acervo da ditadura militar sob a guarda da Coordenação Regional do Arquivo Nacional, em Brasília, não corre riscos, tampouco "mofa sob goteiras". Conforme foi explicado aos repórteres Filipe Coutinho e Lucas Ferraz, e eles puderam observar na visita que fizeram ao local em 18/6, os documentos do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) estão bem preservados, em uma sala-cofre climatizada; 2. Não está correta também a informação de que "são 35 milhões de folhas armazenadas em condições precárias", como afirma a reportagem. O acervo do ex-SNI está contido em 220 mil microfichas (de consulta e de preservação).
Contém, ainda, documentos especiais não microfilmados, como jornais, fotografias e cartazes -todos armazenados em arquivos na sala-cofre climatizada; 3. A foto que ilustra a reportagem não mostra os arquivos da ditadura militar, e sim outra sala da Coordenação Regional do Arquivo Nacional. Enviamos, em anexo, fotos da sala-cofre onde se encontram os arquivos do ex-SNI.
GUSTAVO SERRA SANTANA, assessor de Imprensa da Casa Civil (Brasília, DF)

Resposta dos repórteres Filipe Coutinho e Lucas Ferraz - A reportagem em nenhum momento diz que o acervo sob goteira é o do SNI. Os documentos da ditadura não se restringem aos do extinto órgão. A foto que ilustra a reportagem mostra arquivos do período armazenados em condições precárias. Esses documentos ainda vão passar por triagem, como o texto já havia informado.

Escuta nas prisões
Como ex-advogado, ex-agente penitenciário e atual servidor do Judiciário, personagem periférico nessa celeuma, acho correta a escuta entre advogado e cliente, desde que o advogado não aja como tal, mas como cúmplice ou artífice de crimes ou de ações ilegais. Nesta situação, deve ser tratado como um delinquente qualquer, e suas conversas e "escritório" devem ser devastados.
Porém, como ter certeza disso a ponto de autorizar a escuta ou a busca e apreensão? É de supor que as autoridades tenham fortes indícios de que o advogado aliou-se ao crime e está a valer-se de suas prerrogativas para para facilitar a ação de bandidos.
Veja-se o exemplo daquela advogada de Beira-Mar, que, no RDD de Presidente Bernardes (SP), passava informações ao "cliente" abrindo a blusa para que ele pudesse ler as mensagens escritas em seus seios.
SINÉSIO CARRIEL DOS SANTOS FILHO (São Paulo, SP)

Impostos
Acho razoável que se façam críticas aos valores dos pedágios nas rodovias paulistas, que são totalmente transitáveis e têm uma infraestrutura de serviços única no país. Contudo, creio que os custos desses serviços não devam ser socializados, penalizando os menos favorecidos com mais impostos.
Por outro lado, não leio críticas ao custo dos impostos nos medicamentos, nos alimentos e em tantos outros produtos e serviços essenciais, que o governo federal impõe a todos -em particular aos pobres.
E parece que mesmo assim o PT e o nosso presidente estão bem nas pesquisas, ainda que a população fique refém dos favores do governo, o que não permite a sua total inclusão como cidadãos plenos. E o pior é que, com tantos impostos, as estradas federais são um desastre.
FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Gullar
Agradeço a Ferreira Gullar por me alegrar neste domingo frio de junho. Seu artigo na Ilustrada de ontem ("A arte de enganar") me encheu de esperança.
Suas palavras acerca do governo Lula são absolutamente verdadeiras e servem para alertar os desmemoriados desse país. Que Gullar continue com sua lucidez e com sua palavra esclarecida, que me traz alento e esperança.
VERA LÚCIA F. S. LIMA (São Paulo, SP)

 

Chega a dar náuseas a hipocrisia intelectual do senhor Ferreira Gullar. Um histórico stalinista, incapaz de uma autocrítica, querer rotular o presidente Lula de enganador? Se o seu objetivo é, indiretamente, fazer propaganda para o candidato do PSDB, deveria deixar o jornalismo e fazer, de forma orgânica, proselitismo político contra o governo Lula.
RAIMUNDO WILSON DA COSTA QUEIROZ
(Rio de Janeiro, RJ)

Defensoria
A Defensoria Pública do Estado de São Paulo, órgão de evidente importância, anda claudicante. A jovem instituição, encarcerada no descaso estatal, ofende a lei e a razoabilidade ao combater o convênio com a OAB.
É o óbvio ululante que a Defensoria não possui condições para atender a demanda de ações em nosso Estado. Se não fosse o convênio, a população paulista estaria indefesa. Desse contexto emerge que ambas entidades estão ombreadas em prestar esse importante serviço público. A demora em homologar o convênio com a OAB-SP, a baixa remuneração e a ausência de unidade na resolução dos problemas comuns prejudicam todo o Estado e a sua população.
MARCO SOARES, advogado (São Paulo, SP)

Álcool
Gilberto Dimenstein tocou na questão central em relação às drogas ("Porres da elite", Cotidiano, ontem). O álcool é tão danoso quanto as drogas consideradas ilegais. Ele potencializa a violência doméstica, os abusos contra crianças e adolescentes e está por trás de homicídios por motivos fúteis. Isso sem falar da guerra no trânsito, que mata milhares.
Certamente os jovens dependentes de crack, maconha e outras drogas costumam ter um histórico de alcoolismo na família.
Qual dos candidatos vai assumir essa questão e enfrentá-la com coragem?
GRAÇA SETTE (Belo Horizonte, MG)

Morumbi
Ao mencionar que "parceiros da Fifa" estariam dispostos a investir em uma nova arena em São Paulo e ressalvar que seria um "problema" a realização da Copa num estádio particular, que "não poderia gerar receitas para quem fosse investir nele", o "Painel FC" (25/6) revela a verdadeira motivação das iniciativas que visam criar o cenário adequado para levar a cidade a construir um novo estádio. O que há de fato é o interesse de "investidores" e de seus "sócios com bom trânsito junto aos organizadores do Mundial" em aproveitar a Copa-2014 como oportunidade para "bons negócios".
A revelação de que "a questão é resolver a desapropriação da área onde seria erguida a arena" deixa claro que os investidores exigem que o poder público desaproprie o terreno e o doe aos particulares. Assim como exigirão que a administração faça investimentos em infraestrutura para agregar valor ao empreendimento privado.
Cai assim por terra a afirmação de que não haveria investimento público para a construção do novo estádio em São Paulo.
JOSÉ FRANCISCO CIMINO MANSSUR, integrante do Comitê Morumbi 2014 do São Paulo Futebol Clube (São Paulo, SP)

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