São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Goebbels
"A propósito da discussão de quem inventou o "mentir, mentir, que sempre fica alguma coisa", atribuído a Joseph Goebbels, achei a idéia muito interessante. Continuei a folhear o jornal e vi que estava desatualizado e muitos já sabiam disso. "Agi de forma franca e transparente", diz prefeito pego tentando melhorar o desempenho no Datafolha. "Marta diz que não vai explorar ação contra Kassab", sobre a lista dos candidatos com processos. "Eu apóio a lei. O que nós queremos é aprimorar a legislação", do presidente do sindicato dos hotéis, restaurantes e bares querendo alterar a lei seca, que está diminuindo os acidentes. "Não penso em dinheiro", diz Ronaldinho, após girar o mundo inteiro em eventos promocionais. Fiquei esperto e já dei um Goebbels na patroa. "Não, não fui eu que deixei a toalha molhada no chão"!"
WALLACE WELLS (São Paulo, SP)

Fome
"Alguns leitores reagiram ao meu artigo "Fome" ("Tendências/Debates", 23/7), desautorizando-me porque a discussão deveria ficar restrita a especialistas. Em vez de se discordar com argumentos, desqualifica-se o discurso com ironia e deboche. Há quem ainda prefira se alimentar da fome no Brasil em vez de tratar o pouco do que resta dela. Buscam-se empregos, bilheteria e votos. Não tenho compromisso com isso, mas com as pesquisas, que estudo. Marta Battaglia Custodio ("Painel do Leitor", 25/7) escreveu que há uma relação entre desnutrição infantil e obesidade na vida adulta. E daí? Mesmo aqueles que foram desnutridos na infância só se tornarão obesos se ingerirem mais e não menos calorias do que necessitam. Ou seja, a obesidade, em qualquer caso, continua sendo um indicador da não-exposição da população à fome."
ALI KAMEL , jornalista (Rio de Janeiro, RJ)

Ficha suja
"Sobre o artigo "Presunção de inocência atropelada" (de Arnaldo Malheiros Filho, "Tendências/Debates", 26/7), é bom que se esclareça o seguinte: quando o Ministério Público ajuíza ação penal ou de improbidade administrativa contra um político, o faz com base em provas que indiquem sérios indícios de autoria e prova de que um crime ou ato ímprobo efetivamente ocorreu.
Ação apresentada com base em mera suspeita pode ser rejeitada liminarmente pelo juiz por falta do que chamamos "justa causa".
O que o advogado Arnaldo Malheiros Filho chamou de "simples ações de improbidade" são demandas que, na verdade, atribuem a políticos, sempre com base em provas colhidas no curso de uma investigação, atos gravíssimos tais como desvio de dinheiro público, fraude em licitação, nepotismo, entre outros.
Não são raras as vezes em que o ato improbo constitui também um crime. Tão grave é o ato de improbidade que, em alguns países asiáticos, políticos acusados do seu cometimento terminam por se suicidar, tamanha a vergonha que os assola pela traição ao mandato que lhes foi conferido."
ELOISA DE SOUSA ARRUDA , procuradora de Justiça (São Paulo, SP)

 

"Não sou político, mas, em respeito ao cidadão politizado, quero aplaudir o texto do artigo "Presunção de inocência atropelada", do criminalista Arnaldo Malheiros Filho, por entender que a verdadeira justiça não se faz com holofotes nem desrespeito às garantias constitucionais, e, sim, com ponderação, equilíbrio e consciência ética, para que não sejamos eventuais vítimas amanhã."
BISMAEL B. MORAES (Guarulhos, SP)

 

"Socorro! Vou chamar o Procon! Candidatos ficha-suja querendo se passar por ficha-limpa! Vamos ler os rótulos antes de votar!"
CLÉA MARIA GRANADEIRO CORRÊA (São Paulo, SP)

Lei seca
"É grande o interesse na mudança das regras fixadas pela lei seca por segmentos da sociedade. Por isso, a sociedade precisa ficar atenta aos movimentos da poderosa indústria de bebidas, sobretudo da cerveja, na tentativa de "flexibilizar", nos tribunais, a lei que restringe uso de álcool pelos condutores de veículos."
JOSÉ SUNAHARA (Maringá, PR)

Judiar
"Desejo externar meu desconforto e insatisfação (para não dizer, indignação) diante da maneira deselegante, politicamente incorreta e preconceituosa da manchete de Esportes (25/7) onde se lê: "Após afago, Luxemburgo judia do Santos de Cuca". Essa expressão, embora ainda conste, lamentavelmente, dos dicionários de língua portuguesa, representa uma afronta a uma comunidade étnica e religiosa (judia) que tantos benefícios e progressos trouxe e traz à humanidade."
HENRIQUE JOSEF (São Paulo, SP)

Quadrinhos
"Sou um grande fã do Angeli e do Laerte. Até hoje guardo com nostalgia as minhas coleções de "Piratas do Tietê" e "Chiclete com Banana". Mas tenho que confessar que os quadrinhos por eles publicados na Ilustrada são o espelho de artistas em fase de pouca ou nenhuma criatividade. Já é sofrível ler uma quantidade enorme de notícias ruins; quando se tenta extravasar, depara-se com quadrinhos vazios e de gosto duvidoso. O Laerte abusa da nudez despropositada em seus quadrinhos sem sentido e o Angeli exagera com seus "esboços" sem conteúdo.
Me dói no coração sugerir isto. Mas acho que eles deveriam ceder espaço para artistas mais comprometidos e com maior consistência em suas mensagens."
JOSÉ ROBERTO RODRIGUES DE ALBUQUERQUE (Itaquaquecetuba, SP)

Direitos humanos
"Após a leitura da coluna de Antonio Cicero (Ilustrada, 26/7), fica fácil entender o motivo pelo qual é difícil a alguns policiais militares compreenderem o conceito de direitos humanos. O mantra repetido "ad nauseum" por setores reacionários da corporação é que direitos humanos são destinados apenas aos humanos direitos.
Ora, quando a Polícia Militar aceita trabalhar em condições precárias, correndo alto risco, sem acompanhamento psicológico, mal preparada e treinada e, sobretudo, recebendo baixos salários, é sinal de que não se reconhece como grupo de humanos direitos, merecedores de um trabalho em condições dignas e remuneração adequada."
ÂNGELA LUIZA S. BONACCI (São Paulo, SP)

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