São Paulo, quarta-feira, 28 de julho de 2010 |
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O preço da falta de infraestrutura do país -aeroportos, ferrovias e portos- faz toda a produção de São Paulo, e do Brasil, escoar pelas estradas vicinais paulistas rumo ao Porto de Santos para fugir das péssimas condições das estradas federais. E o Tribunal de Contas sugere que as estradas resistem menos ao tempo. Isso é que é não conhecer a realidade estadual e a brasileira. VALDEIR CELESTINO DE OLIVEIRA (Cotia, SP)
Atropelamento
Eu atiro a primeira pedra. Atiro porque meu pai já passou por situação parecida à desse senhor. Não foi um acidente, um atropelamento, mas foi uma briga generalizada, com agressões, gente machucada, de que eu não precisava ter participado. Ele não aceitou "jeitinhos" nem com os policiais nem comigo. Fez-me passar a noite numa delegacia e, em casa, por um bom tempo, paguei uma "pena" alta (sem grana, sem rua, sem amigos). Garanto como aprendi a lição. Sempre conto essa história ao meu filho, alertando que, se ele cometer qualquer ato de violência, ilegal, agressivo, vai sofrer a mesma consequência. Além do mais, só estamos falando desse senhor porque o atropelado era filho de Cissa Guimarães, uma pessoa famosa. ITHAMAR LEMBO (São Paulo, SP)
Palmadas
A lei proibindo a palmada, se promulgada, usurpará o pátrio poder em favor do Estado. Os que a propõem partem do princípio de que os pais não sejam capazes de educar seus filhos. Colocam no mesmo plano os desestruturados, capazes de descontar nos filhos suas fraquezas e frustrações, e os que amam os filhos o suficiente para desferir, em casos de necessidade (que só dedicados pais amorosos podem avaliar), uma palmada para garantir a uma criança a estrutura que sustentará um futuro cidadão realizado e produtivo. Acredito que tal lei possa transferir ainda mais o afeto do amor familiar para os animais, enquanto produzimos seres movidos a direitos e deveres ditados pelas autoridades do Estado. GISELLE NEVES MOREIRA DE AGUIAR (Sorocaba, SP)
Que prazer e alívio poder ler o texto de Rosely Sayão ("Tapinha dói", Equilíbrio, ontem). Enfim, depois de tantos depoimentos inaceitáveis, palavras sábias de quem tem autoridade para falar do assunto. O problema, como tudo por aqui, é mais embaixo: adultos sem disposição e preparo para educar seus filhos. RENATA SCHMULEVICH (São Paulo, SP)
Homeopatia
Novamente os homeopatas tentam explicar o impossível. Ela é pseudociência, é misticismo, é religião, é mágica, mas certamente não é medicina (embora apenas no Brasil oficialmente o seja). O paciente tem o direito bioético de escolher como se tratar, mas quem é médico tem a obrigação técnica e ética de prover o melhor para aquele que o procura, baseado em evidências científicas. Fora disso, quem quiser milagres, que vá ao templo; quem quiser mágica,que vá ao circo. Aliás, por que apenas medicina alternativa? Existem engenharia ou Justiça alternativas? CELIO LEVYMAN , médico (São Paulo, SP)
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