São Paulo, quarta-feira, 28 de julho de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Estradas
Que tristeza ver minha cidade na primeira página da Folha por causa das estradas que se esfacelam sob nossos pneus. Mas mais triste ainda é ver o jogo de empurra entre os governos estadual e municipal para esquivar-se da responsabilidade pela manutenção das rodovias.
Quem sabe as autoridades tenham mesmo razão, e os culpados sejamos nós, que continuamos votando sempre nos mesmos políticos demagogos. O que me preocupa é a reforma da estrada que liga Guareí a Itapetininga; espero que a história não se repita.
CELSO ANTONIO DE ALMEIDA (Guareí, SP)

 

O preço da falta de infraestrutura do país -aeroportos, ferrovias e portos- faz toda a produção de São Paulo, e do Brasil, escoar pelas estradas vicinais paulistas rumo ao Porto de Santos para fugir das péssimas condições das estradas federais. E o Tribunal de Contas sugere que as estradas resistem menos ao tempo. Isso é que é não conhecer a realidade estadual e a brasileira.
VALDEIR CELESTINO DE OLIVEIRA (Cotia, SP)

Atropelamento
Sensato, instigativo e corajoso o artigo de Cristina Grillo ("A primeira pedra", Opinião, ontem).
WASHINGTON RODRIGUES DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

 

Eu atiro a primeira pedra. Atiro porque meu pai já passou por situação parecida à desse senhor. Não foi um acidente, um atropelamento, mas foi uma briga generalizada, com agressões, gente machucada, de que eu não precisava ter participado.
Ele não aceitou "jeitinhos" nem com os policiais nem comigo. Fez-me passar a noite numa delegacia e, em casa, por um bom tempo, paguei uma "pena" alta (sem grana, sem rua, sem amigos). Garanto como aprendi a lição. Sempre conto essa história ao meu filho, alertando que, se ele cometer qualquer ato de violência, ilegal, agressivo, vai sofrer a mesma consequência. Além do mais, só estamos falando desse senhor porque o atropelado era filho de Cissa Guimarães, uma pessoa famosa.
ITHAMAR LEMBO (São Paulo, SP)

Palmadas
O primogênito é o filho que mais torce pela aprovação da lei da palmada, pois ele sabe que poderá esmurrar seus irmãos com a certeza de que não apanhará dos pais.
MÁRCIO CAMARGO FERREIRA DA SILVA (São Paulo, SP)

 

A lei proibindo a palmada, se promulgada, usurpará o pátrio poder em favor do Estado.
Os que a propõem partem do princípio de que os pais não sejam capazes de educar seus filhos. Colocam no mesmo plano os desestruturados, capazes de descontar nos filhos suas fraquezas e frustrações, e os que amam os filhos o suficiente para desferir, em casos de necessidade (que só dedicados pais amorosos podem avaliar), uma palmada para garantir a uma criança a estrutura que sustentará um futuro cidadão realizado e produtivo.
Acredito que tal lei possa transferir ainda mais o afeto do amor familiar para os animais, enquanto produzimos seres movidos a direitos e deveres ditados pelas autoridades do Estado.
GISELLE NEVES MOREIRA DE AGUIAR (Sorocaba, SP)

 

Que prazer e alívio poder ler o texto de Rosely Sayão ("Tapinha dói", Equilíbrio, ontem). Enfim, depois de tantos depoimentos inaceitáveis, palavras sábias de quem tem autoridade para falar do assunto. O problema, como tudo por aqui, é mais embaixo: adultos sem disposição e preparo para educar seus filhos.
RENATA SCHMULEVICH (São Paulo, SP)

Homeopatia
Muito oportuno o artigo do dr. Marcus Zulian Teixeira ("Homeopatia e preconceito", "Tendências/Debates", ontem). O preconceito contra qualquer estudo que se relacione com a homeopatia mostra a falta de verdadeira postura científica de muitos de nossos "cientistas" e defende interesses que via de regra não levam em conta o verdadeiro interesse dos pacientes.
RUY MADSEN , médico homeopata (Campinas, SP)

 

Novamente os homeopatas tentam explicar o impossível. Ela é pseudociência, é misticismo, é religião, é mágica, mas certamente não é medicina (embora apenas no Brasil oficialmente o seja). O paciente tem o direito bioético de escolher como se tratar, mas quem é médico tem a obrigação técnica e ética de prover o melhor para aquele que o procura, baseado em evidências científicas.
Fora disso, quem quiser milagres, que vá ao templo; quem quiser mágica,que vá ao circo. Aliás, por que apenas medicina alternativa? Existem engenharia ou Justiça alternativas?
CELIO LEVYMAN , médico (São Paulo, SP)

Clube
Muito relevante a reportagem de capa da revista sãopaulo sobre o clube Paulistano ("Entre os muros do Paulistano", 25/7). Na mesma linha de outras, como aquela sobre cortiços, na mesma edição ("A nova cara dos cortiços paulistanos"), ela revela um pouco sobre paulistanos com os quais não possuo contato habitual.
O despropósito sentido pela leitora Ana Carolina C. Naccache ("Painel do Leitor", ontem) talvez se explique por um desejo de abdicar do debate público, de ignorar e ser ignorada pelo restante da sociedade. Porém, numa democracia, a vida que levam as minorias da cidade deve ser de interesse do todo. Que alguns setores da sociedade desejem ignorar os outros é uma opção lamentável, mas possível. Impossível é desejar que todos os outros também os ignorem.
ALLAN GREGOLIM (São Paulo, SP)

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