São Paulo, quarta-feira, 28 de outubro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Retrocesso
"Li no "Painel" da Folha de ontem (nota "É verde') que quem vai chefiar a delegação à Conferência do Clima em Copenhague é a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
A meu ver, isso é preocupante, pois, quando era ministra de Minas e Energia, ela frequentemente passou por cima da ex-ministra Marina Silva para impor a sua visão de "desenvolvimento custe o que custar" nas conferências internacionais.
Daí a nossa dependência crescente de usinas termelétricas poluidoras, o veto ao desmatamento zero e a ausência de uma política climática séria.
Com Dilma Rousseff nos representando, nossa posição em Copenhague será pelo retrocesso em matéria ambiental e climática."
KATERINE MENDES (São Paulo, SP)

Ofendido
"No caso do assassinato do coordenador do AfroReggae, Evandro João da Silva, o comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Mário Sérgio Duarte, sentiu-se "ofendido" com o comentário de José Júnior, também do AfroReggae, que disse que os policiais envolvidos no caso são "bandidos fardados".
O comandante não precisa se sentir isolado neste seu sentimento, pois em nosso país há bandidos de todos os tipos: bandidos de colarinho branco, bandidos de bigode, bandidos de barba, bandidos de terno e gravata, bandidos com plástica, bandidos pé de chinelo etc. O que não falta por aqui é bandido.
Façamos assim: o comandante que cuide para que os seus bandidos de farda sejam realmente punidos por lá, que nós, civis, tentaremos em 2010 cuidar dos nossos por aqui."
EDILSON ALEXANDRE DE BRITTO (Bauru, SP)

Armas e drogas
"São 16 mil quilômetros de fronteira seca do Brasil com seus vizinhos. Muito menores são as fronteiras das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde praticamente todas as armas de grosso calibre e parte considerável das drogas ilícitas vão parar.
Em quais fronteiras vale mais a pena concentrarmos nossos esforços, pessoal e recursos? Em 2006, em seu livro "Segurança Tem Saída", Luiz Eduardo Soares já havia oferecido ao então futuro governador fluminense essa sugestão de sufocar o tráfico de drogas e armas nas fronteiras municipais.
Oxalá os próximos governadores do Rio e de São Paulo o leiam!"
FABIO STORINO (São Paulo, SP)

Burocracia sem fim
"O presidente Lula reclama que o Tribunal de Contas da União atrasa obras do PAC devido a irregularidades. Mas o que ele precisa saber é das empresas -as pequenas principalmente- que ficam paradas na dependência de documentações de órgãos públicos.
Ele deveria dar uma olhada nas empresas da área de equipamentos médicos, por exemplo, que ficam esperando por mais de um ano por um registro de produto na Anvisa, quando deveriam ser atendidas em 90 dias segundo as normas.
A burocracia neste país nunca tem fim."
MÁRIO DEHON GUIMARÃES JOTA (Belo Horizonte, MG)

Alfabetização
"A propósito da reportagem sobre o avanço do método fônico no país (Cotidiano, 26/10), é preciso lembrar duas coisas: a primeira é que estamos falando da volta do "vovô viu a uva", ainda que disfarçadamente; a segunda é que os "métodos construtivistas" jamais contestaram a necessidade da análise fonética por parte do aluno, apenas contestam o treinamento intensivo como base para a aprendizagem.
Vale dizer também que o senhor Capovilla, ao dizer que "o método fônico é mais eficaz, especialmente para os mais pobres", está defendendo o afastamento do aluno de baixa renda daquilo de que ele mais precisa para aprender a ler e a escrever: o acesso às práticas sociais e ao uso da língua escrita, o que daria sentido ao aprendizado.
Talvez para esse senhor os mais pobres devam mesmo aprender mecanicamente."
SÔNIA MARIA BARREIRA , diretora pedagógica da Escola da Vila (São Paulo, SP)

Arte
"O incêndio que destruiu obras de Hélio Oiticica nos obriga a pensar sobre o que leva uma família a manter obras de arte de relevância internacional em condições adversas e sem seguro. E também sobre o que o Ministério da Cultura tem feito para a preservação material da nossa cultura que vá além de prédios e museus institucionais.
Há um projeto específico para catalogar, preservar e divulgar o que os artistas brasileiros produzem na multifacetada e produtiva arte nacional? As famílias e os artistas, mesmo quando vivos, recebem apoio e estímulo necessários para que coloquem sob a guarda do Estado tais obras?"
ALDO MORAES , músico (Londrina, PR)

Fundação Sarney
"O MP investiga, a Justiça autoriza, a PF grava, a imprensa informa. Cada parte cumpre o seu papel.
E, sem o papel moeda, a fundação investigada, sorvedouro de dinheiro público, se vê obrigada a fechar as portas, afunda.
História perfeita, ainda que alguns, notadamente políticos, possam não gostar do enredo.
Mas são casos como esse que nos levam a crer que esse país ainda pode ter jeito."
SIMÃO PEDRO MARINHO (Belo Horizonte, MG)

Igreja ontem e hoje
"Em relação à mensagem de um professor de história da arte sobre alianças da Igreja Católica com bandidos, dando como exemplo a escravidão em Minas Gerais, e ainda com a expressão "sempre" ("Painel do Leitor", 26/10), preocupa-me, mais do que a hostilidade, o abandono da temporalidade. Todas as igrejas na América e na Europa, sem exceção, foram cúmplices daquele fato sinistro.
Já em relação às encíclicas renovadoras de hoje, na luta pela justiça e pela paz, o missivista se omite. Pediria ao professor que ao menos trocasse o "sempre" por "naquele tempo"."
LUIZ FELIPE DA SILVA HADDAD (Niterói, RJ)

Enem
"Na Folha de ontem havia a notícia: "Juiz muda data do Enem para alunos judeus" (Cotidiano).
E o que dizer dos milhares de alunos Adventistas do Sétimo Dia, que enfrentam o mesmo problema?
Se somarmos a esses dois grupos os Batistas do Sétimo Dia e outros que também guardam o sábado por motivos de "consciência religiosa", então essa determinação mostraria que não somente tem fundamento como é uma decisão justificada e sábia."
DELMAR FONSECA (Maringá, PR)

MST
"E o Supremo Tribunal Federal, vai ou não vai se pronunciar a respeito do artigo de autoria do ilustre causídico Fábio de Oliveira Luchési ("O MST e o STF", "Tendências/Debates", 26/10)?
A opinião pública espera e merece uma resposta. Se assim não for, é muito conhecido o dito popular: quem cala consente."
CARLOS ALBERTO MAZER (Sertãozinho, SP)

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