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PAINEL DO LEITOR
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Retrocesso
"Li no "Painel" da Folha de ontem
(nota "É verde') que quem vai chefiar a delegação à Conferência do
Clima em Copenhague é a ministra
da Casa Civil, Dilma Rousseff.
A meu ver, isso é preocupante,
pois, quando era ministra de Minas
e Energia, ela frequentemente passou por cima da ex-ministra Marina Silva para impor a sua visão de
"desenvolvimento custe o que custar" nas conferências internacionais.
Daí a nossa dependência crescente de usinas termelétricas poluidoras, o veto ao desmatamento
zero e a ausência de uma política
climática séria.
Com Dilma Rousseff nos representando, nossa posição em Copenhague será pelo retrocesso em
matéria ambiental e climática."
KATERINE MENDES (São Paulo, SP)
Ofendido
"No caso do assassinato do coordenador do AfroReggae, Evandro
João da Silva, o comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Mário Sérgio Duarte, sentiu-se "ofendido" com o comentário de José Júnior, também do AfroReggae, que
disse que os policiais envolvidos no
caso são "bandidos fardados".
O comandante não precisa se
sentir isolado neste seu sentimento, pois em nosso país há bandidos
de todos os tipos: bandidos de colarinho branco, bandidos de bigode,
bandidos de barba, bandidos de terno e gravata, bandidos com plástica,
bandidos pé de chinelo etc. O que
não falta por aqui é bandido.
Façamos assim: o comandante
que cuide para que os seus bandidos
de farda sejam realmente punidos
por lá, que nós, civis, tentaremos
em 2010 cuidar dos nossos por
aqui."
EDILSON ALEXANDRE DE BRITTO (Bauru, SP)
Armas e drogas
"São 16 mil quilômetros de fronteira seca do Brasil com seus vizinhos. Muito menores são as fronteiras das regiões metropolitanas
do Rio de Janeiro e de São Paulo,
onde praticamente todas as armas
de grosso calibre e parte considerável das drogas ilícitas vão parar.
Em quais fronteiras vale mais a
pena concentrarmos nossos esforços, pessoal e recursos?
Em 2006, em seu livro "Segurança Tem Saída", Luiz Eduardo Soares
já havia oferecido ao então futuro
governador fluminense essa sugestão de sufocar o tráfico de drogas e
armas nas fronteiras municipais.
Oxalá os próximos governadores
do Rio e de São Paulo o leiam!"
FABIO STORINO (São Paulo, SP)
Burocracia sem fim
"O presidente Lula reclama que o
Tribunal de Contas da União atrasa
obras do PAC devido a irregularidades. Mas o que ele precisa saber é
das empresas -as pequenas principalmente- que ficam paradas na
dependência de documentações de
órgãos públicos.
Ele deveria dar uma olhada nas
empresas da área de equipamentos
médicos, por exemplo, que ficam
esperando por mais de um ano por
um registro de produto na Anvisa,
quando deveriam ser atendidas em
90 dias segundo as normas.
A burocracia neste país nunca
tem fim."
MÁRIO DEHON GUIMARÃES JOTA
(Belo Horizonte, MG)
Alfabetização
"A propósito da reportagem sobre o avanço do método fônico no
país (Cotidiano, 26/10), é preciso
lembrar duas coisas: a primeira é
que estamos falando da volta do
"vovô viu a uva", ainda que disfarçadamente; a segunda é que os "métodos construtivistas" jamais contestaram a necessidade da análise fonética por parte do aluno, apenas
contestam o treinamento intensivo
como base para a aprendizagem.
Vale dizer também que o senhor
Capovilla, ao dizer que "o método
fônico é mais eficaz, especialmente
para os mais pobres", está defendendo o afastamento do aluno de
baixa renda daquilo de que ele mais
precisa para aprender a ler e a escrever: o acesso às práticas sociais e
ao uso da língua escrita, o que daria
sentido ao aprendizado.
Talvez para esse senhor os mais
pobres devam mesmo aprender
mecanicamente."
SÔNIA MARIA BARREIRA , diretora pedagógica da
Escola da Vila (São Paulo, SP)
Arte
"O incêndio que destruiu obras
de Hélio Oiticica nos obriga a pensar sobre o que leva uma família a
manter obras de arte de relevância
internacional em condições adversas e sem seguro. E também sobre o
que o Ministério da Cultura tem feito para a preservação material da
nossa cultura que vá além de prédios e museus institucionais.
Há um projeto específico para catalogar, preservar e divulgar o que
os artistas brasileiros produzem na
multifacetada e produtiva arte nacional? As famílias e os artistas,
mesmo quando vivos, recebem
apoio e estímulo necessários para
que coloquem sob a guarda do Estado tais obras?"
ALDO MORAES , músico (Londrina, PR)
Fundação Sarney
"O MP investiga, a Justiça autoriza, a PF grava, a imprensa informa.
Cada parte cumpre o seu papel.
E, sem o papel moeda, a fundação
investigada, sorvedouro de dinheiro público, se vê obrigada a fechar
as portas, afunda.
História perfeita, ainda que alguns, notadamente políticos, possam não gostar do enredo.
Mas são casos como esse que nos
levam a crer que esse país ainda
pode ter jeito."
SIMÃO PEDRO MARINHO (Belo Horizonte, MG)
Igreja ontem e hoje
"Em relação à mensagem de um
professor de história da arte sobre
alianças da Igreja Católica com
bandidos, dando como exemplo a
escravidão em Minas Gerais, e ainda com a expressão "sempre" ("Painel do Leitor", 26/10), preocupa-me, mais do que a hostilidade, o
abandono da temporalidade. Todas
as igrejas na América e na Europa,
sem exceção, foram cúmplices daquele fato sinistro.
Já em relação às encíclicas renovadoras de hoje, na luta pela justiça
e pela paz, o missivista se omite.
Pediria ao professor que ao menos trocasse o "sempre" por "naquele tempo"."
LUIZ FELIPE DA SILVA HADDAD (Niterói, RJ)
Enem
"Na Folha de ontem havia a notícia: "Juiz muda data do Enem para
alunos judeus" (Cotidiano).
E o que dizer dos milhares de alunos Adventistas do Sétimo Dia, que
enfrentam o mesmo problema?
Se somarmos a esses dois grupos
os Batistas do Sétimo Dia e outros
que também guardam o sábado por
motivos de "consciência religiosa",
então essa determinação mostraria
que não somente tem fundamento
como é uma decisão justificada e
sábia."
DELMAR FONSECA (Maringá, PR)
MST
"E o Supremo Tribunal Federal,
vai ou não vai se pronunciar a respeito do artigo de autoria do ilustre
causídico Fábio de Oliveira Luchési
("O MST e o STF", "Tendências/Debates", 26/10)?
A opinião pública espera e merece uma resposta. Se assim não for, é
muito conhecido o dito popular:
quem cala consente."
CARLOS ALBERTO MAZER (Sertãozinho, SP)
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