São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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PAC
"O filósofo Francis Bacon dizia que havia um modo simples de verificar se uma teoria era verdadeira ou falsa: o teste do tempo. Após alguns anos, era possível descartar ou aceitar teorias. Em relação ao PAC, no início do ano de 2008, quando for publicado o crescimento do PIB, veremos se era José Serra ou Guido Mantega que estava errado em sua interpretação sobre o PAC. Não há como nos enganar."
CARLOS ALBERTO DANTAS MOURA (Rio de Janeiro, RJ)
 

"O recente pronunciamento de José Serra a respeito do PAC reforça ainda mais a diferença de qualificação entre o populista Lula e o estadista Serra. Nada de comentários precipitados nem entrevistas colhidas logo após o anúncio do plano mirabolante. Lula joga nas mãos da iniciativa privada, já tão sangrada por impostos e taxa de juros escorchante, a responsabilidade pelo sucesso do PAC, que, como tantas outras siglas criadas pelos marqueteiros do Planalto, está fadada ao fracasso. Já José Serra, após análise cuidadosa, expressa sua opinião abalizada e conclama os demais governantes responsáveis a trabalharem juntos pela redenção econômica do país."
LUIZ NUSBAUM (São Paulo, SP)
 

"O presidente Lula mal acaba de anunciar o PAC e a mídia neoliberal começa a sua crítica desvairada contra o plano. Essa gente não quer mesmo que o Brasil dê certo. É a mesma elite desavergonhada que levou Getúlio Vargas ao suicídio, combateu Juscelino e promoveu o golpe militar contra João Goulart. Temos que conviver com o entulho autoritário e antidemocrático representado pela oposição neoliberal, hipócrita e elitista. Se não querem ajudar, que pelo menos não atrapalhem."
JOSÉ LOURENÇO CINDRA (Guraratinguetá, SP)

Congresso
"Depois de ler a reportagem "Funcionários pagam "pedágio" no Congresso" (Brasil, 28/1), de Adriano Ceolin, estou com medo do Bin Laden. E se ele descobre que errou de torres gêmeas? Afinal, as que ele derrubou em Nova York eram ocupadas por pessoas que iam lá para trabalhar."
MOACYR CASTRO (Ribeirão Preto, SP)

Metrô
"Em razão da reportagem "Bird desmente Alckmin sobre Metrô" (Cotidiano, 27/1), a Companhia do Metropolitano de São Paulo-Metrô esclarece o que segue. O Banco Mundial, segundo resposta dada à revista "Veja" pelo representante deste banco para o projeto da linha 4 do metrô de São Paulo, senhor Jorge Rebelo, assim se posiciona: "O tipo de contrato usado em cada licitação é definido em comum acordo entre o banco e o prestatário (durante a preparação e a negociação do empréstimo) e depende de uma série de fatores de ordem técnica, de competitividade e de execução de projeto, específicas para cada projeto". O mesmo representante do Banco Mundial informa que "o uso de contrato na modalidade "turn key" é bastante comum tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento, principalmente para obras de infra-estrutura. O contrato usado na linha 4 foi baseado no documento standard do banco para "Supply and Installation of Plants", de uso há algumas décadas com sucesso". Contratos tipo "turn key" (preço fechado) já foram utilizados nos metrôs de Xangai (China), Atenas (Grécia), Salvador (Bahia), México e Bancoc (Tailândia), entre uma dezena de empreendimentos em todo o mundo. A discussão do tipo de contrato, se "turn key" ou preço unitário, prática usual no país, não é relevante no caso do acidente ocorrido no último dia 12 na estação Pinheiros da linha 4, porque não é o tipo de contrato que causa ou evita o acidente. O contrato "turn key" defende o Estado (a população que paga os impostos) de novos aditivos de acréscimo de valor sobre a obra que já foi contratada."
MÁRCIO KERR MARTINS, chefe do Departamento de Imprensa do Metrô (São Paulo, SP)

Conservadorismo
"Ao ler a interessante entrevista do filósofo Luiz Felipe Pondé (Ilustrada, 27/1), restou-me a sensação de que sua visão de "dúvida conservadora", na verdade, deveria ser traduzida por "certeza conservadora". Certeza de que o pensamento contemporâneo não conseguiu encontrar um caminho, pois "o ser humano não é alguma coisa que tenha solução". Sem desconsiderar a seriedade, a erudição e algumas interessantes observações de Luiz Felipe Pondé, fiquei, também, com sensação de que a "dúvida conservadora", com todo o respeito, é um enorme sofisma, pois a situação caótica da humanidade decorre justamente da vitória, até o momento, do pensamento conservador. Por acaso Bush só leva em consideração nas suas decisões a "razão'? Aqueles que poluem e negam o aquecimento global podem ser considerados defensores da "razão'? Ficou, também, uma imagem de que todas as pessoas de fé colocam esta antes da razão, o que não é verdade. Como católico militante da Teologia da Libertação, deixo claro que acredito ser possível criar uma civilização onde o "bem" seja o valor que prevaleça. Acredito que a razão e a fé devem estar juntas e que o ceticismo sobre o ser humano só leva a uma posição de absoluta inércia diante do mal e da injustiça."
GERALDO MAJELA PESSOA TARDELLI, advogado e integrante da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo (São Paulo, SP)

Formação dos médicos
"Parabéns ao sr. Janio de Freitas pelo artigo "Doença brasileira" (Brasil, 28/1). Quem já sofreu com a falta de competência, com o descaso e sentiu que o médico não está habilitado para a prática da profissão -fatores que podem levar até à morte de pessoas- sabe que o assunto precisa ser debatido com mais intensidade."
GERALDO APARECIDO NASCIMENTO (Mauá, SP)

Moradores de rua
"Sobre cartas publicadas no "Painel do Leitor", esclareço que a prefeitura não merece vaias por "não construir" (...) "abrigos para os indigentes". Temos feito um grande esforço para tirar essas pessoas das ruas. Para cada pessoa que nós conseguirmos tirar das ruas, e em 2006 foram 700 pessoas, nós temos uma vaga aberta, seja conveniando um novo albergue, seja conveniando um novo local. São 35 albergues e abrigos especiais e 11 moradias provisórias que atendem juntas 8.000 pessoas todos os dias. As pessoas que ainda resistem e insistem em permanecer nas ruas acabam sendo vitimadas todos os dias por violência das mais diversas. Por essa razão, temos feito um trabalho articulado para não permitir que as pessoas durmam embaixo dos viadutos, em praças nem utilizem espaços públicos de forma indevida. Em dois anos de gestão, os albergues ganharam bibliotecas e os moradores de rua serviços especializados para melhorar sua qualidade de vida, como tratamento odontológico gratuito, acesso prioritário ao Poupatempo para tirar documentos e cursos de qualificação profissional para facilitar o acesso ao mercado de trabalho."
FLORIANO PESARO, secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (São Paulo, SP)

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