São Paulo, quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Battisti
"Como assinante da Folha, solicito que o jornal, a bem da verdade, altere a adjetivação referente ao senhor Battisti de "escritor e ex-militante de extrema esquerda" para "terrorista condenado à prisão perpétua pelo Estado italiano".
Além do "companheiro" ministro da Justiça, agora o "companheiro" Greenhalgh advoga pelo "coitadinho" do criminoso condenado em um país de Primeiro Mundo.
Note-se que essa condenação não aconteceu numa Venezuela, num Equador, numa Bolívia ou na eterna Cuba, onde os "coronéis" subvertem o Judiciário."
JOSÉ PAULO DOS SANTOS ALVES FERREIRA (Indaiatuba, SP)

 

"A Folha, na edição de ontem, revelou-se desconhecedora da importância e da profundidade do papel que tem um advogado.
No texto "Reação italiana é ofensiva, diz Greenhalgh" (Brasil), o jornal reduz minha atuação como advogado constituído por Cesare Battisti desde o início do processo de extradição a um "lobby pela liberação do italiano". Os pedidos por mim apresentados ao Supremo Tribunal Federal, bem como qualquer comparecimento à Corte, fazem parte da defesa de meu cliente, jamais de um lobby pela soltura do italiano.
A Folha se equivoca também ao supor que a mais alta Corte do país esteja suscetível a lobby ou a pressões."
LUIZ EDUARDO GREENHALGH (São Paulo, SP)

Crise
"O que essa barreira anti-importação ("Governo cria barreira contra importações", Dinheiro, 27/1) demonstra é que, chamado finalmente a governar -visto que o mundo e o Brasil apenas navegavam numa marolinha boa nos últimos seis anos-, o governo não sabe como agir.
Se tivesse humildade, já que o problema interessa ao Brasil, e não apenas ao espetáculo do crescimento do prestígio dos candidatos do PT, o governo convocaria um gabinete de administração da crise, com a colaboração indispensável dos técnicos que serviram no governo anterior, que enfrentaram situações muito mais graves e conseguiram entregar o país em ótimas condições -que o governo atual denominou de "herança maldita"."
GUTTEMBERG GUARABYRA (São Paulo, SP)

 

"O articulista Benjamin Steinbruch ("A arma da coesão", Dinheiro, 27/1), como bom empresário, só enxerga o seu próprio interesse.
A atual despedida maciça de assalariados no mundo inteiro não é fruto da maldade dos empresários, mas da imoralidade do sistema capitalista. Por que razão a preservação da empresa, em momento de crise, exige a dispensa dos trabalhadores e não a redução dos honorários dos diretores, a supressão de suas pingues bonificações e a suspensão do pagamento de dividendos aos acionistas?
Por que os assalariados pagam substancialmente mais Imposto de Renda do que os que vivem da renda do capital? Se a empresa é uma reunião de pessoas, e não de simples coisas, por que ela é propriedade dos donos do capital, sendo os trabalhadores meros objetos descartáveis?
Quem sabe o senhor Steinbruch tenha resposta a essas perguntas."
FÁBIO KONDER COMPARATO , presidente da Comissão Nacional de Defesa da República e da Democracia da OAB (São Paulo, SP)

Abdelmassih
"O doutor Roger Abdelmassih tem todo o direito de defesa e até pode acusar as suas supostas vítimas de serem seus supostos algozes ("As duas faces da moeda", "Tendências/Debates", ontem).
Mas será que ele alertava suas pacientes sobre os possíveis efeitos colaterais da droga, um procedimento padrão na medicina?"
NEWTON OLIVEIRA (São Paulo, SP)

 

"Fraco o argumento usado pelo doutor Abdelmassih para se defender das acusações de atentado violento ao pudor -"seria insano e incoerente se destruísse casamentos e futuras famílias as quais eu próprio ajudaria a formar".
Na realidade, ele ajuda mulheres a gerar vidas, não a consolidar famílias, mesmo porque, nos dias atuais, filho não é segurança para que uma família não se desfaça."
ANA ROSA BELLODI (Jaboticabal, SP)

Pessimismo
"Numa coluna publicada em 8 de janeiro em "O Estado de S. Paulo" e "O Globo", critiquei a "sangrenta ofensiva" de Israel na faixa de Gaza, que deixou "pilhas de cadáveres".
Em 21 de janeiro, Marcelo Coelho, articulista e integrante do Conselho Editorial da Folha, escreveu na Ilustrada uma coluna na qual me atribui, assim como a outros supostos "pessimistas", uma defesa do bombardeio de crianças em Gaza.
Ao que parece, Coelho não admite que a verdade factual se interponha no caminho de seus preconceitos ideológicos."
DEMÉTRIO MAGNOLI (São Paulo, SP)

 

"Sou médico e trabalho há cerca de 15 anos em prontos-socorros nas regiões sul-fluminense e do Vale do Paraíba paulista.
Concordo plenamente com o que escreveu Marcelo Coelho no artigo "Os doutores do pessimismo" (Ilustrada, 21/1).
Quando penso que já vi de tudo referente à sordidez humana, surgem mais alguns fatos em plantões para corroborar que o ser humano dificilmente tem salvação.
Seria necessária uma edição especial da Folha apenas para alocar algumas passagens terríveis por mim presenciadas, geralmente envolvendo parentes próximos -fora o que ouço nos corredores.
Que Marcelo Coelho continue assim."
RICARDO RODRIGUES GONÇALVES (Valença, RJ)

Educação sexual
"É difícil não acreditar em má-fé e em atitude tendenciosa por parte do colunista Luiz Felipe Pondé ao omitir completamente no artigo "Terrorismo sexual" (Ilustrada, 26/1) a questão da gravidez não planejada e o combate às doenças sexualmente transmissíveis (entre as quais a Aids e o HPV), ao estigma e à descriminação como principais objetivos da educação sexual nas escolas.
O autor se prende a discussões absolutamente secundárias, como "posições prediletas", como se isso fosse o discutido em sala de aula, e se esquece das desigualdades de gênero, das práticas de "bullying" que atingem muitos adolescentes homossexuais e travestis, além da falta de informação sobre como se prevenir das DST/Aids.
Estes sim, são os motivos que levam milhares de profissionais da educação e da saúde a considerar esta temática como de extrema relevância."
LUIZ CLAUDIO MARQUES CAMPOS (São Paulo, SP)

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