"É impressionante como, apesar do discurso competente, o governo Serra consegue piorar o que já está ruim.
Dizer que vai aproveitar entre os professores reprovados os melhores para lecionar na rede só pode ser uma piada com os filhos daqueles que mais precisam de uma escola pública de boa qualidade.
Ora, se realmente existe uma preocupação para que os alunos não fiquem sem aulas, por que não se seguiu o que foi autorizado pela Assembleia Legislativa, ou seja, concurso para 75 mil professores?
Por que não se oferecem melhores salários, condições dignas de trabalho e formação continuada para todos?"
REGINALDO DA SILVA VIEIRA (Jandira, SP)

"Segundo o secretário da Educação do Estado de São Paulo, Paulo Renato Souza ("Melhores professores na rede", "Tendências/Debates", ontem), cerca de 80 mil professores temporários atuaram na rede estadual de ensino em anos recentes. Já não está na hora de haver concurso público de provas e títulos para provimento de cargos de professor de educação básica 1 também, já que o último foi realizado em 2005? Ou a tendência do Estado é realizar somente processos seletivos? (por quais interesses?)."
MARCIA PIMENTEL (São Paulo, SP)

Lula
"Ao liberar verbas para obras irregulares embargadas pelo TCU ("Lula ignora TCU e dá verba para obras sob suspeita", Brasil, ontem), naturalmente visando eleger Dilma Rousseff, Lula ratifica o velho jargão popular do "rouba, mas faz". E o povão continua pagando a conta."
OSWALDO BAPTISTA PEREIRA FILHO (Campinas, SP)

"A avaliação positiva do governo Lula bate na casa dos 80%. No entanto, esse valor não é, nem de longe, algo que se aproxime dos percentuais de apoio presentes no "Painel do Leitor". Neste, o governo é espezinhado -com toda a falta de respeito, se me permitem salientar- pela ampla maioria dos missivistas.
Duas conclusões podem ser tiradas dessa situação: ou quem apoia o governo Lula não se manifesta através da Folha ou a seleção das cartas tem um viés muito complicado, no qual não falta, certamente, tendenciosidade, hostilidade, preconceito.
Opto pela segunda alternativa, pois a Folha tem espelhado, sem refração nenhuma, as tendências aristocratizantes (alta gastronomia, enologia, viagens internacionais, estudos no exterior, ambientes exclusivos e descolados) da juventude da elite "intelectual" deste país -e esta, de anos para cá, é, dominantemente, sem tirar nem pôr, a juventude da elite econômica, hostil a tudo o que não passe pelos filtros do mercado, onde personalizam os MBA entre os vendilhões do templo."
LUIZ OTÁVIO CRUZ TEIXEIRA (São Paulo, SP)

Doping
"Os cinco atletas da equipe Rede de Atletismo que foram "flagrados" no exame antidoping antes do Mundial de Berlim foram suspensos automaticamente e perderam seus empregos.
Enquanto isso, um juiz de Presidente Prudente (SP) suspende as investigações contra Jayme Netto e Pedro Balikian ("Liminar para investigação de doping", Esporte, ontem). Estes, aliás, continuam empregados e sendo remunerados regularmente pela Unesp. Mais uma vez a corda arrebentou para o lado do mais fraco.
Os atletas tiveram o resultado de seus testes divulgados sem seu consentimento, o que vai completamente contra a ética médica, e ainda pagaram o pato sozinhos. É uma bela demonstração do que nos espera até a Rio-2016."
PEDRO VALADARES (Brasília, DF)

MST
"Ou a Folha seleciona mal as cartas dos leitores de Curitiba ou esta cidade possui efetivamente a elite mais preconceituosa do Brasil.
Deve ser natural para a capital de um Estado que formou sua realidade fundiária a partir da grilagem maciça, patrocinada pelo governo no século passado, o que deu causa, na década de 50, à heroica Revolta dos Posseiros, esse capítulo arrancado da nossa história que o leitor Ruy Pigatto ("Painel do Leitor", ontem) classificaria por certo como arruaça criminosa.
Ele tem razão: aqui neste país não há justiça. Pena. Houvesse, a Cutrale, a grilagem e a concentração fundiária é que seriam triunfalmente expulsos da nossa história."
FELIPE AUGUSTO VICARI DE CARLI (Curitiba, PR)

Energia
"Sobre a nota "EletroSuriname" (Brasil, 24/1), informo que consideramos essas repetidas ocorrências um fato atípico, para o qual adotamos medidas urgentes. As ocorrências foram:
1) dia 5/1 - das 14h24 às 14h46 (22 minutos) - causa: equipamento/ dispositivo danificado na rua Padre Manuel da Nóbrega.
2) dia 19/1 -das 13h14 às 19h22 (6h08min) -causa: cabo rompido em razão de curto-circuito provocado por queda de galho em poste na rua Padre Manuel da Nóbrega. Lembro que essa região tem algumas características que dificultam o restabelecimento da energia.
É densamente arborizada, o que nos obriga a manter um intenso programa de poda de árvores, elaborado em consonância com a legislação ambiental.
A área citada tem tráfego intenso, com constantes congestionamentos, o que dificulta o deslocamento das equipes de emergência. Para eliminar essas interrupções recorrentes, iniciamos a implantação de uma nova rede para essa região, com término previsto para 2011."
ROBERTO MARIO DI NARDO, diretor-executivo de Operações da AES Eletropaulo (São Paulo, SP)

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