São Paulo, domingo, 29 de fevereiro de 2004

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PAINEL DO LEITOR

Promessas
"Considerando a manchete da Primeira Página da Folha da sexta-feira passada (27/2), "Governo antecipa ações sociais para abafar crise", fico imaginando quantos Waldomiros seriam necessários para que o PT cumprisse pelo menos parte de suas promessas feitas em campanha eleitoral."
Oswaldo Macek (São Paulo, SP)
 

"Tenho a impressão de que os partidos políticos de oposição estão radiantes com a crise instalada no país. Há um gosto de vingança no ar. A mídia também parece bem feliz. E, pelo visto, todos querem que a coisa fique ainda mais feia. Desgraça pouca é bobagem! A corrupção corre solta neste país desde o seu descobrimento, então porque tanto esperneio? A crise ora deflagrada é igual a tantas outras que já tivemos -causa tantos problemas e simplesmente acaba não dando em nada, esquecida e impune. A oposição quer que o estrago seja maior e atinja mais pessoas, pois isso lhe traria vantagens nas eleições futuras. Mas o maior prejudicado dessa historia é o povo brasileiro, que vai pagar a conta outra vez."
João Roberto M. Guedes (São Paulo)

Rapidez
"Causou-me surpresa a velocidade com que o governo federal acabou com essas máfias que são os bingos e as máquinas caça-níqueis, porém ele deveria ser rápido também na questão da greve dos médicos peritos do INSS. Como pode uma categoria fazer uma greve de mais de dois meses, deixando milhares de pessoas literalmente passando fome. Qualquer outro trabalhador que fizesse uma greve assim seria com certeza demitido por justa causa. Se a Constituição diz que todos somos iguais perante a lei, como pode uma categoria fazer uma greve por um período tão longo e ter como único "risco" um aumento de salário?"
Gilberto Ribeiro Da Silva (Carapicuíba, SP)

TBA
"A propósito da reportagem "Negócios de Waldomiro incluem parte de faculdade" (Brasil, 25/2), o grupo TBA gostaria de esclarecer o seguinte: 1) o texto menciona a cifra de R$ 16 bilhões como sendo referente à venda "sem licitação" de produtos da Microsoft para o governo federal. Na realidade, esse valor se refere ao total de milhares de contratos celebrados pelo governo federal com centenas de empresas de informática no período de 1995 a 2000, conforme está na deliberação do TCU (Tribunal de Contas da União) nos autos do TC 013.458/2000-0. Esta não é a primeira vez que a Folha confunde esse valor. Em 29 de agosto do ano passado, a sessão "Erramos" do jornal já corrigia erro semelhante: "Diferentemente do que foi informado na reportagem "Governo muda regra que favorece Microsoft" (Brasil, pág. A8, 20/8), o governo federal não compra produtos da Microsoft no valor de U$ 1 bilhão por ano. Esse montante inclui todos os pagamentos feitos a empresas de tecnologia'; 2) os debates em curso no governo sobre o uso de software livre e/ou de software comercial dizem respeito a milhares de empresas -e não apenas à Microsoft e à TBA. A TBA é apenas um dos revendedores Microsoft e não tem a exclusividade desse mercado; 3) Maria Estela Boner Léo é acionista minoritária do grupo TBA, mas não detém poder de decisão na empresa. Afastou-se das funções executivas em 1999. Sua associação na faculdade Interfutura com um ex-integrante do governo federal deu-se por iniciativa própria; 4) a TBA não foi beneficiada pelo governo federal durante a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o texto da reportagem publicada pela Folha permite inferir. O Grupo TBA registrou queda de faturamento de 42% e redução de 30% em seu quadro de pessoal em 2003."
Terence Zveiter, diretor jurídico do grupo TBA (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Rubens Valente
- O valor citado na reportagem é uma estimativa do próprio TCU para gastos com a Microsoft. A deliberação do tribunal a qual o missivista se refere diz respeito a parte do total de contratos da administração federal com empresas de informática. O resultado é, portanto, parcial. O "Erramos" citado não se referia a uma "confusão" do jornal, mas a uma declaração pública do então ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral.

Imagem
"A imagem que o Brasil passa para outros países não é de seriedade. Corrupção, violência, prostituição, impunidade e muita liberdade sexual, como as últimas vistas no Carnaval. É fácil prever o que os estrangeiros pensam de nosso país. Embarcam para cá com a impressão de que aqui é terra de ninguém. Podemos culpá-los?"
Sandro César Gallinari (Praia Grande, SP)

Exterminador
"Parabéns a Luís Nassif pelo brilhante artigo "O exterminador de riquezas" (Dinheiro, 28/2). Felizmente alguém tem a coragem de falar a verdade. Após o estelionato eleitoral, vemos agora meia dúzia de "iluminados" do Banco Central, que não foram eleitos pelo povo e que não podem ser substituídos pelo povo nas próximas eleições, acabarem com o nosso futuro e afundarem o Brasil, levando-o à miséria e à insolvência. Na minha idade, não vejo o Brasil como o país do futuro -como tanto se apregoava na minha infância. Penso no futuro de meus netos, que terão de conviver com a miséria, com o desemprego e com a subserviência deste amado país aos interesses externos."
Jurandir Penha (Sorocaba, SP)

Guerra do Iraque
"Em relação ao que escreveu Olavo de Carvalho em 27/2 ("Em nome dos cadáveres'), penso que, de boas intenções, o inferno está cheio. Bush não deve ser julgado à luz de quantos mortos do regime de Saddam ele conseguiu "economizar". Deve, isto sim, ser analisado pela sua verdadeira intenção, que é a de fazer mais uma cabeça de ponte no petróleo que existe em países do mundo árabe. Petróleo esse que é comprado ao preço do interesse da nação que mais consome óleo em todo o planeta. Washington não tolerava que o Iraque não fosse governado por mais uma de suas marionetes. Essas são as verdadeiras intenções de mister Bush e de sua tropa. Por que razão o governo norte-americano não leva as suas boas intenções para a África, onde incríveis atrocidades acontecem todos os dias e são de conhecimento geral?"
Luiz Bartolomais Júnior (Aguaí,SP)
 

"Ridículas e caluniosas as insinuações do psicólogo e publicitário Carlos Roberto de Carvalho a respeito do artigo de Olavo de Carvalho publicado na seção "Tendências/Debates" em 27/2. Todos que leram o referido artigo puderam comprovar que se tratava de uma dura crítica à omissão internacional em relação aos massacres que ocorrem e são protegidos pelo conceito de "soberania nacional", no qual se encaixam perfeitamente os crimes perpetrados pelos nazistas. Na ânsia de difamar o articulista, alguns leitores parecem perder o pudor de escrever e divulgar mentiras."
Daniel Moreno Sant'Anna (São Paulo, SP)



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