São Paulo, sábado, 29 de abril de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br

MST
"O MST esclarece que o integrante da coordenação nacional do movimento, João Pedro Stedile, não classificou a OAB de "tresloucada e neoliberal", como estava na reportagem "OAB acusa movimentos de golpismo" (Brasil, 28/4). O dirigente jamais fez qualquer comentário sobre a atuação da entidade na atual conjuntura. O movimento respeita a história da OAB na defesa da democracia durante o regime militar, da reforma agrária e, especialmente, da campanha pela regulamentação do artigo 14 da Constituição, que busca o fortalecimento da soberania popular com a realização de referendos e plebiscitos. Também mantemos constante interlocução com o advogado e professor Fábio Konder Comparato, membro de comissão da OAB, para discutir a efetivação de instrumentos para ampliar a participação popular nos destinos do país, como prevê a Constituição de 1988."

Igor Felippe Santos, assessoria de imprensa do MST (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia a seção "Erramos".

Brasilidade
"Mantenho uma oficina de leitura e escrita para escolares do ensino fundamental. São crianças que apresentam dificuldades com a interpretação e a redação de textos. O material de apoio é centrado na leitura dos jornais e revistas de maior circulação nacional, e a Folhinha tem sempre lugar cativo nesse trabalho. Assim, quero parabenizar a editoria pela excelente edição de sábado passado. Os textos "Palavras no ar", de Gabriela Romeu, e "É aniversário do Brasil", de Marcelo Coelho, são amostras muito felizes de uma pauta jornalística antenada com interlocutores atentos, questionadores e irreverentes, como são os jovens estudantes, mas que também necessitam de contato com temas que resgatam a nossa brasilidade. A edição está excelente. Recomendável para todas as escolas do país."

Doralice Araújo, coordenadora da Casa da Linguagem (Curitiba, PR)

Efeito cascata
"Como advogado e historiador, regozijo-me na esperança de que, com a chegada da ilustre ministra Helen Gracie Northfleet à presidência da nossa mais alta Corte, as coisas comecem a mudar neste país. Com o aprimoramento e as mudanças que ela certamente implementará nos costumes do sistema judiciário nacional, talvez por "efeito cascata" tudo possa mudar daqui por diante entre nós."

José de Anchieta Nobre de Almeida (Rio de Janeiro, RJ)

TV Cultura
"Em relação ao artigo de Marcelo Coelho de 26/4 ("Senta que lá vem cultura", Ilustrada), a respeito do programa "Senta que Lá Vem Comédia", da TV Cultura, gostaria de esclarecer que as mais de 20 peças teatrais ali apresentadas correspondem a um panorama da comédia brasileira, desde Martins Pena até Miguel Falabela. Naquele espaço, foram apresentados os mais consagrados comediógrafos brasileiros, como França Júnior, José de Alencar, Artur Azevedo, Gastão Tojeiro, Jorge Andrade, Glaucio Gil e tantos outros. Todos os textos, mesmo os de autores vivos, tiveram carreira de sucesso nos palcos brasileiros. "Senta que Lá Vem Comédia" abriu um importante campo de trabalho para atores e diretores de teatro, que se orgulham de terem participado do projeto."

Mara Faustino, atriz (São Paulo, SP)
 

"O artigo de Marcelo Coelho de 26/4 é um bálsamo para aquele sentimento de solidão que muitas vezes nos invade diante da mediocridade cultural das nossas emissoras de televisão. A gente acaba se perguntando com certa angústia se somos "diferentes" por não apreciarmos esse "humor" característico da TV -agravado, no caso da TV Cultura. Como é bom encontrar gente como Marcelo Coelho, que pensa que "elitismo é deixar de fora do alcance da população pobre aquilo que a humanidade produziu de mais duradouro e inteligente"."

Geraldo A. do Nascimento Filho (Belo Horizonte, MG)
 

"Para evitar qualquer interferência estatal, a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da Rádio e TV Cultura (emissoras públicas), possui como órgão diretivo máximo um conselho curador, formado por 45 membros. Gostaria de conhecer a posição de cada um deles a respeito do que foi relatado na edição de 26/4 da Ilustrada pelo colunista Marcelo Coelho. Como cidadão deste Estado, sinto-me no direito de querer saber qual a posição de cada conselheiro diante dos rumos inéditos que a TV Cultura vem tomando na atual gestão. Eles são co-responsáveis ou simplesmente omissos? Aguardo respostas públicas."

Laurindo Lalo Leal Filho, jornalista, professor da Escola de Comunicações e Artes da USP (São Paulo, SP)

Sigilo
"A propósito de recentes notícias de que teria sido violado o sigilo bancário em procedimento interno da Nossa Caixa, afirmo que a instituição que presido observa rigidamente o que dispõe o artigo 1º da lei complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001. A quebra do sigilo bancário somente se materializa, como reiteradamente se manifestam os tribunais brasileiros, quando as informações abrigadas sob a regra do segredo ultrapassam os limites da instituição, sem autorização legal ou judicial, o que de forma nenhuma ocorreu na Nossa Caixa. A propósito, trago, pela inteira aplicabilidade, excertos de decisão recente da 4ª Turma do TST, julgando recurso de empregado bancário que buscava a condenação de banco por danos morais devido ao acesso do empregador à sua conta funcional: "O sigilo bancário é a obrigação imposta aos bancos e a seus funcionários de não revelar a terceiros, sem causa justificada, os dados pertencentes a seus clientes que, como conseqüência das relações jurídicas que os vinculam, sejam de seu conhecimento. Se o banco tem total conhecimento da movimentação bancária de seus correntistas, impossível se torna a materialização do ilícito de quebra de sigilo em relação ao próprio banco. Apenas se houver exteriorização da informação é que a quebra se materializará".

Carlos Eduardo da Silva Monteiro, diretor-presidente da Nossa Caixa (São Paulo, SP)

Maluf
"Muito bom e oportuno o artigo de Fernando Rodrigues de 24/4 ("O epílogo da crise", Opinião, pág. A2) sobre a demora da Justiça em condenar ou absolver políticos acusados de prática de irregularidades administrativas. Paulo Maluf, citado no artigo, não possui uma só condenação penal em 39 anos de vida pública, mas precisou esperar 36 anos para ser finalmente absolvido das falsas acusações que lhe faziam sobre a entrega de Fuscas aos jogadores da seleção campeã da Copa do Mundo de 1970 -mesmo com a doação tendo sido feita através de lei aprovada pela Câmara Municipal."

Adilson Laranjeira, assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

Fonte
"Em relação à reportagem "Recém-inaugurada, fonte pára de funcionar" (Cotidiano, 22/4), chamou atenção o destaque dado ao assunto pelo jornal. A subprefeitura da Sé está verificando a origem do problema e realizará os reparos necessários para que as fontes voltem a funcionar normalmente. Não há, portanto, abandono das fontes, que ganharam restauro feito por esta gestão após anos de descaso. Em relação às palmeiras no canteiro, estamos acompanhando o seu estado e tratando cada uma delas. Devo lembrar que, como está em meu trajeto diário ao trabalho, acompanho, no mínimo, duas vezes ao dia a situação do local."

Andrea Matarazzo, secretário de coordenação das subprefeituras e subprefeito da Sé (São Paulo, SP)

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