São Paulo, domingo, 29 de junho de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Eleições
"Para dizer o mínimo, foi precipitada a decisão do TSE ao revogar a resolução que proibia a propaganda antecipada de pré-candidatos e de candidatos por meio de entrevista aos meios de comunicação. Considerando a notória isenção da Folha e os enormes serviços prestados ao país, também foi infeliz a decisão do magistrado que decidiu impor ao jornal a pena de multa eleitoral por suposta propaganda em favor da pré-candidata Marta Suplicy.
Contudo, até agora, nem a Folha nem algum jurista enfrentou um fato elementar: nos distantes rincões, milhares de jornais e concessões de rádio e televisão encontram-se em mãos de políticos ou de seus familiares, que a partir de agora não terão o menor pudor em se utilizar dos órgãos que direta ou indiretamente lhes pertencem para alavancar suas campanhas mediante supostas entrevistas de "interesse público", aliás, em claro prejuízo dos demais candidatos que não dispõem desses recursos de mídia."
SILVIO GONTIJO DE ABREU (Barretos, SP)

Ensino domiciliar
"Como professora, a matéria "Casal luta na Justiça para que os filhos só estudem em casa" (Cotidiano, 27/6) me tocou. Está aí uma alternativa para os que não podem pagar os excelentes colégios privados, como aqueles em que, certamente, estudam os filhos dos juízes, escapando da péssima qualidade do ensino público, onde há falta de professores, de qualidade e de motivação, onde o tráfico de drogas e a delinqüência aparecem cedo. É nesse quadro que muitos alunos se socializam."
VIRGÍNIA MARIA GONÇALVES (Londrina, PR)

 

"Como educadora, vejo com muita preocupação essa reportagem. Ela reflete a falência de nosso sistema educacional, da mesma forma observada nas pessoas que adquirem armas de fogo porque não acreditam na segurança oferecida pela polícia, ou na assunção do poder das favelas cariocas pelos traficantes. Mais importante do que preocupar-se em punir pais preocupados em educar seus filhos de forma digna, o governo deveria analisar o que leva os pais a tomarem tais atitudes."
WANDERLUCY CZESZAK (Balneário Camboriú, SC)

Ruth Cardoso
"Prezado sr. Augusto de Franco, lendo seu artigo ("Ruth", "Tendências/Debates", 26/6) versando sobre a sra. Ruth Cardoso, percebo que em vida poucos ou quase ninguém tenha tido conhecimento do comportamento dela. Os brasileiros em geral estão ávidos de ter um presidente da República com esse perfil, inclinado para o sentido estadista, no desempenho de suas funções. Lamentável que sua passagem por este plano tenha sido menor do que possamos crer ser necessário. Inteligências iguais ou melhores são o que o Brasil precisa para desenvolver seus potenciais."
FRANCISCO BEZERRA (Manaus, AM)

Indústria automotiva
"Em São José dos Campos, metalúrgicos e GM fizeram um acordo histórico ao reduzirem o piso salarial das novas contratações ("Após impasse, GM e sindicato selam acordo", Dinheiro, 20/6). Ótimo para manter o desemprego em queda. Por causa desse acordo a GM realizará um investimento de meio bilhão de dólares na fábrica, na produção de um novo carro. Assim sendo, eu gostaria de saber se esse investimento de meio bilhão de dólares vai ser contabilizado como saindo do caixa da GM ou será considerado como um lucro financeiro obtido em cima da redução do salário dos empregados. Reduzir salário para investir não será uma coisa muito correta na nova relação entre capital e trabalho."
WILSON GORDON PARKER (Nova Friburgo, RJ)

Bolsa Família
"Não sei por que tanta grita em torno da elevação de R$ 6,30 na mensalidade do Bolsa Família -vide editorial ("Bolsa eleição", 27/6). Mal dá e talvez não dê mais para comprar um quilo de feijão. Vimos há poucos dias que o Brasil aumentou muito o número dos mais ricos do mundo e ninguém reclamou. Como terá sido o procedimento dos mais ricos em relação aos mais pobres? Sua riqueza ajudou de algum modo a diminuir o número dos mais pobres? Não acho justo não conceder o aumento, em vista da inflação alimentar, somente porque vai haver eleição neste ano."
WALDEMAR CINTRA (São Paulo, SP)

Salvatore Cacciola
"Cacciola vem aí. Faltam poucos dias para o Principado de Mônaco extraditar Cacciola ("Cacciola deve tentar recurso no Brasil, afirma advogado", Brasil, 27/6). Ali ele está preso por quase 10 meses só para aguardar decisão sobre sua extradição. Aqui ele está condenado a 13 anos de prisão, mas estou apostando que não ficará preso por mais de 15 dias. Sugiro à Folha que organize um bolão por meio de um telefone 0900 para que os leitores dêem os seus palpites sobre o tempo que ficará efetivamente preso aqui no Paraíso da Impunidade. Meu palpite já está dado: 15 dias. Tenho muita chance."
JAIR L. MUNIZ (São Paulo, SP)

Bush e Mugabe
"Repugnante, para não dizer trágica, a política internacional adotada pelos EUA. Invadem o Iraque por suposta produção de um arsenal de armas de destruição em massa, onde, na verdade, imperou o fetiche pela destruição de um ditador seguido pela estratégia econômica internacional ligada ao produto promotor de crises mundiais, o petróleo. O mesmo argumento é dirigido ao Irã e à Coréia do Norte, nomeados por Bush como países que integram o "Eixo do Mal'; quem faz o bem? Mas e em Zimbábue? Não há ditador? Há eleições livres? Há petróleo? Curioso. O mundo pára para apreciar as eleições nos EUA, mas dá as costas às eleições que se tornam uma tragédia no país africano; repressão e mortes em série promovidas pelo ditador Robert Mugabe são inquestionadas, assiste-se, passivamente, ao horror produzido pelo colapso da humanidade."
EVERALDO COSTA (São Paulo, SP)

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