São Paulo, sexta-feira, 29 de outubro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Ficha Limpa
Duvido que algum ministro esteja satisfeito com o resultado ridículo desse julgamento. A indigência dos argumentos a favor da aplicação imediata da Lei da Ficha Limpa é constrangedora para quem a defende. Dizer que ela deve ser observada sob a ótica da "valorização da moralidade" e "do interesse público que privilegia a proteção de interesses maiores da coletividade" dá conta de quão técnicos são esses votos.
Lula não aparelhou ideologicamente o STF. Apenas indicou para serem magistrados na corte cidadãos que enxergam ou na gratidão ou no alarido das ruas limites para o seu desempenho. É muito triste isso.
A propósito, até agora, Dias Toffoli tem sido uma grata surpresa.
NÉLIO SANTANA (Santa Maria, RS)

 

Como advogado, assistindo à sessão do STF em que se discutia a Lei da Ficha Limpa, surpreendeu-me o destempero do ministro Gilmar Mendes.
Entendo que Sua Excia. deva explicação a mais de 5 milhões de brasileiros que firmaram a lista que acabou por se transformar em lei para banir da atividade pública e política pessoas desqualificadas para exercê-la.
Pela maneira grosseira como se dirigiu a seus pares no plenário, transpareceu ter o senhor ministro elevado apreço pelo recorrente Jader Barbalho, que, para felicidade geral da nação, foi banido do Congresso, fortificando dessa maneira as instituições democráticas, especialmente o TSE, que teve confirmado o seu julgamento.
Esperamos que a Corte Suprema julgue igualmente os demais "fichas sujas".
RUBENS CESAR PATITUCCI (São Paulo, SP)

Anatel
Sobre o texto "Empresário diz ser vítima de guerra entre PT e PSDB" (Eleições 2010, ontem), estranho a Folha não ter me procurado para conferir meu suposto parentesco com o ex-conselheiro da Anatel José Leite Pereira Filho.
Se assim tivesse feito, saberia que não tenho nenhum parentesco, próximo ou remoto, com ele, assim como garanto que nem sequer o conhecia quando da sua indicação para a Anatel.
EDUARDO JORGE CALDAS PEREIRA , vice-presidente-executivo do PSDB (São Paulo, SP)

RESPOSTA DOS JORNALISTAS ELVIRA LOBATO E MARIO CESAR CARVALHO - Conforme publicado na reportagem, o ex-conselheiro da Anatel José Leite Pereira Filho disse que não tem nenhum parentesco com Eduardo Jorge.

Corrupção
Que a Folha publique o Índice de Percepções de Corrupção da Transparency International (TI) sem se perguntar se faz algum sentido é mais ou menos esperado, dada a falta de crítica da imprensa mundial em relação a números apresentados com pompa suficiente.
Não é tão esperado que o jornal reproduza palpites de um burocrata da TI (Alejandro Salas, apresentado como "pesquisador", coisa que não é) cujo próprio teor revela completo desconhecimento a respeito do assunto ("País tem política atrasada, diz pesquisador", Poder, 27/10). Um exemplo deve bastar: para Salas, o eleitor brasileiro votaria assim ou assado em troca de empregos!
CLAUDIO WEBER ABRAMO , diretor-executivo da Transparência Brasil (São Paulo, SP)

Call centers
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) esclarece que "o decreto do governo que regulamenta o atendimento de call center", no caso o decreto 6.523, mencionado na reportagem "Agências descumprem regras para call centers" (Cotidiano, 26/10), diz respeito apenas a "fornecedores de serviços regulados pelo Poder Público federal", e não a agências reguladoras, conforme capítulo I do decreto.
O "Relatório de Auditoria do TCU" 033.386/2008-1, de junho de 2010, relativo às agências reguladoras, afirma em sua conclusão que "o serviço de atendimento telefônico oferecido pela ANP é considerado efetivo, pois se trata de um serviço bem estruturado em função da central de atendimento 0800". E também que o serviço "apresenta bons indicadores de acessibilidade e qualidade, bem como eficiente sistemática de acompanhamento e resolução das demandas".
LUIZ FERNANDO MANSO , assessor de imprensa da ANP (Brasília, DF)

NOTA DA REDAÇÃO - O TCU entende que as agências reguladoras devem seguir o decreto como parâmetro para medir a qualidade dos seus call centers.

Eleições
O arquiteto Oscar Niemeyer deveria aquietar-se à sombra de seus 102 anos e da sua monumental obra em vez de elucubrar sobre questões de esquerda-direita ("Tendências/Debates", 27/10). Se ele se julga realmente homem de esquerda, está no quadrante errado, pois, se existe um governo que mais favorece e enaltece o consumo, este é o governo Lula. Esses valores são posturas do capitalismo, diametralmente opostos aos do esquerdismo.
Os ícones que floresceram atrás das cortinas de ferro e de bambu pregavam em suas cartilhas exatamente o oposto.
FRANCISCO MANOEL DE SOUZA BRAGA (Rio Claro, SP)

 

Inaugurações de grandes obras, Dilma convertida, Petrobras descobrindo a maior reserva de petróleo do Brasil.
Deveríamos ter eleições todos os meses.
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

Metrô
Que as empreiteiras armam esquemas para as licitações é um segredo de Polichinelo. Mas é muita cara de pau, diante da evidência de um resultado pré-definido, dizer que não é necessário investigar a gestão do Estado, como diz o ex-governador.
A quem cabia a escolha dos vencedores: ao Estado ou aos próprios concorrentes?
JOSÉ PAULO FERRER (São Paulo, SP)

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