São Paulo, segunda-feira, 29 de novembro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Rio
Estamos vivendo as consequências da omissão ou paliativos de governos em matéria de segurança pública e educação.
De fato, não haverá vencedores enquanto não se trabalhar para exterminar todos os elos da imensa cadeia que sustenta o narcotráfico, que não está limitado à América Latina.
Além disso, carecemos de um plano de educação, para desenvolver as pessoas e dotá-las de valores e princípios, de forma a provê-las com cidadania e contribuir para consolidar o Brasil.
De outro modo, essa ação de combate reativo nas favelas do Rio resultará apenas num frágil esparadrapo sobre uma profunda ferida, que tende a se agravar.
JOÃO CARLOS A. FIGUEIRA (Rio de Janeiro, RJ)

 


O amigo de Tonico Ferreira ("Anos que não terminam", "Tendências/Debates", 28/11) foi assassinado pelo Estado, em 1971, por defender ideias consideradas subversivas, sem jamais ter pego em armas contra esse Estado. Os jovens traficantes de hoje, em luta armada contra todos, estão, nas palavras de Marcelo Freixo ("Não haverá vencedores"), "com armas nas mãos e cabeças vazias. Não defendem ideologia. Não disputam o Estado". Mas serão mortos pelo mesmo Estado.
Também em relação a eles é justo aplicar as palavras de Tonico Ferreira e imaginar "como seria a evolução dessas vidas ceifadas inútil e precocemente", caso tivessem tido acesso aos cuidados de "saúde, creche, escola, assistência social, lazer", como diz Freixo na mesma página.
DORIVALDO SALLES DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

 


Este parece ser um momento oportuno para a discussão da liberação do consumo de drogas ilícitas. Nenhum povo, nação, país ou governo conseguiu e jamais conseguirá impedir o consumo das drogas e seu comércio ilegal. Não será outra guerra, como a que vemos no Rio, que mudará a situação. A legalização do seu consumo trará recursos que poderão ser usados na prevenção e na assistência aos dependentes químicos. O álcool tem seu consumo estimulado e até celebridades e técnicos da nossa seleção de futebol têm bons lucros com isso, não os traficantes. Em tempo, a assistência ao dependente de álcool é uma questão de calamidade pública.
ALENCAR GRACINO (Curitiba, PR)

Agressão na Paulista
Após o sensacionalismo de parte da mídia, execrando os jovens agressores que cometeram gravíssimo delito ao atacar gratuitamente outros jovens, parabéns à Folha por trazer o depoimento do pai sofrido de um dos agressores (Cotidiano 1, ontem).
Fruto de um mundo cada vez mais individualista e pouco tolerante, pelo menos parte desses jovens agressores é também vítima e, como disse o pai , "já está pagando caro pelo erro". Coloquemo-nos, um pouquinho que seja, no lugar desses pais e sentiremos que parte da opinião pública é extremamente intolerante, como a própria agressão o foi!
RENATO BALADORE (Itapeva, SP)

 


Em entrevista à Folha, o pai de um dos agressores da Paulista demonstrou que realmente é um ator. Tentou nos convencer de que seu filho é um bom rapaz, da paz, trabalhador e estudante de escola pública. Não fosse o escorregão da Paulista, teria tudo para ser um anjo. Na opinião do pai, os outros quatro é que são os agressores. O pai do agressor esqueceu que seu filho não foi subitamente envolvido na agressão da Paulista. Junto com os outros quatro, agrediu outros jovens desde Moema até a Paulista. A despeito da compreensível defesa do pai, o adolescente é um delinquente.
AGOSTINHO SEBASTIÃO SPÍNOLA (São Paulo, SP)

Licitação
O Ministério da Saúde reitera que não há fraude no processo de licitação para a contratação de agências de publicidade, ao contrário do que afirma reportagem publicada na edição deste domingo ("Licitação de R$ 120 milhões apresenta indício de fraude", Poder).
Conforme explicado, foram anexadas nos resultados as penúltimas planilhas de discussão de notas em lugar das últimas, por um mero equívoco. A consequência é nula para o resultado final.
Mesmo consideradas, essas planilhas sequer modificariam a ordem de classificação. As notas do resumo final e as da planilha publicada em diário oficial são as mesmas. Portanto, não há qualquer irregularidade jurídica. Reiteramos ainda que: 1- as divergências não atingiram as notas das empresas vencedoras nem houve prejuízo às demais; e 2 - nenhuma concorrente contestou as notas até o momento. Os avaliadores não conheciam o nome da empresa que apresentou o projeto.
Assim, é inimaginável qualquer suposta "pressão política" para beneficiar propostas não identificadas entre as últimas colocadas do julgamento apócrifo.
Finalmente, por nenhuma das agências ter recebido nota máxima, todas receberam críticas da comissão avaliadora, inclusive as vencedoras, o que explica as justificativas apontadas na matéria.
RENATO STRAUSS , assessor de imprensa do Ministério da Saúde (Brasília, DF)

Ameaça a fiscal
Com relação à matéria "Deputado ameaçou fiscal de agência, diz PF" (Poder, 27/11) tenho a esclarecer o que se segue, cuja documentação probatória de forma cabal foi enviada ao repórter que assina a matéria:
1 - Não existiu sequer a conversa, que dirá o conteúdo transcrito do suposto diálogo; 2 - O suposto diálogo foi enviado e transcrito de forma anônima à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, que me solicitou, por escrito, informações sobre o caso, tendo desmentido, interpelado judicialmente o funcionário da ANP, que negou tudo; 3 - O Ministério Público Federal arquivou o procedimento; 4 - Além da interpelação, e após a negativa do funcionário da ANP, ingressei com queixa-crime contra o sr. Claudio Nogueira, em tramitação, além de representação de cunho administrativo.
Ao ser procurado pelo repórter, contestei e enviei prontamente a cópia de todas as documentações, incluindo a negativa do funcionário da ANP na Justiça e o arquivamento do procurador-geral da República.
EDUARDO CONSENTINO DA CUNHA, deputado federal pelo PMDB-RJ (Rio de Janeiro, RJ)

RESPOSTA DO JORNALISTA HUDSON CORRÊA -
Toda a argumentação do deputado Eduardo Cunha foi contemplada na reportagem, que se baseia em documento da Polícia Federal encaminhado à Procuradoria-Geral da República.

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