São Paulo, sábado, 30 de janeiro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Delegados em SP
"Como a política de tolerância zero deu certo em Nova York, ela seria ideal para São Paulo. Quando a Folha noticiou que 800 delegados foram investigados, a resposta foi que "apenas" 48 referiam-se a casos graves ("Delegado-geral contesta total de apurações", Cotidiano, ontem). Agora temos uma ideia da nossa tolerância."
ALEX DE LIMA (São Paulo, SP)

"A quem interessa a desmoralização da Polícia Civil e dos delegados de carreira? É a pergunta que se faz após ler a reportagem de domingo que foi manchete ("800 delegados são investigados em SP').
Investigar, submeter as provas colhidas ao juiz e, em caso de condenação, ver os culpados extirpados de nossa Polícia Civil é muito salutar. Agora, ver tais dados divulgados aos quatro cantos, jogando na vala comum todos aqueles que honestamente trabalham todos os dias para que nossa sociedade possa viver em paz, é algo que não acrescenta nada às investigações ou à instituição, que fica desmoralizada aos olhos da população, que tenderá a generalizar ou, pelo menos, a olhar com desconfiança para todos os profissionais que fazem parte dela. Alguém sabe, por exemplo, o número de juízes ou promotores investigados pelas corregedorias das suas instituições?"
JOÃO RANGEL (São Paulo, SP)

Chuvas
"Agradeço a publicação da entrevista "Obra em córregos não reduz enchentes" (Cotidiano, ontem). No entanto, gostaria de fazer uma correção. A comparação dos parques concretados com as avenidas se deve, como eu havia dito, ao aproveitamento da função ambiental das várzeas. Parques vegetados nas várzeas possuem, entre outras, a função de filtro para a poluição difusa e de retenção de sedimentos.
Do ponto de vista social, os parques são muito superiores às avenidas. Políticas anteriores levaram avenidas para essas áreas sem considerar o seu papel no ganho de mobilidade ou acessibilidade, simplesmente replicando o modelo preestabelecido. Portanto, parques não são como avenidas, mas concreto é concreto em qualquer lugar."
LUCIANA TRAVASSOS, arquiteta urbanista, doutoranda em ciência ambiental (São Paulo, SP)

"Enfim a resposta a uma questão: por que em regiões rurais, onde não há impermeabilização com concreto e asfalto, os deslizamentos existem e são catastróficos? Na reportagem "Permeabilização não evita enchentes, afirma geólogo" (Cotidiano, ontem), Arnaldo Kutner explica que o tipo de solo responde por boa parte dos alagamentos e desmoronamentos. Portanto, não se pode acabar com as catástrofes, pois o clima não é constante, ele muda."
ESTER GOMES DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Educação
"O artigo de Paulo Renato Souza ("Melhores professores na rede", "Tendências/Debates", 28/1) mostra como o ensino público no Estado é tratado de forma irresponsável. O autor parte da falsa premissa de que a avaliação dos professores vai melhorar o nível do ensino e confessa candidamente que professores que não obtiveram aprovação serão aproveitados.
O Estado contrata professores "temporários" há mais de 30 anos, emperra a burocracia estatal com ações judiciais perdidas antecipadamente, enriquece escritórios de advocacia e agora gasta desnecessariamente recursos públicos com empresas de avaliação para deixar tudo como está."
ANTONIO CALIXTO, professor efetivo da rede pública, ex-deputado estadual (Ribeirão Preto, SP)

Banda larga
"A declaração do senhor José Fernandes Pauletti, presidente da Abrafix, no texto "Teles ameaçam ir à Justiça contra banda larga estatal" (Dinheiro, 28/1) tem um certo exagero. Ele não tem o que temer. Se as empresas estatais são tão ineficientes, como diz o setor privado, o serviço da banda larga pelas empresas com parte de capital estatal não terá como concorrer com as eficientíssimas teles privadas."
EDUARDO TOLEDO (Campinas, SP)

Imprensa
"O editorial "Chávez radicaliza" (Opinião, 27/1) critica Chávez por ter tirado do ar algumas emissoras de TV e se baseia, entre outros, no argumento do direito à informação e à imprensa livre.
Deveríamos propor uma discussão mais ampla sobre a concepção de "imprensa livre", pois saltam aos olhos o poder político e de manipulação exercidos pela mídia em geral -em todo o mundo, e não apenas no governo Chávez.
Todas as informações veiculadas pelos canais de comunicação passam por um filtro, que seleciona o que deve ou não deve ser transmitido ao grande público. Seria mais digno criticar Chávez pela atitude autoritária -e talvez desesperada.
Fiar-se no argumento de uma imprensa livre e usar de ironias simplórias contra o governo Lula soou como um golpe baixo, que menosprezou a inteligência do leitor. Será que nossa imprensa também não serve, de forma mais discreta, de palanque a certos partidos?"
DAYANE PAL, doutoranda em linguística na USP (São Paulo, SP)

Doping
"Sobre a carta "Doping" ("Painel do Leitor", ontem), esclareço que os atletas abriram mão da confidencialidade e autorizaram a divulgação dos resultados dos testes."
BENÊ TURCO, assessor de imprensa da Confederação Brasileira de Atletismo (Manaus, AM)

BBB e tortura
"A sociedade e o Ministério Público devem se mobilizar para dar um basta nas torturas do "Big Brother". É preciso investigar e proibir os atos desumanos ali praticados. Ontem, por exemplo, duas participantes ficaram mais de 14 horas confinadas em uma gaiola, sob sol fortíssimo, sem proteção solar nenhuma, sem ingerir líquidos, sem comer, sem fazer suas necessidades fisiológicas etc.
E o pior é que, para terem suas marcas divulgadas, grandes empresas patrocinam tal barbárie. Por que não aparece um só defensor desses direitos humanos para acabar com essa barbaridade? Onde está aquela "senhora" que recentemente disse considerar tortura crime "imprescritível'? Ela tem poder de sobra para acabar com essas práticas, ou será que a ela só interessa os direitos "dus manos'?"
ORLANDO LOVECCHIO FILHO (Santos, SP)

Opportunity
"Em relação à reportagem "Dantas e sua irmã são denunciados por sonegação" (Brasil, ontem), o Opportunity esclarece que é inapropriado o foco no Opportunity quando diversas empresas no Brasil vêm sendo fiscalizadas e autuadas em decorrência do questionamento acerca da incidência de INSS sob o pagamento de participação nos lucros e resultados, ferramenta importante de motivação profissional. Não há que falar em crime. O pagamento de PLR está previsto em lei e não configura delito de sonegação de contribuição social.
O Opportunity já questionou a autuação fiscal que deu origem à denúncia referida na reportagem, a qual encontra-se pendente de decisão em esfera administrativa. É equivocado e precipitado o entendimento do Ministério Público.
A questão está em fase de discussão administrativa e não deve gerar efeitos na esfera criminal. Esse posicionamento do Opportunity está em conformidade com as diretrizes do STF e do STJ."
ELISABEL BENOZATTI, assessoria de comunicação do Opportunity (Rio de Janeiro, RJ)

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