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Delegados em SP
"Como a política de tolerância zero deu certo em Nova York, ela seria
ideal para São Paulo.
Quando a Folha noticiou que
800 delegados foram investigados,
a resposta foi que "apenas" 48 referiam-se a casos graves ("Delegado-geral contesta total de apurações",
Cotidiano, ontem). Agora temos
uma ideia da nossa tolerância."
ALEX DE LIMA (São Paulo, SP)
"A quem interessa a desmoralização da Polícia Civil e dos delegados
de carreira? É a pergunta que se faz
após ler a reportagem de domingo
que foi manchete ("800 delegados
são investigados em SP').
Investigar, submeter as provas
colhidas ao juiz e, em caso de condenação, ver os culpados extirpados
de nossa Polícia Civil é muito salutar. Agora, ver tais dados divulgados
aos quatro cantos, jogando na vala
comum todos aqueles que honestamente trabalham todos os dias para
que nossa sociedade possa viver em
paz, é algo que não acrescenta nada
às investigações ou à instituição,
que fica desmoralizada aos olhos da
população, que tenderá a generalizar ou, pelo menos, a olhar com desconfiança para todos os profissionais que fazem parte dela.
Alguém sabe, por exemplo, o número de juízes ou promotores investigados pelas corregedorias das
suas instituições?"
JOÃO RANGEL (São Paulo, SP)
Chuvas
"Agradeço a publicação da entrevista "Obra em córregos não reduz
enchentes" (Cotidiano, ontem). No
entanto, gostaria de fazer uma correção. A comparação dos parques
concretados com as avenidas se deve, como eu havia dito, ao aproveitamento da função ambiental das
várzeas. Parques vegetados nas várzeas possuem, entre outras, a função de filtro para a poluição difusa e
de retenção de sedimentos.
Do ponto de vista social, os parques são muito superiores às avenidas. Políticas anteriores levaram
avenidas para essas áreas sem considerar o seu papel no ganho de mobilidade ou acessibilidade, simplesmente replicando o modelo preestabelecido. Portanto, parques não
são como avenidas, mas concreto é
concreto em qualquer lugar."
LUCIANA TRAVASSOS, arquiteta urbanista, doutoranda em ciência ambiental (São Paulo, SP)
"Enfim a resposta a uma questão:
por que em regiões rurais, onde não
há impermeabilização com concreto e asfalto, os deslizamentos existem e são catastróficos?
Na reportagem "Permeabilização
não evita enchentes, afirma geólogo" (Cotidiano, ontem), Arnaldo
Kutner explica que o tipo de solo
responde por boa parte dos alagamentos e desmoronamentos.
Portanto, não se pode acabar
com as catástrofes, pois o clima não
é constante, ele muda."
ESTER GOMES DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)
Educação
"O artigo de Paulo Renato Souza
("Melhores professores na rede",
"Tendências/Debates", 28/1) mostra como o ensino público no Estado é tratado de forma irresponsável. O autor parte da falsa premissa
de que a avaliação dos professores
vai melhorar o nível do ensino e
confessa candidamente que professores que não obtiveram aprovação
serão aproveitados.
O Estado contrata professores
"temporários" há mais de 30 anos,
emperra a burocracia estatal com
ações judiciais perdidas antecipadamente, enriquece escritórios de
advocacia e agora gasta desnecessariamente recursos públicos com
empresas de avaliação para deixar
tudo como está."
ANTONIO CALIXTO, professor efetivo da rede pública, ex-deputado estadual (Ribeirão Preto, SP)
Banda larga
"A declaração do senhor José
Fernandes Pauletti, presidente da
Abrafix, no texto "Teles ameaçam ir
à Justiça contra banda larga estatal"
(Dinheiro, 28/1) tem um certo exagero. Ele não tem o que temer.
Se as empresas estatais são tão
ineficientes, como diz o setor privado, o serviço da banda larga pelas
empresas com parte de capital estatal não terá como concorrer com as
eficientíssimas teles privadas."
EDUARDO TOLEDO (Campinas, SP)
Imprensa
"O editorial "Chávez radicaliza"
(Opinião, 27/1) critica Chávez por
ter tirado do ar algumas emissoras
de TV e se baseia, entre outros, no
argumento do direito à informação
e à imprensa livre.
Deveríamos propor uma discussão mais ampla sobre a concepção
de "imprensa livre", pois saltam aos
olhos o poder político e de manipulação exercidos pela mídia em geral
-em todo o mundo, e não apenas
no governo Chávez.
Todas as informações veiculadas
pelos canais de comunicação passam por um filtro, que seleciona o
que deve ou não deve ser transmitido ao grande público. Seria mais
digno criticar Chávez pela atitude
autoritária -e talvez desesperada.
Fiar-se no argumento de uma
imprensa livre e usar de ironias
simplórias contra o governo Lula
soou como um golpe baixo, que menosprezou a inteligência do leitor.
Será que nossa imprensa também
não serve, de forma mais discreta,
de palanque a certos partidos?"
DAYANE PAL, doutoranda em linguística na USP
(São Paulo, SP)
Doping
"Sobre a carta "Doping" ("Painel
do Leitor", ontem), esclareço que os
atletas abriram mão da confidencialidade e autorizaram a divulgação dos resultados dos testes."
BENÊ TURCO, assessor de imprensa da Confederação Brasileira de Atletismo (Manaus, AM)
BBB e tortura
"A sociedade e o Ministério Público devem se mobilizar para dar
um basta nas torturas do "Big Brother". É preciso investigar e proibir
os atos desumanos ali praticados.
Ontem, por exemplo, duas participantes ficaram mais de 14 horas
confinadas em uma gaiola, sob sol
fortíssimo, sem proteção solar nenhuma, sem ingerir líquidos, sem
comer, sem fazer suas necessidades
fisiológicas etc.
E o pior é que, para terem suas
marcas divulgadas, grandes empresas patrocinam tal barbárie.
Por que não aparece um só defensor desses direitos humanos para
acabar com essa barbaridade? Onde
está aquela "senhora" que recentemente disse considerar tortura crime "imprescritível'? Ela tem poder
de sobra para acabar com essas práticas, ou será que a ela só interessa
os direitos "dus manos'?"
ORLANDO LOVECCHIO FILHO (Santos, SP)
Opportunity
"Em relação à reportagem "Dantas e sua irmã são denunciados por
sonegação" (Brasil, ontem), o Opportunity esclarece que é inapropriado o foco no Opportunity quando diversas empresas no Brasil vêm
sendo fiscalizadas e autuadas em
decorrência do questionamento
acerca da incidência de INSS sob o
pagamento de participação nos lucros e resultados, ferramenta importante de motivação profissional.
Não há que falar em crime. O pagamento de PLR está previsto em
lei e não configura delito de sonegação de contribuição social.
O Opportunity já questionou a
autuação fiscal que deu origem à
denúncia referida na reportagem, a
qual encontra-se pendente de decisão em esfera administrativa.
É equivocado e precipitado o entendimento do Ministério Público.
A questão está em fase de discussão
administrativa e não deve gerar
efeitos na esfera criminal. Esse posicionamento do Opportunity está
em conformidade com as diretrizes
do STF e do STJ."
ELISABEL BENOZATTI, assessoria de comunicação
do Opportunity (Rio de Janeiro, RJ)
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