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Armando Nogueira
"Perdemos Armando Nogueira, o
jornalista e poeta do nosso esporte.
Ele está inserido nas páginas do futebol brasileiro como está diretamente relacionado à bola. Um nunca poderia ficar distante do outro. E
essa junção tinha o coadjuvante:
o atleta.
Lamentamos a sua partida. Ele
nos deixa saudades e felizes recordações das suas análises e críticas,
sempre voltadas para melhorar o
esporte da paixão nacional."
RUBENS CALDARI (Piracicaba, SP)
"Foi com grande pesar que recebemos a informação da morte de
Armando Nogueira, um dos mais
representativos jornalistas de sua
geração.
Suas contribuições foram muito
importantes para a evolução do jornalismo em todas as suas esferas.
Sua paixão pelo esporte nos comoveu durante toda a sua brilhante
trajetória profissional."
ZECA RUDGE, vice-presidente executivo de relações institucionais do Itaú Unibanco
(São Paulo, SP)
"A crônica esportiva brasileira,
tão carente de talentos e com jornalistas cada vez menos jornalistas e
mais torcedores, acaba de perder o
maior de todos eles."
HUMBERTO MENDES (São Paulo, SP)
OAB no DF
"A OAB é uma instituição que,
desde a ditadura Vargas, tem se credenciado ao respeito e à confiança
da sociedade brasileira por suas posições claras e destemidas em favor
do interesse público.
Por isso causou-me espanto e indignação acompanhar no sábado,
na TV Cultura, reportagem em que
os dirigentes da OAB-DF reivindicaram publicamente a realização de
eleições indiretas para a vaga do governador que perdeu o mandato.
Ora, em uma eleição indireta, votarão apenas os deputados que
compõem a Câmara Distrital. E que
Câmara? A mesma em que um número expressivo de deputados foi
filmado recebendo polpudas somas
do propinoduto Arruda.
A sociedade espera do Conselho
Federal da OAB uma posição oficial
sobre o assunto."
RUBENS NUNES SAMPAIO, advogado inscrito na OAB (Salvador, BA)
Eleição
"Estranhamos a omissão do nome de Soninha Francine (PPS) no
levantamento do Datafolha para o
governo do Estado de São Paulo, já
que esta pré-candidatura foi decidida e anunciada pelo partido no ano
passado e pontuava bem em todas
as pesquisas realizadas até então
(inclusive pelo Datafolha).
Comunicamos que está mantida
a pré-candidatura de Soninha ao
governo do Estado, tanto que ela
deixa o cargo de subprefeita da Lapa nesta semana para atender às determinações da legislação eleitoral.
O PPS questiona, portanto, a exclusão do seu nome da pesquisa,
sem nenhuma justificativa plausível, o que distorce a realidade, confunde o eleitor e prejudica a nossa
atuação político-partidária."
DAVI ZAIA, presidente estadual do PPS-SP (São Paulo, SP)
Nota da Redação - Enquanto as candidaturas não são oficializadas, o critério de inclusão de
nomes é jornalístico. Na avaliação da Redação, neste momento há mais chances de Soninha
se candidatar ao Senado.
"Alckmin e Afif disparados na
frente nas pesquisas para o governo
do Estado de São Paulo é uma excelente notícia.
O que falta, agora, é os dois assumirem que, sim, são candidatos de
direita. Ultimamente parece que se
declarar de direita é um defeito.
Não é. E existe um eleitorado ávido por candidatos de direita sérios e
competentes. Não esqueçamos que
Delúbio, Silvinho "Land Rover",
Gushiken e companhia eram "esquerdistas" desde criancinhas."
JOSUÉ LUIZ HENTZ (São João da Boa Vista, SP)
Maranhão
"Enquanto políticos enviam milhões para o paraíso fiscal europeu
("Suíça bloqueia conta de filho de
Sarney", Brasil, 25/3), muitas
crianças e adultos estão morrendo
em hospitais do Maranhão, reduto
político dos Sarney.
Enquanto isso, a TV mostra o
descaso com escolas e os professores sendo obrigados a dar aulas em
barracões de pau-a-pique, mal
construídos, sem nenhuma condições de higiene -e nem banco para
as crianças se sentarem.
Até quando?"
JOAQUIM FELIX SILVA (Panorama, SP)
Dogmas
"O artigo de Luiz Felipe Pondé
sobre o cinema nacional ("O olhar
da câmera", Ilustrada, ontem) é de
grande coragem, porque toca em
um ponto forte do policiamento
cultural que se sofre no Brasil.
Por trás de boa parte da nossa
cultura engajada, há pobreza de
ideias e reverência a moldes ultrapassados, que, se contestados, são
massacrados pela "polícia cultural".
Coitado de quem contestar seu
dogma cultural.
Pondé mostra grande coragem
com seu artigo. Parabéns!"
VENEZIANO ARAÚJO (São Paulo, SP)
"No Brasil de hoje, a lata de lixo
da história não diz respeito a nenhum passado superado ou redimido, mas, sim, a um presente que se
compraz na regressão e na celebração cínica de um estado das coisas
muito problemático. Pelo menos é
isso o que sempre aprendemos com
o terrorismo cultural do senhor
Luiz Felipe Pondé.
É difícil a qualificação de qualquer debate sério com quem prega
abertamente o machismo, o elogio
de qualquer tipo de poder, desde o
do papa até o do puro dinheiro, a
suspensão de qualquer natureza de
crítica e o irracionalismo público.
Sua última investida, contra
Glauber Rocha -e também contra
Foucault e Bourdieu-, certamente
não foi o seu pior momento, mas
tem o mérito de deixar claro qual o
tipo de "pensamento" que, embora
se pretenda a vocalização do eterno
"deus me livre", pode, por isso mesmo, ser confundido com a lata de lixo da história."
TALES A.M. AB'SÁBER, psicanalista (São Paulo, SP)
Igreja
"À Igreja Católica cabe refletir sobre a brilhante exposição da professora Roseli Fischmann em relação
aos crimes de pedofilia ocorridos na
instituição (Mundo, ontem).
Segundo ela, "o reconhecimento
do drama vivido pelas vítimas, mesmo a indenização pecuniária, nada
retira do caráter irreversível do dano causado a quem sofreu a violência sexual, em particular sendo
criança, que perdeu o direito à inocência pela ação de quem supunha
ser seu guia". E mostrar isso não
significa ser anticatólico ou anticlerical. É uma constatação.
Se é possível um paralelo com a
obra "Os Dois Corpos do Rei", de
Ernst H. Kantorowicz, podemos
afirmar que o corpo místico da
Igreja Católica (com letras maiúsculas) está sendo corrompido e sofrendo deterioração por conta do
corpo físico da própria igreja (com
letras minúsculas).
A omissão sobre aspectos reais e
mundanos da igreja, desqualificando os agentes de informação, não
tornará sobrenatural ou inexistente o crime de pedofilia que vem despontando pelo mundo todo, retirando o véu da hipocrisia."
ÂNGELA LUIZA S. BONACCI (São Paulo, SP)
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