São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Células-tronco
"É no mínimo temerário que uma questão como o uso de células-tronco embrionárias em pesquisas -ou seja, uma questão científica, biológica e tecnológica- seja decidida por um grupo de leigos, cujo alcance dos conhecimentos não supera a "data vênia".
Pior: como sinal de seu atraso intelectual, ainda usam togas e se tratam uns aos outros de "Vossa Excelência".
É uma corte da Idade Média julgando uma questão do século 21."
PAULO SILVA (Goiânia, GO)

"O que me dá mais raiva nessa polêmica a respeito das células-tronco é que, antigamente, os embriões que sobravam das clínicas de fertilização iam para o lixo e ninguém falava nada. Depois que pesquisadores começaram a utilizar as "sobras" em seus estudos, vieram os religiosos para mostrar serviço aos seus fiéis pagadores de dízimo.
Queria apenas lembrar que existe uma corrida mundial pelo registro de patentes nessa área. E o Brasil, ficando para trás nessas pesquisas, terá que pagar pelas descobertas que os outros países fizerem."
AURÉLIO NUNEZ ROLAN (São Paulo, SP)

Roupa nova velha
"A CSS -Contribuição Social para Saúde- nada mais é do que a CPMF com roupa nova.
É impressionante que o presidente Lula e sua tropa de choque queiram que o contribuinte pague a conta duas vezes, pois a CPMF foi criada para a saúde e nunca foi usada para esse fim.
Nada contra a emenda 29, muito pelo contrário, mas tudo contra o novo-velho imposto."
LÍGIA BITTENCOURT (São Bernardo do Campo, SP)

"A CSS é mais uma demonstração de o quanto a palavra do presidente da República não tem valor nenhum. Na ocasião da derrubada da CPMF, no final de 2007, ele prometeu aceitar a derrota e garantiu que não haveria represálias. Mas, em seguida, vieram vários aumentos em outros tributos e cortes em diversos programas do governo.
Agora, faz tudo para ressuscitar o tributo, mudando o seu nome. Cada vez mais o governo aposta na certeza da total falta de memória da população."
LUCIANO NOGUEIRA MARMONTEL (Pouso Alegre, MG)

Alstom
"Em relação ao texto "Alstom pagou propina à Petrobras, diz testemunha" (Brasil, ontem), esclareço o que segue.
1 - As notícias envolvendo o empresário Luiz Geraldo Tourinho Costa foram divulgadas em 2006, por ocasião da Operação Castor, e em nenhum momento meu nome foi citado.
2 - Caso houvesse uma simples citação do meu nome, teria eu sido alvo fácil, por estar à época em maciça exposição por conta da CPI dos Correios, da qual fui presidente.
3 - O MP foi instado por denúncia do ex-deputado Pedro Pedrossian Filho, tentando ligar meu nome e o da então diretoria da Petrobras a supostos ilícitos que teriam sido praticados com a Alstom. O mentor dessas denúncias é filho do senhor Pedro Pedrossian, meu adversário em 2002 para a vaga de senador por Mato Grosso do Sul.
4 - Não houve instauração de nenhum procedimento investigatório, pois a denúncia foi manifestamente inepta e infundada, motivada apenas por rusgas políticas.
5 - A turbina GT24 foi comprada pela Petrobras antes de eu assumir uma diretoria da empresa, e os supostos depósitos da Alstom teriam sido efetuados em 2002 na conta do empresário citado, época em que eu já não estava na Petrobras."
DELCÍDIO AMARAL, senador -PT-MS (Brasília, DF)

Pedra de Roseta
"Daqui a pouco, os leitores da Folha vão precisar de um "Manual de Humor", semelhante à pedra de Roseta, para tentar decifrar os quadrinhos do Angeli e do Laerte. Já foram ótimos, mas, ultimamente, parecem viagens incompreensíveis em torno de seus próprios umbigos, cheirando a pura enganação.
Tá danado."
FERNANDO FABBRINI (Belo Horizonte, MG)

Dívida agrícola
"Como qualquer brasileiro, adoraria estar entre um dos beneficiados pelo recente pacote governamental para a agricultura.
É claro que, circunstancialmente, este é um instrumento necessário.
Mas será que é sempre justo? Será que todos os beneficiados realmente precisam disso? Não há muitos ricos no campo sonegando dívidas? E a atividade rural também não inclui riscos?
A classe média nacional -que não tem uma bancada no Congresso como a agricultura-, engasgada pelos impostos e pela precariedade do que recebe como retorno, precisa urgentemente de um instrumento parecido. Esperemos sentados."
ANTONIO QUEIROGA (Rio de Janeiro, RJ)

Déficit externo
"Paulo Nogueira Batista Jr. não precisa pedir desculpas ao leitor por "insistir obsessivamente" em suas análises críticas que não agradam a "turma da bufunfa" (caderno Dinheiro, ontem). A turma está bem entrincheirada nos meios de comunicação e nos centros decisórios do Legislativo e do Executivo.
Mas há que ser enfrentado esse monopólio de impor o que só a ela interessa, e não ao país todo.
Insistir é preciso, pois os dados recentes das contas externas são preocupantes. Há riscos de colapso, sim, e graves, mormente se somarmos o aumento substancial do déficit externo à existência de um "sub prime tropical" nos setores de financiamento de automóveis e mediante crédito consignado."
MAURO RODRIGUES PENTEADO (São Paulo, SP)

Bombas
"A notícia de que o Brasil não aderiu ao tratado para banir o uso das bombas de dispersão ("cluster bombs') revela uma afronta à Constituição, considerando a ameaça que esse tipo de armamento representa para a vida humana e para o equilíbrio ambiental ("Brasil fica fora de acordo antiarmamento", Mundo, ontem).
Na sua política externa, o governo brasileiro deve não só adotar e recomendar os meios pacíficos de solução de controvérsias (art. 4.º da Constituição) como empreender esforços para prevenir conflitos armados ou, pelo menos, diminuir o seu potencial destrutivo."
THIAGO DONNINI (São Paulo, SP)

Delegados
"Fez bem o delegado André Dahmer ao rebater, em carta publicada ontem, a falácia oficial dos governadores de que a equiparação desta importante carreira com as demais carreiras jurídicas poderia vir a onerar o Orçamento do Estado.
Faltou apenas apontar que, no nosso Estado, a carreira de delegado tem sido tratada a "pão e água" pelas sucessivas administrações do PSDB, cuja verdadeira perseguição a essa função policial só se explica pelo revanchismo político-ideológico que caracteriza a esquerda brasileira. Ao pretenso civilizado PSDB de Geraldo Alckmin e José Serra os delegados do Estado mais importante da nação devem o segundo pior salário do Brasil, só perdendo para o Piauí."
PAULO BOCCATO (São Carlos, SP)

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