São Paulo, sábado, 30 de maio de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Educação e livros
"Só para ilustrar o descaso do ensino no Brasil. Em 1955, ano em que nasci, meu irmão mais velho, que com muito custo se formara professor, pagou o parto particular de minha mãe com o seu salário. Vinte anos mais tarde, eu iniciava a minha carreira de professora e trabalhava em um banco particular.
Como digitadora, o cargo mais "iniciante" possível à época, e com 6 horas de trabalho, eu já ganhava mais do que lecionando no ensino básico. Hoje, exige-se do professor mais sabedoria, mais inteligência, mais cultura, mais tudo. Mas, para preparar aquele que será o cerne da nossa cultura, não existe projeto real, não existe política consistente, não existe vontade política de parte nenhuma."
SILVIA MARIA DE ALMEIDA (São Pedro, SP)

"Mais uma vez, quem escolheu a obra não a leu, e isso, cada vez mais, mostra a incompetência e a ignorância do governo no que se refere às escolas públicas ("Livro para adolescentes é entregue a crianças em SP", Cotidiano, 28/5).
As ironias e metáforas presentes nesse livro, muitas vezes, nem o adulto entende. E que ajustes são esses que a Secretaria da Educação diz que precisam ser feitos? Quais são os critérios para a escolha? Os (ir)responsáveis pela escolha incentivariam seus filhos a praticarem o hábito da leitura com esses livros?"
ROBERTO ROMEIRO DA SILVA (Paraguaçu Paulista, SP)

Brasil
"O que está acontecendo com o Brasil? Políticos usando mal o dinheiro público, Sarney recebendo auxílio de R$ 3.800 sem perceber, Lula pondo a culpa pelo despreparo dos professores na classe média -pois ela colocou os filhos em escolas particulares-, pessoas querendo mudar a Constituição para um terceiro mandato, autoridades deixando à solta bandidos porque existe uma superpopulação carcerária e descaso geral, como o que permitiu o rompimento da barragem no Piauí. A população não tem direito a nada. Até quando aguentaremos?"
ROBERTO GERMANO RIBEIRO (São Paulo, SP)

Sindicatos
"Corretíssima a posição de Otavio Brito e Ricardo Britto Pereira ("Sindicato único sem filiados", "Tendências/Debates", ontem).
O Brasil precisa de uma reforma sindical para enfrentar o antigo problema dos sindicatos de "cofres cheios e assembleias vazias".
A questão da representatividade dessas entidades depende da instituição de um modelo de efetiva liberdade sindical, o que implica acabar com a unicidade sindical e com a contribuição compulsória."
OTAVIO PINTO E SILVA, professor do Departamento de Direito do Trabalho e Seguridade Social da Faculdade de Direito da USP (São Paulo, SP)

Questões sociais
"É, como dizem, "chover no molhado" o artigo "Tragédia inacabada", de José Sarney (Opinião, ontem). Acredito que seja do conhecimento da maioria dos leitores a realidade do crime organizado, bem como dos movimentos paramilitares ou terroristas do nosso hemisfério e do mundo.
Sabemos também que a educação, uma melhor distribuição da renda, instituições íntegras e lideranças comprometidas com o bem-estar social são fatores essenciais para reverter essa situação. Infelizmente, temos muitos problemas com esses valores nas diferentes esferas políticas e governamentais no Brasil. Grandes latifundiários e personalidades, principalmente do setor público, trabalham e advogam em causa própria.
Não vejo o Brasil ou o Estado do Maranhão, governado há tanto tempo pela família do senador, priorizarem as questões sociais e o desenvolvimento humano."
CARLOS CÉSAR DIAS (São Paulo, SP)

Votos de juízes
"É com pesar que vejo uma pessoa usar um espaço tão importante para falar de um tema que desconhece (coluna "Mais uma", de Valdo Cruz, Opinião, 28/5). Nenhum juiz recebe R$ 3.400 por mês para dar um "votinho extra". O auxílio-voto foi instituído pelo TJ-SP para minorar um dos maiores problemas da Justiça brasileira, a morosidade.
Os juízes convocados para o auxílio-voto, ou mutirão, recebem 300 processos e, em um ano, devem proferir seus votos. Como o julgamento dos recursos é colegiado (três julgadores), o juiz também atua como revisor (segundo juiz) em outros 300 processos e como terceiro juiz em outros 300. Julgam-se, portanto, 900 recursos ao ano, sem prejuízo das funções normais do magistrado em sua vara. O pagamento não é privilégio.
Esclareço que, por opção, nunca prestei auxílio-voto, por entender que não há contraprestação pecuniária que pague as poucas horas de folga que ainda me restam."
LUIZ GUILHERME CURSINO DE MOURA SANTOS, juiz de direito (São José dos Campos, SP)

Nota da Redação - Leia a seção "Erramos".

Petrobras
"A propósito da reportagem "Sistema Petrobras privilegia PT em doações a candidatos" (Brasil, 28/5), esclareço que, nas eleições de 2006 e 2008, a Braskem fez contribuições a diversos candidatos e partidos sem que houvesse nenhuma orientação no sentido de privilegiar qualquer legenda.
Por determinação legal e estatutária, a competência para aprovar ações institucionais, como aquelas relativas a doações eleitorais, pertence à diretoria da Braskem, por meio do seu Comitê Executivo.
Sendo assim, diversamente do informado anteriormente pela Braskem, essa matéria nunca foi submetida à deliberação do Conselho de Administração ou do Conselho Fiscal, órgãos nos quais a Petrobras se faz representar na condição de acionista da Braskem."
NELSON LETAIF, diretor de Comunicação da Braskem (São Paulo, SP)

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