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PAINEL DO LEITOR
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Educação e livros
"Só para ilustrar o descaso do ensino no Brasil. Em 1955, ano em que
nasci, meu irmão mais velho, que
com muito custo se formara professor, pagou o parto particular de minha mãe com o seu salário.
Vinte anos mais tarde, eu iniciava
a minha carreira de professora e
trabalhava em um banco particular.
Como digitadora, o cargo mais "iniciante" possível à época, e com 6 horas de trabalho, eu já ganhava mais
do que lecionando no ensino básico.
Hoje, exige-se do professor mais
sabedoria, mais inteligência, mais
cultura, mais tudo. Mas, para preparar aquele que será o cerne da
nossa cultura, não existe projeto
real, não existe política consistente,
não existe vontade política de parte
nenhuma."
SILVIA MARIA DE ALMEIDA (São Pedro, SP)
"Mais uma vez, quem escolheu a
obra não a leu, e isso, cada vez mais,
mostra a incompetência e a ignorância do governo no que se refere
às escolas públicas ("Livro para adolescentes é entregue a crianças em
SP", Cotidiano, 28/5).
As ironias e
metáforas presentes nesse livro,
muitas vezes, nem o adulto entende. E que ajustes são esses que a Secretaria da Educação diz que precisam ser feitos? Quais são os critérios para a escolha? Os (ir)responsáveis pela escolha incentivariam
seus filhos a praticarem o hábito da
leitura com esses livros?"
ROBERTO ROMEIRO DA SILVA
(Paraguaçu Paulista, SP)
Brasil
"O que está acontecendo com o
Brasil? Políticos usando mal o dinheiro público, Sarney recebendo
auxílio de R$ 3.800 sem perceber,
Lula pondo a culpa pelo despreparo
dos professores na classe média
-pois ela colocou os filhos em escolas particulares-, pessoas querendo mudar a Constituição para um
terceiro mandato, autoridades deixando à solta bandidos porque existe uma superpopulação carcerária e
descaso geral, como o que permitiu
o rompimento da barragem no
Piauí. A população não tem direito a
nada. Até quando aguentaremos?"
ROBERTO GERMANO RIBEIRO (São Paulo, SP)
Sindicatos
"Corretíssima a posição de Otavio Brito e Ricardo Britto Pereira
("Sindicato único sem filiados",
"Tendências/Debates", ontem).
O Brasil precisa de uma reforma
sindical para enfrentar o antigo
problema dos sindicatos de "cofres
cheios e assembleias vazias".
A questão da representatividade
dessas entidades depende da instituição de um modelo de efetiva liberdade sindical, o que implica acabar com a unicidade sindical e com a contribuição compulsória."
OTAVIO PINTO E SILVA, professor do Departamento de Direito do Trabalho e Seguridade Social da
Faculdade de Direito da USP (São Paulo, SP)
Questões sociais
"É, como dizem, "chover no molhado" o artigo "Tragédia inacabada",
de José Sarney (Opinião, ontem).
Acredito que seja do conhecimento da maioria dos leitores a
realidade do crime organizado,
bem como dos movimentos paramilitares ou terroristas do nosso
hemisfério e do mundo.
Sabemos também que a educação, uma melhor distribuição da
renda, instituições íntegras e lideranças comprometidas com o bem-estar social são fatores essenciais
para reverter essa situação.
Infelizmente, temos muitos problemas com esses valores nas diferentes esferas políticas e governamentais no Brasil. Grandes latifundiários e personalidades, principalmente do setor público, trabalham
e advogam em causa própria.
Não vejo o Brasil ou o Estado do
Maranhão, governado há tanto
tempo pela família do senador,
priorizarem as questões sociais e o
desenvolvimento humano."
CARLOS CÉSAR DIAS (São Paulo, SP)
Votos de juízes
"É com pesar que vejo uma pessoa usar um espaço tão importante
para falar de um tema que desconhece (coluna "Mais uma", de Valdo
Cruz, Opinião, 28/5). Nenhum juiz
recebe R$ 3.400 por mês para dar
um "votinho extra". O auxílio-voto
foi instituído pelo TJ-SP para minorar um dos maiores problemas
da Justiça brasileira, a morosidade.
Os juízes convocados para o auxílio-voto, ou mutirão, recebem 300
processos e, em um ano, devem
proferir seus votos. Como o julgamento dos recursos é colegiado
(três julgadores), o juiz também
atua como revisor (segundo juiz)
em outros 300 processos e como
terceiro juiz em outros 300. Julgam-se, portanto, 900 recursos ao
ano, sem prejuízo das funções normais do magistrado em sua vara. O
pagamento não é privilégio.
Esclareço que, por opção, nunca
prestei auxílio-voto, por entender
que não há contraprestação pecuniária que pague as poucas horas de
folga que ainda me restam."
LUIZ GUILHERME CURSINO DE MOURA SANTOS, juiz
de direito (São José dos Campos, SP)
Nota da Redação - Leia a
seção "Erramos".
Petrobras
"A propósito da reportagem "Sistema Petrobras privilegia PT em
doações a candidatos" (Brasil,
28/5), esclareço que, nas eleições
de 2006 e 2008, a Braskem fez contribuições a diversos candidatos e
partidos sem que houvesse nenhuma orientação no sentido de privilegiar qualquer legenda.
Por determinação legal e estatutária, a competência para aprovar
ações institucionais, como aquelas
relativas a doações eleitorais, pertence à diretoria da Braskem, por
meio do seu Comitê Executivo.
Sendo assim, diversamente do
informado anteriormente pela
Braskem, essa matéria nunca foi
submetida à deliberação do Conselho de Administração ou do Conselho Fiscal, órgãos nos quais a Petrobras se faz representar na condição
de acionista da Braskem."
NELSON LETAIF, diretor de Comunicação da Braskem (São Paulo, SP)
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