São Paulo, domingo, 30 de maio de 2010 |
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O voto obrigatório é agressivo à liberdade individual. Nossa conduta não pode ser amoldada a um valor político imposto. Os homens são essencialmente seres sociais, mas não obrigatoriamente seres políticos. Podem abster-se do ato de outorgar uma procuração a outrem, para que este governe a sociedade em que vive. A liberdade corresponde ao direito de inibir qualquer outra pessoa, inclusive o Estado, de intrometer-se em nossa existência, salvo se nossa liberdade já terminou na parede do direito alheio. Não parece que deixar de votar agrida o direito de outrem. Obrigar ao voto é agir como Procrusto, da mitologia grega, que mantinha uma cama de ferro; aqueles que nela dormiam, se fossem de tamanho maior do que suas dimensões, tinham seus membros amputados, e os de estatura inferior eram esticados. Em geral, ninguém sobrevivia. Obrigar o brasileiro a votar é fazê-lo deitar-se no leito de Procrusto e, na prática, é o mais importante instrumento que serve aos interesses das oligarquias. AMADEU ROBERTO GARRIDO DE PAULA (São Paulo, SP)
TSE
Fernanda Torres
Não há pessoa melhor para fazer comentários políticos que Fernanda Torres! Li cada palavra do artigo sob a ótica de um ator que reconhece o outro, no caso, nossos candidatos à Presidência! Ela usou metáforas impecáveis e referências históricas para ninguém sair sem entender o texto, caso raro em artigos políticos que falam pleonasticamente e no final não dizem nada. O exemplo da pergunta simples que fizeram a Dilma Rousseff é impecável, prova mais que perfeita de que o candidato é um ator. Quanto à fonoaudióloga citada, bom, aí sim me reconheço ainda mais, por ter a mesma formação. Não é a primeira vez que uma pessoa pública associa a ciência da fonoaudiologia ao ato de maquiar, disfarçar um indivíduo através da voz. Mas a sra. Torres desfez essa imagem, ao dizer que a profissional em questão é direta, pois em atuação informa uma premissa básica da teoria vocal: a voz transmite seu estado de espírito e quem você realmente é! FERNANDA DE ARAUJO SAPIENZA (São Paulo, SP)
Ficha limpa
"O Judiciário poderia inviabilizar a esperteza e a desonestidade do Congresso, de mudar o tempo do verbo na aprovação da lei, que resulta na impunidade em relação à eleição de 2010. A solução seria passar todos os processos contra políticos com a ficha suja na frente de todos os demais e dar a sentença em prazo curto. Isso seria o fim da impunidade e o Judiciário seria aclamado. MÁRIO A. DENTE (São Paulo, SP) Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080 Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090 www.cliquefolha.com.br Ombudsman: 0800-15-9000 ombudsman@uol.com.br www.folha.com.br/ombudsman Texto Anterior: Francisco Cembranelli: Liberdade de informação e democracia Próximo Texto: Erramos Índice |
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