 São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 2005 |
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Ambiente "Em relação ao editorial "Sem licença" (Opinião, 27/6), gostaria de salientar que não há constrangimento no fato de a Dersa ter sido autuada por órgão público da área ambiental. Cada agência do governo trabalha da melhor forma para cumprir sua missão específica. O governo do Estado de São Paulo tem compromisso com o ambiente. Prova disso é que, entre 1999 e 2000, a cobertura vegetal no Estado teve crescimento de 3,8% -diferentemente do que ocorre no restante do Brasil. O governador Geraldo Alckmin acaba de assinar nos EUA contratos que vão garantir R$ 52,1 milhões em investimentos de organismos internacionais no ecoturismo, na melhoria de parques estaduais e na recomposição de matas ciliares." Roger Ferreira, assessor especial de comunicação do governo do Estado de São Paulo (São Paulo, SP) Acre "A reportagem "Publicidade do governo do Acre fere Lei das Licitações" (Brasil, 24/6) questiona desde a publicidade oficial até obras de estradas e requer esclarecimentos. 1. Os custos do quilômetro de asfalto em trechos da BR 364 refletem as dificuldades desse tipo de obra no interior da Amazônia e constam dos projetos aprovados pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (Dnit). Ainda assim, o governador Jorge Viana mandou encaminhar todas as planilhas de custo das obras ao TCU, pedindo análise e parecer; 2. A Secretaria de Comunicação tem orçamento aprovado pela Assembléia Legislativa, e todos os seus investimentos são submetidos ao Tribunal de Contas do Estado, ao qual já foi solicitado parecer sobre esse assunto. O contrato 007/2001 está no 50º mês de vigência e pode estender-se a até 60 meses, de acordo com a lei 8.666/93. O orçamento da Secretaria de Comunicação não é de R$ 19,7 milhões. O valor aprovado pela Assembléia para 2005 é de R$ 9,7 milhões. Isso para manter uma rede com 11 rádios e a TV Educativa, única que integra todos os municípios do Acre, e viabilizar a publicidade e demandas de comunicação de todas as outras secretarias, empresas e órgãos do governo. Forjando uma absurda associação com a crise política, o texto trai interesses de "fontes" que terceirizaram a denúncia, como o deputado cassado Narciso Mendes, figura associada aos cartéis que macularam o Acre durante anos." Aníbal Diniz, secretário de Comunicação do Estado do Acre (Rio Branco, AC) Resposta dos jornalistas Fernando Rodrigues e Fernando Canzian - O valor de R$ 19,7 milhões para o orçamento da Secretaria de Comunicação do Acre foi confirmado, em entrevista gravada, pelo próprio missivista. Mesmo após novo pedido, o governo do Acre se recusa a informar o principal: o valor total dos 13 aditivos ao contrato 007/2001. Crime "Suzane von Richthofen, assassina confessa dos próprios pais, foi solta devido a um habeas corpus concedido pelo STJ. Se ela fosse pobre, ficaria mofando na cadeia à espera de julgamento, como acontece com a maioria dos abandonados pela Justiça. Mas, como é da elite, simplesmente a "injustiça" arrumou um jeitinho de libertá-la. Há pouco tempo, uma mulher que furtou um xampu e um condicionador em um supermercado ficou mais de um ano presa. Foi espancada pelas companheiras e por agentes carcerários, o que a fez sair da prisão cega de um olho. São uma vergonha as atitudes dos donos do poder no Brasil. Intervenção americana no Poder Judiciário brasileiro já!" Eliel Queiroz Barros (São Paulo, SP) "Mensalão" "Não há o que discutir sobre as razões que levaram Roberto Jefferson às denúncias. O certo é que prestou inestimável serviço à sociedade. Despe a fantasia de pierrô apaixonado pela moral e pela ética do PT e escancara o mais extraordinário e inimaginável esquema de corrupção vivido pelo país desde a era Collor." Carlos Alberto Bellozi (Belo Horizonte, MG)  "Todo governante comete os seus pecados, grandes ou pequenos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é diferente de nenhum deles e tem acumulado pecados ao longo dos quase três anos de seu governo. Porém o que diferencia Lula de todos os outros que a história já conhece é o incomensurável pecado de ter subtraído do povo brasileiro o prazeroso sentimento de ter eleito um lídimo representante seu. Seguramente, jamais nossa democracia voltará a eleger um ex-operário, um ex-bancário, um candidato, enfim, oriundo das camadas mais pobres de nossa sociedade. Esse é o maior de todos os pecados do nosso presidente, que não soube honrar as 53 milhões de esperanças nele depositadas." Adalberto Miguel Pedromônico (Sorocaba, SP) Venezuela "O editorial sobre a economia da Venezuela ("Economia bolivariana", Opinião, pág. A2) explicita o apreço desse jornal à gestão neoliberal do Estado na América Latina. Por isso a birra do texto com o que chama de "aventura bolivariana". O papel do Estado e do gasto público num país subdesenvolvido como a Venezuela é crucial para a superação da desigualdade social e da dependência externa. Essa é a grande lição que Celso Furtado nos legou como tarefa histórica. O governo Chávez prossegue ampliando o projeto de reorganizar a economia venezuelana para que seja possível distribuir pelo conjunto da população, e de forma inédita na história do país, a riqueza gerada pela exportação de petróleo. Isso explica o fato de ser apoiado por 75% da população venezuelana. Sem dúvida, é o que de fato parece preocupar a Folha." Thomaz Ferreira Jensen (São Paulo, SP) Moda "Senti-me lesado com a nota "Tem de tudo...", publicada na coluna da Mônica Bergamo (Ilustrada) em 10/6. Além de invasão de privacidade, não entendi qual o motivo de a colunista prejudicar uma pessoa sem que a conheça. Ficou clara a intenção -pelo tamanho da nota e pela publicação dos meus dados pessoais. Trabalhei, sim, como produtor free-lance na TV Globo -a última novela que fiz foi "Senhora do Destino". Em momento nenhum me apresentei como figurinista de "Belíssima". Meu único erro foi o logotipo, mas não tive intenção nenhuma de falsificar nada. Nunca tive problemas de produção com ninguém e, por isso, tive o apoio de muitas pessoas importantes que produzem comigo e conhecem meu trabalho." Jairo Ribeiro (São Paulo, SP) Texto Anterior: Carlos Zarattini: Nada se faz pelo bilhete único Próximo Texto: Erramos Índice |
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