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Instituinte
"Marina Silva está coberta de razão (Opinião, ontem).
Instituinte já!"
JOSÉ SECUNDINO DA FONSECA (Porto Alegre, RS)
Goffredo
"O artigo de Celso Lafer ("Professor Goffredo", Brasil, ontem) foi a
melhor homenagem prestada à memória do grande mestre.
Suas aulas nas Arcadas eram finalizadas sempre por uma salva de
palmas dos alunos -"Eram proferidas por um ser humano de rara elegância e perfeita civilidade. Tinham
o lastro da exemplaridade de sua
constante preocupação com a conduta ética".
O autor da "Carta aos Brasileiros",
com seu patriotismo, sua paixão
pela ética e sua capacidade de mobilização da opinião pública para as
grandes causas, mais do que um
grande homem, foi uma instituição
viva que "velou pela formação de incontáveis gerações de alunos", como registrou Lafer."
GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI (São Paulo, SP)
"Em viagem pela Itália, soube da
morte do professor Goffredo da Silva Telles Júnior.
Emocionado, lembrei-me de
mais de 50 anos de convivência,
desde quando assistia às suas aulas.
Ele continuou a ser o meu grande
educador em direitos humanos e
democracia. Fui um dos que o incitaram a escrever a "Carta aos Brasileiros", que constituiu um marco no
processo de redemocratização de
nosso país.
Sinto-me hoje como discípulo
muito fiel de um mestre muito
amado, cujas lições permanecem."
JOSÉ CARLOS DIAS , advogado (São Paulo, SP)
Bolsa Ditadura
"Elio Gaspari foi de uma felicidade ímpar ao escrever sua coluna
sobre a "Bolsa Ditadura" (Brasil,
28/6). Estimada em R$ 6,5 bilhões,
a gentileza é a metade do que a Alemanha pagou a Israel por danos infinitamente superiores, moral e
materialmente, a um número de
pessoas milhares de vezes maior.
Gaspari comparou o valor da remuneração mensal de que goza
Luiz Inácio da Silva -R$ 5.000-
aos valores pagos e não pagos aos
que realmente sofreram danos mas
não recorreram a serviços de certo
grupo de lobistas do terror.
O artigo só não é perfeito porque
não detalha os valores pagos a alguns profissionais da imprensa por
suas participações em grupos de
oposição armada contra a ditadura
militar -esta armada também de
legislação de exceção."
EDUARDO MUZZOLON (Cascavel, PR)
USP
"O texto de Maria Fidelia de Lima
Navarro sobre a representatividade
do Conselho Universitário ("Tendências/Debates", ontem) é interessante para entender uma das questões centrais da atual discussão sobre a USP: a sua dimensão pública.
Na medida em que caracteriza a
USP unicamente pela "formação de
recursos humanos de alto nível" e
pelas suas "pesquisas inovadoras", a
professora, mesmo sem querê-lo,
reduz o caráter formador e público
da universidade a uma dimensão
informadora e privada.
Quando o universitário é reduzido a "recursos humanos", o "respeito
à legislação vigente" corre prioritariamente pela anuência às leis do
mercado. Defender tal posição é
também fechar os olhos para a crise
econômica pela qual passamos."
VICTOR SANTOS VIGNERON DE LA JOUSELANDIÈRE
(São Paulo, SP)
Sarney
"Sobre o quadro "Sarney na mira",
publicado ontem (Brasil, pág. A4),
quero prestar os seguintes esclarecimentos.
1. "Crédito consignado': a autorização para o HSBC operar com crédito consignado no Senado Federal
é de 2005, quando eu não exercia
nenhuma função na direção da Casa. Quando assumi, em fevereiro,
essa autorização não mais funcionou. O meu neto nunca teve contrato ou autorização dada pelo Senado. Sua relação era exclusivamente com o HSBC;
2. "Afilhados políticos': o doutor
Jorge Nova da Costa, meu assessor,
é ex-governador do Amapá, com
uma longa carreira no serviço público e especialista em assuntos
agrários;
3. "Fundação': o senhor Raimundo Nonato Quintiliano é funcionário do gabinete do senador Lobão e
apenas presta serviço voluntário na
Escola de Música do Bom Menino,
entidade filantrópica que atende a
cerca de 700 meninos pobres que
recebem instrução e três refeições
diárias e há 12 anos realiza grande
obra social;
4. "Apartamentos': a servente de
meu gabinete, Valéria Carvalho
Freire dos Santos, é viúva de um
antigo vigia do bloco do Senado,
que foi assassinado barbaramente
-e ela ficou alojada provisoriamente nas dependências da portaria, e não em apartamento reservado a senadores. Assim foi feito por
motivo humanitário, enquanto não
encontrava residência. O ex-senador Bello Parga, em estado de saúde
extremamente grave (de que infelizmente veio a morrer) ocupou seu
apartamento depois de terminado
o mandato enquanto aguardava
condições para voltar a São Luís;
5. "Biblioteca': pesquisadores trabalham na organização de meu arquivo e fazem pesquisas importantes para minhas tarefas;
6. "Secreta': o funcionário
Amaury de Jesus Machado trabalha no Senado há 20 anos e nunca
esteve lotado em meu gabinete;
7. "Neto': não tive nenhuma ingerência para sua contratação ou exoneração do gabinete do senador Cafeteira nem para que o ato de sua
exoneração não fosse publicado;
8. "Sobrinhas': pedi que uma sobrinha de minha mulher, Vera Macieira Borges, fosse requisitada por
Delcídio Amaral ao Ministério da
Agricultura para trabalhar em seu
gabinete em 2005, antes da súmula
sobre nepotismo do STF. Não tive
outra sobrinha lotada no gabinete
da senadora Roseana Sarney.
9. "Genro': não tive nenhuma ingerência ou conhecimento anterior
da contratação de parente de meu
genro para cargo na liderança do
governo no Congresso; Isabella
Murad Cabral Alves dos Santos foi
funcionária do gabinete do senador
Cafeteira -foi exonerada, e recomendei ao senador a cobrança dos
valores pagos indevidamente:
10. "Irmão e cunhada': meu irmão, Ivan Sarney, membro do Diretório Regional do PMDB, prestou
serviços de 2005 a 2007 no gabinete do então senador João Alberto,
presidente do diretório, e nenhuma
ingerência tive nesse fato; nunca tive cunhada em meu gabinete;
11. "Auxílio-moradia': trata-se de
vantagem concedida nas normas da
Casa aos senadores, e só a recebi
por oito meses, sem solicitá-la.
Assim, as ilações e vinculações
que misturam meu nome a esses
atos correm por conta dos informantes do jornal, e não por qualquer ato direto meu."
JOSÉ SARNEY (Brasília, DF)
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