São Paulo, terça-feira, 30 de junho de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Instituinte
"Marina Silva está coberta de razão (Opinião, ontem). Instituinte já!"
JOSÉ SECUNDINO DA FONSECA (Porto Alegre, RS)

Goffredo
"O artigo de Celso Lafer ("Professor Goffredo", Brasil, ontem) foi a melhor homenagem prestada à memória do grande mestre.
Suas aulas nas Arcadas eram finalizadas sempre por uma salva de palmas dos alunos -"Eram proferidas por um ser humano de rara elegância e perfeita civilidade. Tinham o lastro da exemplaridade de sua constante preocupação com a conduta ética".
O autor da "Carta aos Brasileiros", com seu patriotismo, sua paixão pela ética e sua capacidade de mobilização da opinião pública para as grandes causas, mais do que um grande homem, foi uma instituição viva que "velou pela formação de incontáveis gerações de alunos", como registrou Lafer."
GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI (São Paulo, SP)

 

"Em viagem pela Itália, soube da morte do professor Goffredo da Silva Telles Júnior.
Emocionado, lembrei-me de mais de 50 anos de convivência, desde quando assistia às suas aulas.
Ele continuou a ser o meu grande educador em direitos humanos e democracia. Fui um dos que o incitaram a escrever a "Carta aos Brasileiros", que constituiu um marco no processo de redemocratização de nosso país.
Sinto-me hoje como discípulo muito fiel de um mestre muito amado, cujas lições permanecem."
JOSÉ CARLOS DIAS , advogado (São Paulo, SP)

Bolsa Ditadura
"Elio Gaspari foi de uma felicidade ímpar ao escrever sua coluna sobre a "Bolsa Ditadura" (Brasil, 28/6). Estimada em R$ 6,5 bilhões, a gentileza é a metade do que a Alemanha pagou a Israel por danos infinitamente superiores, moral e materialmente, a um número de pessoas milhares de vezes maior.
Gaspari comparou o valor da remuneração mensal de que goza Luiz Inácio da Silva -R$ 5.000- aos valores pagos e não pagos aos que realmente sofreram danos mas não recorreram a serviços de certo grupo de lobistas do terror.
O artigo só não é perfeito porque não detalha os valores pagos a alguns profissionais da imprensa por suas participações em grupos de oposição armada contra a ditadura militar -esta armada também de legislação de exceção."
EDUARDO MUZZOLON (Cascavel, PR)

USP
"O texto de Maria Fidelia de Lima Navarro sobre a representatividade do Conselho Universitário ("Tendências/Debates", ontem) é interessante para entender uma das questões centrais da atual discussão sobre a USP: a sua dimensão pública.
Na medida em que caracteriza a USP unicamente pela "formação de recursos humanos de alto nível" e pelas suas "pesquisas inovadoras", a professora, mesmo sem querê-lo, reduz o caráter formador e público da universidade a uma dimensão informadora e privada.
Quando o universitário é reduzido a "recursos humanos", o "respeito à legislação vigente" corre prioritariamente pela anuência às leis do mercado. Defender tal posição é também fechar os olhos para a crise econômica pela qual passamos."
VICTOR SANTOS VIGNERON DE LA JOUSELANDIÈRE (São Paulo, SP)

Sarney
"Sobre o quadro "Sarney na mira", publicado ontem (Brasil, pág. A4), quero prestar os seguintes esclarecimentos.
1. "Crédito consignado': a autorização para o HSBC operar com crédito consignado no Senado Federal é de 2005, quando eu não exercia nenhuma função na direção da Casa. Quando assumi, em fevereiro, essa autorização não mais funcionou. O meu neto nunca teve contrato ou autorização dada pelo Senado. Sua relação era exclusivamente com o HSBC;
2. "Afilhados políticos': o doutor Jorge Nova da Costa, meu assessor, é ex-governador do Amapá, com uma longa carreira no serviço público e especialista em assuntos agrários;
3. "Fundação': o senhor Raimundo Nonato Quintiliano é funcionário do gabinete do senador Lobão e apenas presta serviço voluntário na Escola de Música do Bom Menino, entidade filantrópica que atende a cerca de 700 meninos pobres que recebem instrução e três refeições diárias e há 12 anos realiza grande obra social;
4. "Apartamentos': a servente de meu gabinete, Valéria Carvalho Freire dos Santos, é viúva de um antigo vigia do bloco do Senado, que foi assassinado barbaramente -e ela ficou alojada provisoriamente nas dependências da portaria, e não em apartamento reservado a senadores. Assim foi feito por motivo humanitário, enquanto não encontrava residência. O ex-senador Bello Parga, em estado de saúde extremamente grave (de que infelizmente veio a morrer) ocupou seu apartamento depois de terminado o mandato enquanto aguardava condições para voltar a São Luís;
5. "Biblioteca': pesquisadores trabalham na organização de meu arquivo e fazem pesquisas importantes para minhas tarefas;
6. "Secreta': o funcionário Amaury de Jesus Machado trabalha no Senado há 20 anos e nunca esteve lotado em meu gabinete;
7. "Neto': não tive nenhuma ingerência para sua contratação ou exoneração do gabinete do senador Cafeteira nem para que o ato de sua exoneração não fosse publicado;
8. "Sobrinhas': pedi que uma sobrinha de minha mulher, Vera Macieira Borges, fosse requisitada por Delcídio Amaral ao Ministério da Agricultura para trabalhar em seu gabinete em 2005, antes da súmula sobre nepotismo do STF. Não tive outra sobrinha lotada no gabinete da senadora Roseana Sarney.
9. "Genro': não tive nenhuma ingerência ou conhecimento anterior da contratação de parente de meu genro para cargo na liderança do governo no Congresso; Isabella Murad Cabral Alves dos Santos foi funcionária do gabinete do senador Cafeteira -foi exonerada, e recomendei ao senador a cobrança dos valores pagos indevidamente:
10. "Irmão e cunhada': meu irmão, Ivan Sarney, membro do Diretório Regional do PMDB, prestou serviços de 2005 a 2007 no gabinete do então senador João Alberto, presidente do diretório, e nenhuma ingerência tive nesse fato; nunca tive cunhada em meu gabinete;
11. "Auxílio-moradia': trata-se de vantagem concedida nas normas da Casa aos senadores, e só a recebi por oito meses, sem solicitá-la.
Assim, as ilações e vinculações que misturam meu nome a esses atos correm por conta dos informantes do jornal, e não por qualquer ato direto meu."
JOSÉ SARNEY (Brasília, DF)

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