Eleição
"Sugiro ao TRE que nas próximas eleições suprima os carros de som como meio de propaganda dos candidatos.
Em Guarulhos está havendo um massacre incessante, impiedoso, de som barbaramente alto. Um dos candidatos usa até uma carreta de som Scania.
O juiz eleitoral precisou reunir os representantes dos candidatos e pedir que poupassem proximidades de hospitais, escolas e do Fórum.
Mas restaram, nas casas, recém-nascidos, velhos, doentes... Mas os "aptos e sãos", em todo caso, também têm direito de estarem em paz.
Sugiro a volta dos cartazes, que emporcalham a cidade, mas não nos deixam loucos."
VALDIR SANCHES (Guarulhos, SP)

 

Desanimado
"Que "estado policial" que nada ("O aparato policial hoje está fora do controle", Entrevista da 2ª, ontem). É mais adequado falar em "estado de impunidade"!
Enquanto nosso país vive carcomido pelo crime e pela impunidade, vemos os chefes do Executivo e do Judiciário se reunirem não para discutir mecanismos de combate eficiente a tais problemas (recrudescimento das leis penais, celeridade do processo penal etc.), mas, sim, para combater os "abusos" de autoridades.
É para nos desanimarmos mesmo."
CÉSAR DANILO RIBEIRO DE NOVAIS (São José do Rio Claro, MT)

Parto
"A senhora Adriana Tanese Nogueira ("Médicos x mulheres?", "Tendências/Debates", ontem) afirma que "a maioria dos médicos nunca assistiu a um parto espontâneo e natural".
Gostaria de saber em qual pesquisa ela se baseou para afirmar tal absurdo.
De minha parte, posso dizer que, no terceiro ano da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, começávamos a ter plantões curriculares que se estendiam até o último ano, independentemente da especialidade a que iríamos nos dedicar. Nos referidos plantões, o predomínio absoluto de partos normais fazia com que nós competíssemos para ver quem assistia ao maior número de partos naturais, sempre ao lado de um médico-residente em obstetrícia (R1), este supervisionado por um outro (R2) e este por um terceiro residente, mais experiente (R3).
Todo ato que envolve a vida diretamente deve sempre ser conduzido por um médico, seja o ato fisiológico ou patológico.
O nascimento de um novo ser não pode ser comparado a outras funções fisiológicas, como as funções excretórias, a respiração etc."
CLOVIS RAMALHO MACIEL , neurocirurgião (Sete Lagoas, MG)

Lúgubre penitenciária
"Nem o escarcéu da prostituição infantil nas barbas do Ministério da Justiça, nem os tiroteios nas entrequadras, nem a derrocada do mercado financeiro internacional têm afetado a alta rotatividade dominical no zôo desta cidade.
As filas de automóveis são indescritíveis. Que pensarão de nós as onças e os outros animais?
Crianças e hipopótamos, donzelas e girafas, senhores e chimpanzés se observam mutuamente.
Cada uma dessas grades, jaulas e cercas é um signo cruel de nossa desonestidade e de nossa tirania para com as outras espécies.
Já que se tem falado tanto em "ética" e muito mais ainda em "bioética", por que não se pensa num sursis ou pelo menos num habeas corpus para essa fauna?
Por que a Câmara, com seus duvidosos poderes, ainda não previu a clausura definitiva dessa lúgubre penitenciária?"
EZIO FLAVIO BAZZO (Brasília, DF)

Malária
"Em relação à carta do professor Mauricio Martins Rodrigues ("Painel do Leitor", 24/9), o Ministério da Saúde esclarece que tem colhido bons resultados nas ações de prevenção da malária.
Os avanços se refletem na redução da incidência parasitária anual (IPA) na Amazônia Legal, responsável por 97% das notificações de malária no país e que hoje conta com 3.290 laboratórios para diagnóstico e 41.046 agentes de saúde para o controle da endemia.
De 1999 a 2006, a IPA na região caiu de 31,9 por mil habitantes para 18,6 por mil, uma redução de 41,7%.
No mesmo período, a mortalidade passou de 3 óbitos por 10 mil casos para 1 caso por 10 mil, ou 66,7%. As internações, caíram de 21.166 para 6.736 -queda de 68,2%-, gerando uma economia de R$ 6,7 milhões para o SUS.
De 1999 a 2007, o número de municípios de alto risco caiu de 160 para 79 -redução de 50,6%. De janeiro a julho de 2008, foram registrados 179.012 casos de malária contra os 275.151 do mesmo período de 2007, uma redução de 34,9%."
PRISCILA LAMBERT , assessora de imprensa do Ministério da Saúde (Brasília, DF)

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