São Paulo, terça-feira, 30 de novembro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Guerra ao tráfico
Por que as autoridades não aproveitam o espetáculo com as potentes câmeras de TV e, na frente de todos, queimam toda a droga apreendida e destroem as armas? Não seria mais sensato do que deixar em algum quartel, com o risco de sumiços folclóricos, como acontece no Brasil?
O que vai acontecer nas outras comunidades dominadas pela criminalidade?
Eternamente o Rio viverá de operações fabulosas ou haverá alguma estabilidade do poder público sobre o crime?
MAURICIO VILLELA (São Paulo, SP)

 

Nota-se, nos editoriais e nas colunas da página A2 da Folha, certa desconfiança -para não dizer certo desdém- em relação aos recentes êxitos da polícia carioca e das Forças Armadas nos morros do Rio de Janeiro.
Argumenta-se que se trata de operações para consumo da mídia, para inglês ver, perigosas porque envolvem o Exército etc.
Pergunto-me se não haveria certa inveja em tudo isso, se a brilhante estratégia de atacar a Vila Cruzeiro, deixar uma rota de fuga aos traficantes (no intuito de evitar um banho de sangue) e completar a cilada cercando o Complexo do Alemão não terá sido dolorosa demais para quem defende um governo paulista que não consegue limpar nem ao menos a Cracolândia.
FABRIZIO WROLLI (São Paulo, SP)

 

Nelson de Sá diz que a cobertura da operação policial nas favelas da Penha se fundiu "ao próprio Estado", em "engajamento semelhante ao da Fox News no Iraque" ("Nas TVs, tom de engajamento e retórica sobre "refundação'", Cotidiano, ontem). Diz também que a nossa repórter "chegou ao Alemão ao lado da polícia".
A primeira afirmação é fruto de uma confusão conceitual de causar constrangimento. A segunda é desinformação.
O Iraque, uma nação soberana, sofreu uma invasão de uma potência estrangeira em busca de armas que jamais apareceram, o que, para a maior parte dos analistas, foi um erro do governo dos EUA ao qual a imprensa americana aderiu acriticamente. Não sei que paralelo pode haver com a operação policial do fim de semana.
Talvez Nelson de Sá seja o único brasileiro a duvidar de que ali havia bandidos que impunham leis próprias a uma comunidade feita refém, levando terror a toda a cidade. E, por isso, fale em engajamento.
Não, o que a Globo fez foi cobrir uma operação policial feita dentro dos marcos legais, tornando-a transparente aos olhos da população, que pôde assim julgar como agia a sua polícia: se dentro do que se espera de uma sociedade civilizada, combatendo os bandidos, mas tendo como prioridade a vida dos moradores, ou se cometeria excessos.
Já Bette Lucchese foi, de fato, a primeira repórter a chegar ao alto do Alemão. Não "ao lado da polícia", mas após a ocupação. Chegou ali por meios próprios, seguindo regras de segurança que aprendeu em curso com instrutores internacionais. Merece elogios, não insinuações.
ALI KAMEL, diretor da Central Globo de Jornalismo (Rio de Janeiro, RJ)

Juízes e professores
Li que a Associação dos Juízes Federais avisa que os integrantes farão greve caso não recebam reajuste de 14,69% em 2011.
Existem juízes porque existem professores. Sugiro que a imprensa realize estudo sério e publique os salários e benefícios dos juízes e dos professores. E depois que o Datafolha faça uma pesquisa com a população sobre o que acham da questão.
Se os juízes permanecerem em greve por um ano e, como consequência, ficarem sem receber o salário, sugiro que o recurso vá para a educação. Talvez ajude a melhorar a educação e o país, e então precisaremos de menos juízes. Algumas perguntas: o cargo de juiz federal é função típica do Estado? Os juízes podem fazer greve? Que juízes julgarão uma greve dessa natureza?
DARCI SCAVONE (São Paulo, SP)

Educação
Cumprimento a Folha pelo editorial "Educação precária" (28/11), que analisa com clareza a situação atual da rede estadual de ensino. Estamos plenamente de acordo com o texto quando diz que "melhor seria ampliar os concursos e prover as escolas de um corpo de professores permanente, bem remunerado e motivado".
É isso o que temos reivindicado com insistência.
Realizamos uma greve no primeiro semestre por melhorias na rede estadual, mas não fomos ouvidos e sofremos repressão.
MARIA IZABEL AZEVEDO NORONHA presidente da Apeoesp -Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (São Paulo, SP)

Inflação
Entendi bem ou o ministro Mantega virou piadista ao falar em tirar alimentos e combustíveis do cálculo da inflação?
Assim até eu, que nada entendo de economia, conseguiria diminuir os juros e zerar a inflação.
Que felicidade para os dois setores, que poderão superfaturar seus produtos e sufocar os consumidores (nós) sem que o governo nada sinta ou faça contra.
MARIA EULÁLIA MEIRELLES BUZAGLO (São Paulo, SP)

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