São Paulo, quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Alta traição
"O Brasil está em guerra. Estamos em guerra contra a fome, a insegurança, a desigualdade social, o analfabetismo e a péssima saúde. Portanto, políticos que desviam verbas que seriam destinadas a essas áreas devem ser considerados desertores de seu país, e não simplesmente meros "quebradores de ética" ou do "decoro parlamentar". Na verdade, um político corrupto é um assassino, não um "simples ladrão". Por culpa de seus desvios do dinheiro público, milhares de pessoas morrem em filas de hospitais e devido à insegurança galopante nas grandes cidades e milhões de analfabetos continuarão sem instrução adequada, proporcionando maior facilidade ao crime organizado, ao tráfico de drogas...
O político corrupto é um desertor da nossa tão dura e sangrenta guerra em busca de um aceitável índice de desenvolvimento humano. Portanto, sem fórum privilegiado, deveriam ser julgados por um tribunal militar. E a acusação mínima deveria ser "alta traição"."
NEVILLE LYON (Alvorada, RS)

Viver
"Gostei muito do artigo "O direito de viver e de morrer" ("Tendências/Debates", 26/12). Nele, o doutor Carlos Vital Lima abordou com maestria esse tema tão polêmico.
A resolução 1.805/06 do Conselho Federal de Medicina foi revogada pelo Ministério Público Federal. Essa resolução dizia, em síntese: "Na fase terminal de enfermidades graves e incuráveis, é permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente, garantindo-lhe os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofrimento, na perspectiva de uma assistência integral, respeitada a vontade do paciente ou de seu representante legal".
É triste saber que essa resolução está revogada. Ela foi um tímido avanço na tentativa de legitimar a decisão médica de dar dignidade ao paciente na hora da sua morte. Enquanto não houver uma legislação definida, muitos médicos que poderiam tratar melhor um paciente moribundo não o farão, com medo de serem processados judicialmente por familiares dos pacientes. Assim, é comum vermos nos hospitais ressuscitações cardiopulmonares em pacientes sem real expectativa de vida e pacientes ficarem horas desnecessárias em respiradores das unidades de tratamento intensivo."
RODRIGO TAVARES CORRÊA, médico anestesiologista, membro da Comissão de Ética do Hospital Padre Albino (Catanduva, SP)

São Paulo
"Entristece-me o rancor exalado por leitores que são contra o governo e o Estado de São Paulo, atribuindo etiquetas para tudo o que é bem feito no nosso Estado.
Somos uma ilha de eficiência no país graças ao perfil empreendedor do cidadão paulista e paulistano. Nossa cultura não é perdulária nem estatal. Aqui se trabalha muito e, graças a este governo e aos anteriores, muito foi feito para o bem-estar do cidadão que vive aqui, venha ele de onde vier.
Na área fiscal, o rigor e a inovação atendem a reivindicações das entidades de classe, que são ouvidas pelo governo. Na educação, é concreta a inovação e já se percebe a mudança para melhor.
O sistema de saúde é o melhor do país, com tendência a melhorar, devido aos investimentos nas esferas estadual e municipais. As rodovias são de Primeiro Mundo, e os pedágios são caros porque os impostos ainda são sonegados em larga escala por empresários que seguramente reclamam deles. Hoje, nós que trabalhamos honestamente, pagamos duas vezes pelo conforto que temos em São Paulo. A culpa é da sonegação e da corrupção.
GILBERTO ANTONIO JORGE (Ribeirão Preto, SP)

MST
"O editorial "Reforma imaginária" (Opinião, 27/12) é categórico no posicionamento do jornal em relação ao MST.
A maioria da população é contrária às atitudes do movimento, mas considera importante a reforma agrária. O simples fato de o MST manter a reforma agrária na pauta durante décadas já justifica a sua importância e a sua existência.
Ao institucionalizar-se, como desejam seus detratores, o movimento será inserido num sistema que lhe é antípoda em todas as suas premissas políticas e econômicas e, com certeza, desaparecerá."
CASSIANO BARBOSA (Marabá, PA)

Escuro e vazio
"O senhor Ulisses Gomes ("Painel do Leitor", ontem) expôs a sua opinião, fazendo uma crítica ao colunista Luiz Felipe Pondé e ao texto "O romantismo idiota de Avatar".
É evidente que cada um tem a sua opinião sobre o que a própria ideia do filme pode representar. Uma crítica pode ser considerada pertinente se se parte do princípio de que é uma opinião pessoal, mas, deixando de lado esse relativismo moderno, cabe dizer que concordo com a crítica do colunista aos "revolucionários românticos que buscam recuperar os valores pré-modernos". Essa teoria rasa e mastigada que Hollywood nos tem passado nos últimos anos da "mãe natureza que só quer nosso bem" é o recanto ao qual os idiotas apelam em sua busca pelo sentido da existência.
A natureza é cruel e não favorece ninguém, sendo que só o mais apto (que quase sempre é o mais forte) sobrevive. A frustração que o capitalismo impõe à nossa vida moderna nos leva a tentar achar sentido em bobagens como essa. Buscamos encontrar alguma bondade no universo, que é escuro, cruel e vazio."
VICTOR LEITE DE OLIVEIRA (São Paulo SP)

Juros
"O Banco Central divulgou que os juros ao consumidor no mês de novembro atingiram o menor patamar em 15 anos. Isto é, a módica taxa de 43% ao ano. As pessoas são estimuladas a comprar (a oferta de crédito é de R$1,389 trilhão), mas não sabem que os bancos, através das empresas de comércio, cobram juros altíssimos embutidos no preço. Compra-se, por exemplo, uma geladeira de ferro, plástico etc. e paga-se mais duas ou três de papel."
ALBERTO BASTOS CARDOSO DE CARVALHO (São Paulo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: João Carlos Gonçalves Ribeiro, presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais do Planejamento -Conseplan (Porto Velho, RO); Camilo Cavalcante e Isabel Amorim, "The New York Times" (São Paulo, SP); Fenaj - Federação Nacional dos Jornalistas (Brasília, DF); Africa Publicidade (São Paulo, SP); Fecomercio -Federação do Comércio do Estado de São Paulo (São Paulo, SP); Cipolatti (Taboão da Serra, SP).

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