|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Semana da família
LUCIANO MENDES DE ALMEIDA
O mês de agosto tem oferecido às comunidades, a cada ano, a ocasião de
refletir sobre as diversas vocações na
vida cristã. É, assim, um período em
que muitos jovens são auxiliados a
perceber o apelo de Deus e a escolher
o caminho para realizar-se como pessoa humana e assumir a sua missão na
Igreja e na sociedade.
Além da profissão, muito importa a
opção pelo estado de vida. Em nossos
dias, Deus continua chamando jovens
à vocação sacerdotal e religiosa.
É dentro desse período de discernimento espiritual que se celebra a Semana da Família (8 a 14 de agosto).
Hoje, mais do que noutras épocas, é
preciso dar à família o valor que merece, seja colaborando na formação dos
noivos, seja garantindo as condições
espirituais e materiais para desenvolvimento da vida conjugal e familiar.
Compreendemos que a doação conjugal, elevada ao nível de sacramento,
requer uma adequada preparação que
capacite os noivos a superar as dificuldades e a crescer no amor, vencendo
as muitas influências negativas de
uma sociedade que parece não mais
acreditar na verdade do casamento e
da família.
Para os cristãos, a vida conjugal é caminho de santificação, num aperfeiçoamento da vivência do amor, do
acolhimento da vida, na correção das
próprias deficiências e no constante
exercício de fazer o outro feliz, estendendo essa experiência para toda a família.
Diante de uma legislação civil que
admite o divórcio e desconhece a estabilidade do lar, cabe aos cristãos testemunhar a força do amor, da doação
recíproca e do esforço cotidiano para
fortalecer a própria vida conjugal e familiar.
Nesta semana em que promovemos
a família, é necessário reconhecer
exemplos de dedicação, de generosidade dos que, confiantes em Deus e no
mútuo apoio, conseguem enfrentar os
desafios e dar provas de fidelidade,
compreensão e concórdia.
Ao pensarmos na promoção da vida
conjugal, torna-se urgente unir esforços para assegurar uma política de
emprego, de habitação e auxílio para a
educação dos filhos. Aqui fica também um apelo para a qualidade dos
programas televisivos, evitando a violência e desmandos de ordem moral
que tanto afetam a família.
Nesse tempo em que pedimos a
Deus pelo fortalecimento da vida familiar, não nos esqueçamos das crianças, adolescentes e idosos que carecem de um lar.
Quando o desemprego atinge tantas
pessoas e a pobreza assume proporções dramáticas, precisamos todos organizar as comunidades e os movimentos populares para encontrar soluções rápidas para alimentação, remédios e gastos indispensáveis à família como água, gás e luz.
A pastoral familiar procura levar
conforto aos migrantes, refugiados e
aos grupos cada vez maiores de pessoas que sobrevivem na rua. Perseverem as comunidades no atendimento
aos presos e às suas famílias, empenhando-se por condições mais humanas nas delegacias e presídios.
Deus há de abençoar aqueles que sabem se unir e abrir o coração às necessidades de seus irmãos.
D. Luciano Mendes de Almeida escreve aos sábados nesta coluna.
Texto Anterior: Rio de Janeiro - Carlos Heitor Cony: Momento de verdade Próximo Texto: Frases
Índice
|