São Paulo, terça-feira, 31 de agosto de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Eleições
Eu sou a favor da proibição de fazer humor com candidatos, portanto, a favor da proibição imediata do horário político.
HELGA SZMUK (Florianópolis, SC)

 

Se, na avaliação do PSDB, o presidente Fernando Henrique foi melhor que o presidente Lula, qual é o motivo de o candidato José Serra não agregar o nome de Fernando Henrique à sua campanha, como faz a senhora Dilma em relação ao nome de Lula?
APARECIDO BURIAN CELARINO (Bariri, SP)

 

Para atacar a oposição, os dilmistas dizem que também houve escândalos no governo FHC. Assim, praticam o que é chamado de "todomundofazismo". Mas o PT, que criticou a intenção de FHC de se candidatar à reeleição, ficou calado quando Lula foi candidato à reeleição.
MARCELO CIOTI (Atibaia, SP)

 

José Serra não deveria ter dito que Dilma sentou na cadeira da Presidência ("Dilma senta na cadeira antes da hora, afirma Serra", Poder, ontem).
Fez com que a gente se lembrasse do episódio em que Fernando Henrique sentou, de fato, na cadeira de prefeito de São Paulo antes do final da eleição -que acabou perdendo.
Não se fala em corda em casa de enforcado.
JOSÉ PAULO FERRER (São Paulo, SP)

 

Parabenizo a repórter Érica Fraga pela entrevista com o economista venezuelano Ricardo Hausmann ("Sucessor não terá a mesma sorte de Lula, diz economista", Entrevista da 2ª, ontem).
Será que em breve estaremos lamentando as injustiças cometidas pelo PT -e até mesmo a omissão do PSDB- em relação ao governo de Fernando Henrique Cardoso?
REINALDO CAMMAROSANO (Santos, SP)

 

O decreto estadual 54.240, assinado em 2009 pelo então governador José Serra, permite a violação do sigilo de dados e informações sobre operações bancárias e financeiras das empresas. Basta uma requisição administrativa, sem prévia autorização judicial. Agora, dirigentes do PSDB provam do mesmo veneno com o vazamento de dados fiscais sigilosos de tucanos.
Que sirva de lição. E que o governo do Estado desista dessa ideia maluca de dar aos agentes do Fisco estadual poderes de devassa fiscal contra os contribuintes, o que viola inclusive direitos constitucionais.
LUIZ ALBERTO DE ARAÚJO COSTA , presidente da Associação de Pequenas e Médias Empresas de Construção Civil do Estado (São Paulo, SP)

 

Conforme apurou a Folha, Dilma já foi dona de lojinha de bugigangas, que precisou ser fechada ("Dilma já vendeu bugigangas e "Cavaleiros do Zodíaco" no Sul", Poder, 29/8).
Se ela não conseguiu administrar nem uma loja de cacarecos em 1995, com o sugestivo nome de Pão & Circo, como acreditar que poderá administrar um país?
Parece que "Pão & Circo" é o que o Brasil está querendo. Espero que ela não o leve a falência, como fez com sua lojinha fuleira.
DENISE STORARE FURLAN (Santa Bárbara d'Oeste, SP)

Dorina Nowill
Que maravilha é ter uma brasileira como Dorina Nowill. Este ser especial é que merecia os holofotes da mídia, com a sua fantástica história de superação.
Lutou como ninguém, apesar de sua limitação física, para levar conhecimento aos deficientes visuais e promover a sua inserção social. Deixa um legado que ultrapassa as fronteiras do Brasil e um exemplo a ser seguido pelos nossos políticos, que, em boa parte, são afetados pela cegueira moral e intelectual.
Aquela que tanto lutou pela luz do saber nos deixa na escuridão da saudade.
RONALDO TELLES NUNES MAGALHÃES (São Paulo, SP)

Estádio para a Copa
Disse Andrés Sanchez, sobre o projeto de estádio do Corinthians: "A partir do momento em que eu falei que o Corinthians tinha um projeto muito bom, todo mundo acreditou". "Todo mundo" é o comitê formado pela CBF, pelo governo do Estado e pela prefeitura, que aprovou, sem ter visto, o estádio do time para a abertura da Copa-2014.
Os irresponsáveis por tal decisão são os membros do comitê ou o autoproclamado mentor do projeto, o presidente do clube paulista? Se o senhor Sanchez disse a verdade, quem perde a credibilidade agora? Ele ou os demais membros do comitê?
EDUARDO NUNO FERREIRA DE SOUSA (São Paulo, SP)

Homeopatia
Após a publicação do artigo "Homeopatia e preconceito" ("Tendências/Debates", 27/7), fui procurado pelo jornalista Marcelo Leite, que se disse interessado em "esclarecer o público" sobre as evidências científicas citadas no texto.
Após três horas de conversa, em que procurei esclarecê-lo sobre os aspectos peculiares do modelo homeopático em conformidade com dezenas de publicações científicas, imaginei que a "informação transmitida" poderia dissolver seus "apaixonados preconceitos". Ledo engano!
Na elaboração da reportagem publicada no caderno Ilustríssima de domingo ("A medicina das paixões", 29/8), Marcelo Leite despreza a "extensa bibliografia" abordada em nosso encontro, rebatendo as críticas da falta de evidências da homeopatia com meros posicionamentos filosóficos, transmitindo uma falsa impressão de imparcialidade.
Cito como exemplo a meta-análise do "Lancet" de 2005, principal referência do relatório do Parlamento britânico, e que assumiu posição de destaque na reportagem contra a eficácia da homeopatia, apesar de termos discutido exaustivamente os erros sistemáticos dessa análise, que desrespeitou a "individualização do tratamento homeopático", premissa indispensável à eficácia da homeopatia. Paixão por paixão, venceu a dele!
MARCUS ZULIAN TEIXEIRA , médico homeopata (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO JORNALISTA MARCELO LEITE - A reportagem contém dois parágrafos sobre as críticas metodológicas à meta-análise de 2005, logo após os dois que a descrevem, e cita o próprio doutor Teixeira como fonte ao afirmar que a individualização não é respeitada em testes convencionais de medicamentos que têm por alvo um tratamento único.

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