São Paulo, sexta-feira, 31 de outubro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Leilão de estradas
"Com relação aos deságios oferecidos pelas empresas vencedoras dos cinco lotes de rodovias concedidos à iniciativa privada anteontem (Dinheiro de ontem, pág. B11), é preciso esclarecer que o benefício aos usuários das rodovias foi ainda maior do que o divulgado pelo jornal. Na verdade, o desconto oferecido pelos participantes da licitação na tarifa por quilômetro ficou entre 15,7% e 59,6%, considerando que o teto estabelecido no edital não sofreu o reajuste anual aplicado à tarifa das rodovias paulistas já concedidas. Isso equivale a dizer que todos os lotes já embutiam um desconto, sobre o qual as empresas ofereceram tarifa ainda menor. Trata-se de resultado excepcional, que demonstra a confiança em São Paulo e a capacidade do Estado de atrair investimentos privados."
MAURO ARCE , secretário estadual dos Transportes de São Paulo (São Paulo, SP)

Juros na mesma
"A manutenção, por parte do BC, dos juros celestiais entre nós tem ares de teimosia infantil e vai na contramão de todo o planeta. Com ela, atraímos o capital especulativo, que entra e vai embora sem nada produzir na economia real, e levamos os gastos públicos às nuvens. Aqueles que se beneficiam desse sistema em agonia tentam esconder da opinião pública essa causa maior de nossas dificuldades."
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)

 
"A indústria quer produzir, o comércio quer vender, o brasileiro quer trabalhar e consumir, enfim, os artífices da economia de mercado anseiam por um dinamismo que se contraponha à letargia oriunda de uma recessão que já está "bafejando no cangote do Brasil". Entretanto, parodiando o poeta Carlos Drummond de Andrade, "no meio do caminho tinha um desenxabido Banco Central acompanhado da sua nefasta política de juros indecentes e escorchantes"."
TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO (Belo Horizonte, MG)

Legado de Bush
"John McCain afirmou que é duro carregar o legado de oito anos do governo de George W. Bush. Alto lá! Oito anos é demais. O governo Bush começou a afundar com a invasão do Iraque. E a crise financeira foi a pá de cal. Até a invasão do Afeganistão admitiu-se inicialmente; hoje, tornou-se um fardo. O povo americano teve a chance de mandar Bush para casa em 2004 e vacilou graças ao cabo eleitoral Bin Laden, que renovou o mandato do republicano. Hoje, Obama diz que tem a solução para os problemas da América. Vamos ver."
WALTER DWORAK FILHO (Porto Alegre, RS)

Pós-eleições
"Se fosse cidadão carioca, eu me sentiria envergonhado de ver o meu recém-eleito prefeito, Eduardo Paes, ir correndo com o governador a Brasília para o tradicional beija-mãos -vejo nos jornais que literalmente beijou a mão do deputado federal José Carlos Aleluia. Não é concebível que uma cidade que tem a segunda maior renda per capita entre as cidades brasileiras (a primeira é Brasília, e não São Paulo) tenha que continuar dependente da nação. O que o Rio precisa é de capacidade empresarial que realmente transforme a cidade num centro de negócios, atraindo de volta todas as empresas que a abandonaram a partir da década de 80."
ROBERTO CASTRO (São Paulo, SP)

 
"A primeira providência dos vereadores de quase todo o país, eleitos e reeleitos para o próximo exercício, foi dobrar seus salários. Menos de um mês atrás, era assunto proibido e mantido a sete chaves entre eles. Só falavam em fiscalização, moralização e cortar despesas. Passa a eleição, acaba a farsa, e tudo volta à rotina de décadas, na qual o único interesse é o próprio bolso."
HABIB SAGUIAH NETO (Marataízes, ES)

Receita anticrise
"Lula deve investir no pobre. Os países ricos estão investindo nos banqueiros, grandes empresários e até magnatas (caso da Rússia). Esses recursos eles seguram, fazem caixa e acumulam. O pobre não. Precisa comer, vestir, viajar e morar. É o consumo, e não a produção, que dita a economia, principalmente num momento de crise. Se o presidente aumentar ou dobrar o Bolsa Família e os salários reais, públicos e privados, a crise será amenizada. Exatamente ao contrário do que dita a ideologia neoliberal. A ideologia cega."
ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ)

Greve na polícia
"Os policiais civis que paralisaram seus trabalhos em vários Estados cometeram imperdoável infração funcional. Sem nenhuma pauta de reivindicação e sem nenhuma justificativa razoável, submeteram a população de seus Estados a riscos e a desconfortos irresponsáveis. A polícia não pertence aos policiais, muito menos a suas entidades de classe; a polícia é instituição da sociedade, e cabe ao governo eleito pela população administrá-la para que atenda devidamente suas necessidades. O movimento de policiais civis de São Paulo perdeu a legitimidade de suas reivindicações ao fazer manifestação armada, cometer desordens, desrespeitar a hierarquia funcional e pleitear a exclusão de seus colegas da PM e da Polícia Científica dos reajustes salariais."
JOSÉ VICENTE DA SILVA FILHO, ex-secretário nacional de Segurança Pública (São Paulo, SP)

 
"Em entrevista publicada na Folha (Cotidiano, 28 de outubro), o advogado Oscar Vilhena Vieira, da ONG Conectas, diz que as condições de trabalho das polícias vêm se deteriorando ao longo do tempo. Sendo filho e irmão de delegados e pesquisador do assunto, ele certamente conhece os investimentos feitos nos últimos anos em equipamentos, treinamento e capacitação das polícias, que levaram São Paulo a ter redução significativa nos índices de criminalidade. Se os salários podem melhorar, isso é outra discussão. O problema é quanto o Estado pode pagar."
CELITA SCHERMANN (São Paulo, SP)

 
"A foto estampada na capa da Folha de terça-feira, com aquele policial esbofeteando um trabalhador, é um péssimo exemplo do tipo de policial que temos nas ruas do país."
CÉLIO BORBA (Curitiba, PR)

Beijo gay na USP
"Sou homossexual e estudante de direito em uma universidade particular. O que o casal gay achava que iria acontecer no meio de uma festa hétero após o beijo? Aplausos? E por que querer beijar dentro de uma festa hétero? Para chamar a atenção? Para serem aceitos? Mostrar que podem, que são modernos? Que infantis, que medíocres. Por atitudes como essa é que ainda somos discriminados por héteros. Não adianta querer forçar as pessoas a nos aceitarem: é uma coisa que vem acontecendo aos poucos, de forma natural. Sou contra a violência (se é que ocorreu mesmo na festa) contra as pessoas, mas sou ainda mais contra o beijo homossexual em público."
JUNIOR ARAUJO (Santos, SP)

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