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Tucanos ficam com um terço das emendas em SP

Desde 2007, R$ 181 mi dos R$ 615 mi liberados foram para deputados do PSDB

Folha oferece a partir de hoje na internet um banco de dados para organizar a consulta de indicações de políticos

SILVIO NAVARRO
DE SÃO PAULO

A bancada de deputados estaduais do PSDB, partido que administra o Estado de São Paulo há 16 anos, apadrinhou quase um terço (30%) de todo o montante liberado pelo governo paulista em emendas parlamentares ao Orçamento desde 2007.

No total, os tucanos conseguiram R$ 181 milhões dos

R$ 615 milhões liberados pelo governo, segundo dados divulgados pela Secretaria de Fazenda do Estado.

O período envolve as gestões dos tucanos José Serra, Alberto Goldman e do atual governador Geraldo Alckmin. A liberação das verbas é feita pela Casa Civil do Estado.

Esse montante é similar ao total obtido pelas outras duas bancadas mais bem posicionadas no ranking juntas, a do PT (R$ 105 milhões) e do DEM (R$ 76 milhões).

PSDB e PT têm as maiores bancadas na Assembleia Legislativa nos últimos anos. Os tucanos somam hoje 22 cadeiras, ante 24 do PT. Em 2006, o PSDB elegeu 24, e o PT, 20.

Do total obtido pelo PT,

R$ 12 milhões correspondem a emendas apresentadas em bloco, em nome da bancada, numa manobra para tentar driblar a resistência política do Palácio dos Bandeirantes.

BALANÇO

A Folha.com oferecerá a partir de hoje, para livre consulta, um banco de dados com todas as emendas liberadas pelo governo paulista desde 2007.

O serviço, que organiza de forma simplificada e com fácil acesso os dados brutos divulgados pelo governo, traz os nomes dos deputados responsáveis pelas indicações, seus partidos, os municípios contemplados e quem foram os beneficiados pelas verbas.

Cada um dos 94 deputados estaduais tem um teto informal de R$ 2 milhões ao ano.

O balanço dos repasses anuais mostra, entretanto, que o pagamento das emendas tem aumentado progressivamente desde 2007, atingindo seu auge no ano eleitoral de 2010, com R$ 256 milhões. Tradicionalmente, deputados indicam os recursos a pedido dos prefeitos aliados, para obras, custeio de entidades ou compra de equipamentos em seus redutos.

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