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Com críticas a Dilma, Campos adota discurso de candidato em São Paulo

Governador de Pernambuco discursou em um encontro de prefeitos paulistas em Santos (SP)

Mais cedo, ele apontou falhas na política de desonerações, aposta do Planalto para alavancar a economia

LUIZA BANDEIRA ENVIADA ESPECIAL A SANTOS

Num dia em que lançou críticas ao governo federal desde as primeiras horas da manhã, o governador Eduardo Campos (PSB-PE) surgiu ontem em terras paulistas em clima de campanha.

Recebido por militantes com bandeiras e camisas que exaltavam o "novo" em um encontro de prefeitos paulistas em Santos (SP), o presidente do PSB, cotado para a disputa do Planalto em 2014, fez discurso de forte tom eleitoral.

"Precisamos pensar numa nova agenda porque o mundo está pensando numa nova agenda. A crise que sacudiu os EUA está chegando."

Mais cedo, em Pernambuco, havia apontado falhas na política de desonerações tributárias, aposta do Planalto para estimular a economia.

Campos, que ainda reluta em se declarar candidato, preferiu enfatizar o desempenho tímido da economia no governo Dilma Rousseff.

"Temos clareza que 2014 vamos discutir em 2014. Antes disso vamos ganhar 2013. Porque 2011 foi pior do que 2010, 2012 foi pior do que 2011. E queremos que 2013 seja melhor para que 2014 possa ser melhor ainda, com a vitória do povo", diss e.

Sua presença em Santos teve forte clima de campanha. Na avenida que dá acesso ao local onde ocorreu o evento, dezenas de militantes seguravam bandeiras com o slogan "Eu quero o novo" e o nome de Campos -expressões que deverão ser exploradas pelo PSB na TV neste mês.

Os militantes também usavam adesivos típicos de campanha como o mesmo slogan. Alguns usavam camisetas com os dizeres "Eduardo Campos, o Brasil precisa de você". Faixas assinadas por diretórios locais do PSB saudavam o "futuro presidente".

Ele foi recebido aos gritos de "Brasil, pra frente, Eduardo presidente" e "Um novo caminho para um novo Brasil".

Apesar de o PSB integrar a base de Dilma, Campos vem entrando em embates com o governo federal desde que seu nome surgiu com mais força para a disputa de 2014.

Ontem, seguiu a estratégia de não se colocar como oposição aberta, mas sugerir que é possível fazer mais pelo país. "Está na hora de termos a consciência que o Brasil melhorou muito, mas dentro desse país e da vida de cada pessoa dessa ainda tem mais sonho, mais direitos que esse país ainda não tem conseguido legar à gente brasileira", disse.

Na fala, fez ainda críticas indiretas ao governo federal. Disse que há concentração de receitas na União, mas que áreas estratégicas, como educação, saúde e segurança, estão cada vez mais sob responsabilidade dos municípios.

Mas poupou Dilma ao dizer que isto "não foi decisão de um presidente, nem da presidenta que está aí".

Acompanhado pelo prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), o governador caminhou com a ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina e o presidente do PSB-SP, Márcio França, que defenderam sua candidatura ao Planalto.

Atrás da mesa em que concedeu entrevista após o discurso, uma faixa dizia "Eduardo Campos: Um novo caminho para um novo Brasil". A frase lembra o slogan usado pelo atual prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) nas eleições de 2012 ("Um homem novo para um tempo novo").

Ao falar sobre o clima de campanha, Campos disse que o PSB não precisa pedir licença para disputar eleições.

"Nunca fomos nem vamos ser sublegenda de ninguém. Não precisamos pedir licença a outra agremiação. [...] Vamos deixar para 2014. Quando vamos para a disputa, nós vamos para a disputa, não tem problema nenhum."


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