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Feliciano ganha apoio de partidos e afirma que fica em comissão

Deputado disse que só deixaria cargo se petistas condenados no mensalão saíssem da CCJ

Político do PSC pede voto de confiança; presidente da Câmara diz que está 'no limite' e não pode ser 'ditador'

DE BRASÍLIA

Depois de ganhar o apoio de vários partidos, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) disse que fica na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

Na reunião de líderes das bancadas, ele ironizou apelos por sua renúncia e disse que só deixa o cargo caso os deputados José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP) saíssem da Comissão de Constituição e Justiça.

Os dois petistas foram condenados no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foram indicados pelo PT para a CCJ, principal comissão da Casa.

Segundo o líder do PT, José Guimarães (CE), irmão de Genoino, "foi uma reunião muito mais para ouvir desaforos do que para buscar uma saída para esse impasse".

Eleito há mais de um mês, Feliciano enfrenta protestos de movimentos sociais que o acusam de racismo e homofobia. Pelo regimento, ele não pode ser destituído.

Blindado pelo PSC e por evangélicos, o pastor foi defendido na reunião por líderes do PTB, PR, PRB e PMDB. Para esses partidos, forçar a saída sem previsão legal seria abrir precedente perigoso.

Em reunião dos líderes de bancada no final de março, apenas o PR e o PMDB haviam se recusado a assinar nota contra Feliciano.

VOTO DE CONFIANÇA

A cobrança para a saída do deputado partiu de PT, PPS, PSOL, PDT e PC do B, alinhados com o presidente da Casa, Henrique Alves (PMDB-RN). O PSD não se manifestou.

O PSDB decidiu não participar do encontro sob o argumento de que não havia mais nada a ser feito.

Na reunião, segundo relatos, o pastor disse que é perseguido por sua religião. Tentou minimizar suas falas polêmicas -como a de que a comissão era dominada por Satanás antes de sua chegada.

Ele ainda pediu um voto de confiança. No fim da reunião, Feliciano disse que conquistou apoio para continuar no cargo. "A maioria dos líderes foi a favor da minha permanência; me deem uma chance de trabalhar", afirmou.

Diante do impasse, Alves exigiu que ele revogasse a proibição de o público acompanhar as reuniões da comissão. Ficou acertado que ele poderá fechar os encontros se houver tumulto.

Ontem, Alves disse que não há mais nada a fazer. Ele disse que está no seu "limite" e que não pode ser um "ditador" e impor sua vontade.

No final da tarde, Feliciano recebeu uma moção de apoio por parte de colegas da Assembleia de Deus, cuja maior entidade realiza encontro em Brasília nesta semana para eleger sua diretoria.


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