Crédito teve o menor crescimento em 18 meses

Foram as empresas, e não os consumidores, que mais contribuíram para a desaceleração no crédito em outubro, segundo dados do Banco Central.

A liberação de empréstimos para pessoa jurídica caiu 4,5% no mês passado. Já os financiamentos para o consumo aumentaram 1,4%.

No somatório, a dívida total de empresas e consumidores cresceu 18,4% na comparação anual, a menor expansão em 18 meses.

Segundo analistas, os números mostram que muitas empresas adiaram investimentos. Também houve redução na oferta de recursos, por conta da crise financeira.

No consumo, o crescimento ocorreu principalmente nas linhas mais caras de financiamento, como cheque especial e cartão de crédito, o que ajudou a aumentar a inadimplência.

A tendência para os próximos meses, segundo economistas, é de melhora no crédito às famílias por conta das medidas recentes do governo para reduzir os juros e facilitar o acesso a linhas com taxas menores.

Já as empresas devem continuar cautelosas em relação a novas dívidas. Elas podem ter mais dificuldade para conseguir recursos tanto nos bancos como nos mercados de capitais.