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Odebrecht critica relação do governo com o Congresso
Planalto peca no processo de gestão na questão dos portos, afirma empresário
O presidente do conselho de administração da Organização Odebrecht, Emílio Odebrecht, criticou a relação do governo com o Congresso e a dificuldade em aprovar a medida provisória dos portos.
"Não só as lideranças políticas como as lideranças empresariais, todos os que têm responsabilidade com o futuro do país, têm que fazer um diagnóstico do que está existindo para realmente melhorar essa relação entre o Executivo e o Congresso para que as coisas possam ter outra fluência", afirmou.
"Essa é uma iniciativa correta do governo para incentivar os investimentos nessa área", afirmou, criticando as alterações propostas com as emendas parlamentares.
Para ele, "a intenção do governo é a melhor possível, mas está pecando no processo de gestão, de fazer as coisas acontecerem, no como fazer. Esse é o problema".
A Odebrecht tem um dos maiores terminais privados de contêineres do país, o Embraport, no litoral paulista.
INFRAESTRUTURA
Os empresários temiam perdas com a possibilidade de voltarem a valer a Lei dos Portos e o decreto 6.620, que exige dos terminais privados carga própria para a prestação de serviços a terceiros.
Odebrecht criticou ainda a taxa de lucro prevista em projetos oferecidos ao setor privado, que inibe os investimentos em infraestrutura.
"Qualquer coisa abaixo de 10% ao ano vai encontrar dificuldade no mercado", disse. "Hoje ninguém tem condições de suportar um investimento desses no seu balanço, porque você compromete todo o seu crédito futuro."