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Da tribuna da Câmara, deputado questiona a opção sexual de Dilma

'Se gosta de homossexual, assuma', disse Bolsonaro; para PT, houve quebra de decoro

DE BRASÍLIA

Conhecido por suas declarações polêmicas, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) questionou ontem a orientação sexual da presidente Dilma Rousseff.

Ao protestar contra o chamado "kit anti-homofobia", material que seria distribuído em escolas para combater o preconceito contra homossexuais, o deputado disse que Dilma deveria assumir "que o negócio" dela é "amor com homossexual".

"O 'kit gay' não foi sepultado ainda. Dilma Rousseff, pare de mentir! Se gosta de homossexual, assuma! Se o seu negócio é amor com homossexual, assuma, mas não deixe que essa covardia entre nas escolas do primeiro grau", disse Bolsonaro, na tribuna da Câmara.

O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), afirmou que o partido entrará com uma representação contra Bolsonaro no Conselho de Ética da Casa na próxima segunda-feira. Ele avalia que o deputado quebrou o decoro ao fazer uma declaração desrespeitosa contra a presidente.

Procurado pela Folha, o deputado negou ter feito questionamento sobre a orientação sexual de Dilma. Afirmou que quis dizer que ela "tinha um caso de amor com a causa homossexual".

O deputado Marcon (PT-RS) pediu para que a fala de Bolsonaro fosse retirada do site da Casa, o que aconteceu em seguida.

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) pediu que Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara, puna Bolsonaro e disse que o deputado pode ter cometido crime de injúria.

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