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Associação de juízes apoia TJ e ataca mídia

Apamagis sai em defesa de Ivan Sartori e critica imprensa paulista, que revelou pagamentos extras feitos pelo tribunal

Associação defende pagamentos do TJ e diz que direito de informar precisa ser exercido com 'responsabilidade'

DE SÃO PAULO

A Associação Paulista de Magistrados (Apamagis) divulgou anteontem uma nota em apoio ao presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Ivan Sartori, na qual faz críticas à imprensa.

As críticas da associação têm como alvo reportagens sobre pagamentos a juízes de São Paulo liberados pelo presidente do Tribunal de Justiça. De acordo com a nota da associação, os integrantes do Judiciário paulista têm sofrido "infundadas agressões" da imprensa.

"É absolutamente aterrador assistir a veículos importantes da sociedade brasileira, como O Estado de S. Paulo' e Folha, tão desconectados da verdade e, assim, aptos a colaborar com aqueles que pregam a restrição da liberdade de expressão", afirma o texto, que é assinado pelo presidente da Apamagis, Roque Mesquita.

No domingo passado, a Folha mostrou que, a partir deste ano, juízes em cargos de chefia em São Paulo poderão receber pagamentos extraordinários trocando suas folgas acumuladas por dinheiro, graças a uma série de mudanças administrativas promovidas por Sartori.

BENEFICIÁRIOS

Os beneficiários são 201 juízes que ocupam cargos de direção nos fóruns em que atuam ou comandam as dez regiões administrativas em que o Tribunal de Justiça dividiu o Estado.

O novo sistema permite que um juiz com salário mensal de R$ 24 mil receba, ao fim de um ano exercendo funções de chefia, mais R$ 38 mil pelas folgas acumuladas.

No sábado, o jornal "O Estado de S. Paulo" havia divulgado que a gestão Sartori já pagou neste ano R$ 87 milhões em auxílio-alimentação a juízes e servidores. Ainda de acordo com a reportagem, até o fim do ano devem ser pagos R$ 310 milhões referentes ao benefício.

Anteontem, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou a suspensão do pagamento de mais de R$ 100 milhões a juízes de oito Estados referentes a auxílio-alimentação retroativo, inclusive de São Paulo. Desse total, somente R$ 152 mil se referem ao tribunal do Estado.

Segundo a Apamagis, que defende os pagamentos feitos pelo tribunal, o direito de informar deve ser protegido, mas deve ser exercido com responsabilidade.

"O presidente Ivan Sartori explicou todos os pontos em sua entrevista [a O Estado de S. Paulo'], mostrando com clareza absoluta a legalidade, a moralidade e a necessidade dos pagamentos feitos a todos os membros do Judiciário --desde servidores até magistrados", diz a entidade.

A entidade afirma que se coloca ao lado do TJ-SP e afirma que dará o apoio necessário para fazer parar as "covardes agressões desferidas e as posteriores reparações aos danos causados à magistratura, à Justiça e à sociedade".


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