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Governo da Bahia banca museu para Marighella

Jaques Wagner (PT) cedeu dois sobrados no Pelourinho ao projeto

Iniciativa coordenada pelo grupo Tortura Nunca Mais, memorial guardará documentos e obras sobre a repressão

DE SALVADOR

Principal referência da luta armada contra o regime militar, o guerrilheiro Carlos Marighella (1911-1969) ganhará um museu em sua homenagem em Salvador.

O chamado Memorial da Resistência deverá ser inaugurado em 2014, ano em que se completam 45 anos da morte do líder da ALN (Ação Libertadora Nacional).

O projeto arquitetônico foi bancado pelo governo Jaques Wagner (PT), que investiu ao todo R$ 200 mil na iniciativa.

O governo da Bahia cedeu dois sobrados no Pelourinho para o projeto, mas o desejo da família do ex-militante do Partido Comunista Brasileiro é que a casa onde ele viveu até os 23 anos, também no centro histórico da cidade, seja integrada ao espaço.

Antiga sede da oficina mecânica do pai de Marighella, um imigrante italiano que se casou com uma baiana, o local está em ruínas.

Enquanto não há uma definição sobre a eventual inclusão da casa no projeto, o museu, iniciativa coordenada pelo grupo Tortura Nunca Mais, deverá seguir os moldes da instalação hoje existente em São Paulo, no prédio do antigo Deops-SP (Departamento Estadual de Ordem Política e Social)

A ideia é que a construção guarde e exponha documentos e obras relacionadas à luta contra a repressão política na Bahia. A casa de Marighella abrigaria artigos pessoais do guerrilheiro.

Para o filho do guerrilheiro, o advogado Carlos Augusto Marighella, a incorporação da casa ao museu serviria para "humanizar" e aproximar seu pai das pessoas. "Ele é estudado no mundo todo, mas nunca desapegou da Bahia. Falava daqui em poemas, saía para jogar capoeira no Pelourinho, é o lugar dele", diz.

Em São Paulo, uma pedra com uma placa de identificação foi colocada no local onde Marighella foi morto por agentes da repressão, mas a placa é frequentemente retirada do monumento.

Em 2011, no centenário de seu nascimento, Marighella recebeu do governo federal o status de anistiado político. A família dispensou a reparação econômica. Na cerimônia houve um pedido de desculpas, em nome do Estado brasileiro, pela perseguição empreendida contra o guerrilheiro.


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