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PF investigará registro de índios na Funai

Expedição de documento que subsidia concessão de benefícios cresceu 619% no Amazonas a partir de 2007

Superintendente da Polícia Federal no Estado diz que 'muitos registros foram [dados] na esteira da fraude'

DE MANAUS

Após indiciar um líder indígena por suspeita de falsificação do Registro Administrativo de Nascimento de Índio (Rani), a Polícia Federal no Amazonas fará uma devassa nesses documentos.

A PF tenta entender o boom na emissão de "RGs indígenas" no Amazonas: de uma média de 159 Ranis por ano de 2000 a 2007, o número passou a 1.143 por ano de 2008 a 2011 --salto de 619%.

A PF detectou que o aumento anormal na expedição dos documentos se deu a partir de 2007, ano da emissão do registro de Paulo Ribeiro da Silva, o Paulo Apurinã, indiciado sob a suspeita de falsificação de documento.

O Rani é um documento administrativo da Funai, que subsidia a identificação do índio e o pedido de benefícios (aposentadoria especial, cotas em universidades, inclusão em programas sociais).

Para o superintendente da PF no Estado, Sérgio Fontes, dada a fragilidade da Funai, "muitos registros foram [emitidos] na esteira da fraude".

Entre os indícios de fraude no caso de Silva, porta-voz de uma entidade, estão a falta de dados genealógicos e depoimentos de índios que negam a origem dele e da mãe --eles não falam a língua apurinã. Com o Rani, a mãe de Silva entrou como cotista numa universidade. A Funai não comentou a apuração da PF. Silva nega a fraude.


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