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País em protesto

Alckmin vai extinguir secretaria para cobrir tarifa do transporte

Governo foi criticado por ter dito, inicialmente, que fim de reajuste seria compensado com valores de investimentos

Pacote de cortes chega a R$ 127 mi este ano e inclui a unificação de fundações e a fusão de empresas públicas

BRUNO BOGHOSSIAN DO PAINEL DANIELA LIMA PAULO GAMA DE SÃO PAULO

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) vai anunciar hoje a extinção da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, a unificação de ao menos três fundações e a fusão de empresas públicas para cortar despesas do Estado.

O pacote resultará em uma economia de R$ 127 milhões este ano e de R$ 226 milhões em 2014. O valor será suficiente para cobrir a perda de receita provocada pela revogação do reajuste das passagens de metrô e trem estimada em R$ 210 milhões por ano.

A decisão de cortar gastos de manutenção da máquina administrativa foi tomada para dar fim às críticas que vinha sofrendo --inclusive dentro de seu partido-- por ter dito que teria que cortar investimentos para dar conta da despesa extra gerada pelo fim do aumento das tarifas.

As funções da secretaria extinta serão incorporadas por outros órgãos do governo, como a Casa Civil e a Secretaria de Planejamento. A pasta de Desenvolvimento Metropolitano tinha orçamento de R$ 145 milhões previsto para este ano.

Não há confirmação sobre demissão de servidores.

O governo também vai unificar as atividades de fundações como a Fundap (Fundação do Desenvolvimento Administrativo), a Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) e o Cepam (Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal), que prestam serviço de auditoria, consultoria, formação e pesquisa.

Na noite de ontem o governador ainda estudava ampliar o número de fundações e empresas que poderiam ser alvo dos cortes.

O tucano também anunciará a venda de bens do governo, como veículos da frota oficial, a redução do número de servidores comissionados e o corte de verbas para viagens e diárias.

Para cobrir o gasto provocado pela redução da tarifa, o Palácio dos Bandeirantes cogitou inicialmente realocar recursos disponíveis que não seriam gastos em 2013, porque eram originalmente destinados a projetos que estão atrasados. Depois decidiu ampliar a medida.

No início dessa semana ele encomendou à Secretaria de Planejamento um estudo detalhado de todas as áreas que pudessem ser alvo de cortes nas mais diversas pastas.

Ontem, secretários do chamado "núcleo político" do governador foram informados dos cortes e de que o já lançado programa para conter gastos de luz, água e telefone em todas as secretarias do Estado será ampliado.

Haverá ainda um pente fino nas consultorias contratadas pelo governo. A ideia é que, a partir de agora, o corpo de servidores incorpore parte dos estudos para diminuir esses gastos.


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