Índice geral Poder
Poder
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Vereadores aprovam afastamento temporário de prefeito de Limeira

Comissão investigará se Silvio Félix atuou em esquema de lavagem

MARÍLIA ROCHA
DE CAMPINAS

A Câmara Municipal de Limeira (SP) aprovou a instalação de uma comissão processante para investigar o prefeito Silvio Félix (PDT) e o afastamento dele durante apuração de sua suposta participação em esquema de lavagem de dinheiro investigado pelo Ministério Público.

Para que o vice, Orlando Zovico, assuma, a decisão precisa ser publicada no "Diário Oficial" do município.

Só um dos 14 vereadores estava ausente na sessão. Todos os presentes votaram a favor do afastamento e pela comissão, que pode culminar com a cassação do prefeito.

Na quinta, a mulher dele, Constância Silva, e outras 11 pessoas tiveram prisão temporária decretada numa operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Piracicaba (SP).

O grupo é suspeito de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, sonegação fiscal e furto qualificado.

Segundo os promotores, o patrimônio dos envolvidos, incluindo dois filhos do prefeito, atinge R$ 21 milhões e é muito superior aos rendimentos declarados.

As investigações não apontam a participação do prefeito no suposto esquema nem desvio de dinheiro público.

Mas o requerimento apresentado à Câmara por representantes de PSB, PT, PMDB, DEM, PSDB, PR e PV defende que a comissão apure se o pedetista sabia das irregularidades ou se cometeu infrações político-administrativas.

FAMÍLIA

Em entrevista após as prisões, o prefeito declarou que acredita na inocência da mulher e que os bens da família são regulares e condizentes com os ganhos declarados no Imposto de Renda.

Na tarde de ontem, os promotores fizeram questionamentos à primeira-dama e aos dois filhos dela, mas todos ficaram em silêncio.

O prazo das prisões temporárias se encerrou à 0h de hoje. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público, os promotores não pretendem pedir a prorrogação.

Uma liminar de habeas corpus para Constância não foi concedida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), segundo a assessoria de imprensa do tribunal, por falta de documentos no pedido.

Para o advogado de defesa, Rui Fragoso, a prisão da primeira-dama não era "cabível". "Ela nunca foi intimada para depor nem evitou atos de intimação."

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.