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O papa no Brasil

Cabral rejeita ajuda para conter protestos

Governador diz que forças de segurança do Estado são capazes de controlar manifestações sem reforços federais

Principal alvo dos manifestantes diz que ação de 'organizações internacionais' está por trás de vandalismo

DO RIO

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), disse ontem que recusou uma oferta da presidente Dilma Rousseff de mandar ajuda federal para conter os protestos que têm ocorrido na capital do Estado.

"A presidente Dilma me ligou ontem por volta de 19h30, manifestando sua solidariedade e colocando a disposição como sempre. Eu disse que não precisaria [de ajuda]. As forças de segurança estão presentes [no combate à violência nas manifestações]."

Principal alvo dos protestos, o governador respondeu a sete perguntas em 15 minutos, em entrevista convocada para anunciar a criação de uma comissão encarregada de apurar atos de vandalismo em manifestações públicas.

Sem citar nomes, Cabral disse que os atos de vandalismo registrados em manifestações na cidade têm sido estimulados por organizações internacionais na internet.

"Sabemos que há presença de organizações internacionais estimulando o vandalismo e o quebra-quebra", disse Cabral. "A internet permite um nível de comunicação que não se tinha no passado. Por isso essa comisssão que une Ministério Público e governo olhando esse vandalismo vai ser muito positivo."

O ato de criação da comissão será publicado no Diário Oficial do Estado de segunda.

Cabral disse ainda que não vai se mudar de seu apartamento no Leblon, mesmo diante dos protestos que têm ocorrido em frente ao seu prédio e das queixas de vizinhos.

Moradores do bairro chegaram a organizar um abaixo-assinado pedindo que ele se mude para a residência oficial do governo do Estado, o Palácio Laranjeiras, na zona sul da cidade, que está em reforma. "Fizemos uma opção por onde já morávamos [no Leblon]", afirmou Cabral.

Com a criação do grupo específico para cuidar dos atos dos vândalos em manifestações, Cabral também tenta solucionar um problema interno, de sua administração.

Há pouco mais de um mês, no início da onda de protestos, surgiu uma disputa na cúpula da segurança estadual, entre o secretário José Mariano Beltrame, a chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, e o comandante da Polícia Militar, Erir Costa Filho.

Beltrame não entende por que a Polícia Civil não unificou as investigações e até agora não conseguiu identificar nenhum vândalo. Seus dois subordinados, Rocha e Costa Filho, vem queixando-se da atuação de Beltrame ao governador.


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