Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

O papa no Brasil

Tão perto, tão longe

Montados sobre megaestruturas, palcos em Copacabana e Guaratiba, no Rio, deixam plateia a pelo menos 70 m de distância do papa Francisco

MARCO AURÉLIO CANÔNICO DO RIO

Se a intenção do papa Francisco é se aproximar ao máximo dos fiéis durante a Jornada Mundial da Juventude, ele deve aproveitar os deslocamentos no papamóvel: uma vez em cima dos dois palcos principais do evento católico, ele só verá a multidão a uma longa distância.

Localizados nos bairros de Copacabana (zona sul) e Guaratiba (zona oeste), no Rio, cada palco tem área de 3.800 m² com altar, área para membros da igreja e convidados, além de músicos e artistas.

Para ajudar na visibilidade, os altares do papa são elevados: o de Guaratiba fica a 6,8 m de altura e o de Copacabana, a 8 m. Do trono papal até o primeiro fiel sem privilégios, a distância mínima será de 70 m. Haverá telões para auxiliar quem estiver longe.

O espaço erguido na areia de Copacabana foi projetado pelo cenógrafo Abel Gomes, 62, que tem experiência não apenas no local --é o responsável pela estrutura do Réveillon-- como em visitas papais, tendo criado palcos que receberam João Paulo 2º.

"Como [o palco] é na linha do horizonte, na areia, coloquei o papa a oito metros de altura para que mesmo as pessoas que estivessem muito longe pudessem ver pelo menos um pontinho branco", diz.

Convidado pela Dream Factory, empresa contratada pela Arquidiocese para gerir o evento, o cenógrafo diz não ter recebido orientações. "Deixaram a gente bem à vontade. O palco tem o que eu chamo de rotunda do abraço', um aconchego".

Responsável pelo palco de Guaratiba, o arquiteto João Uchôa, 52, diz ter se concentrado no aspecto juvenil. "Tínhamos de fazer um evento para os jovens. A primeira coisa que veio à mente foram as igrejas góticas, as de maior impacto visual. Usamos isso como elemento forte."

Com experiência em eventos de multidão, como o Rock in Rio, Uchôa diz que trabalhar com os membros da igreja é bem mais fácil do que lidar com produtores de eventos profissionais. "Por mais que [a Jornada] tenha uma logística complicada, eles estão sempre bem humorados, tranquilos, são diferentes do pessoal do mercado de eventos, que fica nervoso, histérico, com o rei na barriga."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página