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Governo estuda dar aposentadoria especial a servidoras Líderes de partidos aliados pressionam Planalto a incluir mulheres nas categorias com tratamento diferenciado Previdência defende que esses beneficiados contribuam com 8,5% do salário, e não 7,5%, como demais setores DE BRASÍLIALíderes governistas no Congresso pressionam o Planalto a incluir no novo modelo de aposentadoria do funcionalismo uma regra especial para as mulheres. Se aceita pelo governo, a proposta as enquadrará no mesma categoria de servidores que desempenham funções de risco, que deverão ter tratamento diferenciado. Os deputados e técnicos da Previdência defendem que esses beneficiados contribuam com 8,5% do salário, e não 7,5%, como prevê o projeto original do governo instituindo o novo modelo, em tramitação na Câmara. A contribuição mais alta bancaria o tempo de contribuição menor das aposentadorias especiais, cinco anos a menos do que o das demais categorias -que devem contribuir por 35 anos. O texto original do novo modelo de previdência do serviço público, que vai vigorar só para contratados após sua aprovação, não previa nenhuma aposentadoria especial e determinava que todos os servidores contribuíssem por 35 anos para usufruir do benefício complementar. Mas o governo já aceitou ceder em relação às categorias com função de risco e pode também incluir as mulheres no pacote. Ontem, líderes de partidos governistas se reuniram no Ministério da Fazenda para tentar obter o apoio do ministro Guido Mantega à proposta. A reunião, entretanto, terminou sem uma solução. O governo não sabe quanto custaria a criação dessas aposentadorias especiais. As mulheres representam quase a metade dos beneficiários. No caso da aposentadoria especial para servidores em funções de risco, elas atingiriam policiais federais, rodoviários federais e médicos em regiões de fronteira, entre outras categorias. Pelo novo modelo, os futuros servidores públicos teriam uma aposentadoria bancada pelo INSS até determinada faixa (hoje cerca de R$ 3,6 mil). Acima deste valor, eles teriam de contribuir para um fundo de previdência, objeto do projeto. Técnicos do governo participaram da reunião com líderes aliados. Ficou acordado que uma comissão debaterá o assunto na quarta-feira da semana que vem, para que o projeto de lei entre na pauta da Câmara na semana seguinte. Líder do governo da Câmara, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) afirmou que acredita em um acordo sobre o índice. O governo quer 7,5%, mas PT e PDT querem 8,5%. "Acho que podemos chegar a um meio termo, algo em torno de 8%", declarou Vaccarezza. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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