Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

O papa no Brasil

Ação de PMs infiltrados será investigada

Vídeos divulgados na internet sugerem que agente da Polícia Militar atirou coquetel molotov durante protesto

Corporação reconhece que há policiais à paisana entre os manifestantes, mas nega ataque de agente

ITALO NOGUEIRA DO RIO LEANDRO COLON ENVIADO ESPECIAL AO RIO

A Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (CEIV), criada pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, vai investigar a suspeita sobre a ação de policiais militares infiltrados no protesto da última segunda-feira em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo.

Vídeos publicados na internet sugerem que um agente da Polícia Militar do Rio de Janeiro lançou coquetel molotov contra a tropa, detonando a reação policial.

A análise será feita porque faz parte do objetivo da comissão identificar todos os responsáveis por atos de vandalismo durante os protestos. Caso seja comprovado ser um PM na ativa e em serviço, a corporação terá de dar explicações ao grupo.

A suspeita surgiu nas redes sociais a partir da análise de quatro vídeos. Três deles flagram policiais infiltrados, à paisana, se aproximando correndo da tropa após a dispersão com bombas de gás lacrimogêneo. Alguns agentes, sem saber se tratar de colegas, tentam detê-los. Identificados por outros, eles passam pela barreira policial.

Um desses homens veste uma camisa preta e uma calça com cor clara.

O quarto vídeo, divulgado pela própria PM, flagra o momento em que o primeiro coquetel molotov é lançado contra a PM --momento anterior ao apresentado pelos outros três vídeos.

O homem que lança o artefato também veste camisa preta e uma calça clara.

Em razão da má qualidade dos vídeos, principalmente o que flagra o lançamento do explosivo, peritos serão chamados para uma análise.

As imagens mostram que, nas duas cenas, a camisa preta tem estampa: a do homem que lança o artefato apresenta detalhes brancos, a do que se aproxima dos policiais mostra traços vermelhos. Mas como o desenho não fica totalmente exposto em nenhuma das situações, não é possível afirmar se é a mesma figura.

O rumor foi ampliado após a PM retirar do ar o vídeo que mostrava o homem que lança o coquetel molotov. A corporação diz que o tirou do ar porque "sofreu um ataque em massa na internet".

A PM confirmou que usa policiais infiltrados entre manifestantes com o objetivo, diz, de "identificar autores de crimes tais como agressões contra pessoas e bens públicos e privados". Mas negou com veemência a possibilidade de que um de seus agentes possa ter atacado colegas.

Manifestantes dizem que o objetivo de infiltrados é estimular a prática de vandalismo para desestimular a adesão aos protestos contra o governador Sérgio Cabral.

Os inquéritos sobre vandalismos ocorridos nos protestos, que já duram um mês, serão concentrados na DRCI (Delegacia de Repressão de Crimes de Informática). A comissão analisará as filmagens colhidas na internet e feitas pela polícia.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página